Estou em nÃtida fase cearense. Mais especificamente: ando imerso em projetos musicais baseados em Fortaleza. Na semana passada não parei de escutar o Costa a Costa; esta semana é a vez do Ceará Original Soundfashion. Quem diria! Eu tinha uma certa implicância com o rápido desenvolvimento urbano fortalezense dos anos 90, aquela aparência de Miami nordestina que não escondia as evidências de descontrolada injustiça social, com prédios e shopping centers de luxo duvidoso na Aldeota e outros novÃssimos bairros "ricos", lado a lado com favelas barra-pesadÃssimas diante das quais Vigário Geral ganhava ares de condomÃnio cinco estrelas. Achava que aquilo só poderia terminar muito mal (o tráfico de crack e a prostituição internacional provam que eu não estava totalmente enganado...) Mas eis que a modernidade fake e de fachada dá lugar a um vigor cultural realmente moderno, no sentido crÃtico que sempre acompanha o verdadeiro modernismo. O Ceará Original Soundfashion, que apresenta música nova - ou outras mais tradicionais, só que gravadas recentemente - conectada com moda e artes visuais, é apenas uma amostra da vitalidade artÃstica de Fortaleza e outras cidades do Ceará - indo felizmente até o sertão do Cariri. Mesmo sendo uma amostra pequena, é uma amostra que se escuta com entusiasmo.
Nas minhas primeiras viagens para Fortaleza nos anos 2000, percebi que muita coisa interessante estava pipocando em todos os lugares. Também pudera: tive como cicerones a Ana Quezado e o DJ Guga de Castro, que me apresentaram a uma pá de gente bacana pela cidade. Minha primeira parada foi o Alpendre (pena que não tem site), uma usina de transformação artÃstica e social que se tornou para mim exemplo de atuação cultural repensando arte e tecnologia também com a participação da garotada da favela Poço da Draga, que fica escondida ali no fim da Praia de Iracema (a garotada tem aulas sobre vÃdeo-dança, Nam June Paik ou Nietzsche - pois não é porque eles vêm de ambientes pobres que precisam conhecimentos pobres...) Depois fui conhecer lugares, pessoas e cenas tão diferentes quanto o Noise 3-D, o núcleo Gerador Cultural ou a Farra na Casa Alheia, esta capitaneada pelo próprio DJ Guga de Castro (e também pelo DJ Marquinhos), um evento que faz o povo se acabar na pista de dança ao som tanto de guitarrada dos anos 70 quanto de hip hop de agora.
Guga de Castro, da Farra na Casa Alheia, e ThaÃs Aragão, do Gerador Cultural, fizeram a curadoria musical do Ceará Original Soundfashion. O resultado não poderia deixar de ser eclético - mas não é nada aquele ecletismo flácido, que justifica a inclusão de porcarias por respeito à "diversidade". Aqui o negócio é só filé, mas que desnorteia qualquer padrão de bom gosto dominante ou de purismo estético. Só para dar um exemplo sonoramente perturbador para quem gosta ou se refugia em enfadonhos guetinhos musicais: a faixa 11 apresenta o grindcore extremo (nem sei como classificar direito) do Facada; a música seguinte é o balanço-pra-ninguém-ficar-parado da brihante sanfona de 8 baixos solo (sem nenhum acompanhamento, mas ela sozinha basta para fazer a festa) de Chico Paes; e logo em seguida entra o carimbó/reggaeton/rap Ela Mexe, do Costa a Costa, a música mais animada da mixtape Dinheiro, Sexo, Drogas e Violência (não resisto em citar outra parte da letra: "bota o dedo na boca / que eu tô sentindo o aquecimento global"). Eu sempre escutei música assim, cruzando fronteiras estilÃsticas o tempo todo. Mas era difÃcil encontrar quem acompanhasse minha aventura rÃtmica, já que muita gente ainda acha que para gostar disso ou daquilo temos que achar um lixo todo o resto. Ainda bem que no Ceará tem uma turma cada vez maior que combate esse tipo emburrecedor (e pior: anti-diversão) de mesmice.
Então quem coloca a compilação no toca-disco esperando apenas sons nordestinos tÃpicos, ou somente novos discÃpulos de Fagner, Belchior e Ednardo (nada contra esses nomes: vi uns shows do Fagner com Robertinho do Recife nos anos 70 que foram magnificamente alucinados, e estão entre os concertos que lembro com mais saudade - há algum registro daquilo?), toma logo um susto. Foi no Ceará Original Soundtrack 1, lançado em 2005, que tive o prazer de escutar pela primeira vez a sensacional Ginastas Cariocas do Montage e a não menos surpreendente Ascatimbalacobaco do Idson Ricart, uma das grandes canções brasileiras de Século XXI, uma embolada-techno de protesto. Agora a Soundfashion abre com Inóspito, do George Belasco & O Cão Andaluz. Onde eu andava que nunca tinha ouvido falar dessa banda?!!! O CD é para apresentar a nova galera cearense, mas quando começa parece que você está em Berlim, ouvindo um pós-electroclash ou disco-punk bem eletrônico. Fui imediatamente descobrir o MySpace do Cão Andaluz e tudo que escutei por lá me deixou mais contente, pois aponta outros caminhos artÃsticos que Inóspito nem sugeria. No seu blog, George Belasco diz que é influenciado por Suicide e Can no estúdio e Clash e Pere Ubu ao vivo - dá para entender? Não precisa entender: o ecletismo continua estimulante.
Então o CD continua com o big-beat-disco-house-etc. muito divertido do Hérlon Robson, passa pelo Montage jogando amarelinha com a pomba-gira Raio de Fogo, chega ao Baião da Saudade tocado só na rabeca pelo mestre Antônio Hortêncio (que, segundo diz na introdução da faixa, tem amigos em tudo que é lugar), e revela a delÃcia que é O Pinto dos Peitos, do Cidadão Instigado, canção que tinha passado meio batida quando escutei as muitas pérolas de E o Método Túfo de Experiências (mas como passou batida - pergunto-me agora - se é justamente a que fala "no entendimento sobre as coisas absolutas"?)
Puxa: aqui só vou conseguir falar batido de tudo... Senão o texto fica ENORME (mais do que já está enorme), e ninguém lê nada. Mas há ainda dois rocks instrumentais, um mais blues (obviamente) do Blues Label, e outro mais inundação agradável de guitarras distorcidas do Fossil. Tem também o rock-bossa de O Sonso, o balanço árabe-nordestino-teatral do Dona Zefinha, o minimal do DJ Fil, o chorinho de Herivelto Porto, o forró mais MPB de Geraldo Júnior, a dance music cantada do DJ Natal, o som pós-cabaçal (tocado com rabeca e percussão) dos Zabumbeiros Cariris. Mas nessas primeiras audições outras faixas que me chamaram muito a atenção foram a Se For, do Macula, um rock bem contemporâneo com vocais elaborados e não-óbvios, e a já muito querida Mulher Ioiô, da diva-anti-diva Karine Alexandrino, com seu solene clima orquestral meio anos 60 e uma letra perfeita anti-clima: "sou seu ioiô vagabundo / brinquedo vulgar / de cores berrantes".
Uma música curtÃssima merece um prêmio de originalidade no meio de tanta coisa original. Trata-se de Intervalos, assinada por A Pessoa Bob (nas pouquÃssimas menções que encontrei a essa pessoa na internet vi o nome grafado também com A. Pessoa Bob, com ponto depois do "A", algo certamente "pontual" - como detesto a moda dessa palavra! - mas que me deixou ainda mais ultra-hiper-curioso). É um quase "nada" eletrônico, mas um nada suculento, do qual sou fã, e do qual também encontro ecos em trabalhos muito especiais como o da Colleen ou do Yuchiro Fujimoto. Mas não posso saber se estou na trilha certa, pois só escutei essa Intervalos... Se alguém conhecer mais alguma coisa sobre A Pessoa Bob, com ponto ou sem ponto depois do A, que faça o favor de colocar as informações nos comentários.
E voltando ao Soundfashion como um todo (que ainda inclui como bônus a faixa de Dona Maria que abria o Ceará Original Soundtrack de 2005, a pungente Ida do Padim pro Céu, descrevendo seu caminho para o paraÃso "acompanhado por 10 mil anjos", nos deixando aqui na Terra "como gado sem pastor"), o importante é dizer isto mesmo: apesar de cada faixa ter qualidades sozinha, o mais essencial é o todo, a relação poderosa e improvável entre diferenças que compõem o todo (só sinto falta de um forró-pop, estilo Felipão, do Forró Moral, ou mesmo algo bem caliente dos Aviões do Forró). Até porque o todo não é só música, tem muito mais. A parte fashion ficou a cargo do estilista Mark Greiner, que - pelo que a pesquisa no Google deu a entender - é filho de mestiço chinês-escocês que foi parar em Fortaleza. Suas roupas refletem essa mestiçagem e muitas outras mais.
Em Ceará Orginal Soundfashion, as criações de Mark inspiraram os trabalhos de fotógrafos e xilogravuristas, e muita gente mais (mais, mais e mais e assim por diante), cuja colaboração resultou em cartões-postais de uma Fortaleza que ainda não faz parte de nenhum roteiro turÃstico, mas que pode muito bem vir a fazer. Muita gente trabalhando junta, colaborando na produção de visões cada vez mais ecléticas sobre o que é ser cearense hoje, ou o que deve ser o Ceará de hoje, ou que lugar o Ceará e os cearenses ocupam - e podem vir a ocupar - no Brasil e no mundo. Diante de tantas boas idéias, acho estranho ver uma outra certa moda soturna e deprimida fazer sucesso por aÃ, dizendo que o Brasil é um lugar acabado, onde mais nada de interessante ou bom acontece. Não consigo deixar de pensar: só não encontra entusiasmo no paÃs quem não sabe procurar. Xô depressão! Estou aqui - um dia paraense, outro gaúcho etc., e hoje cearense - para dar força para o que o que está dando certo e o muito mais que pode ainda dar certo, e que seria muito bom que desse certo logo.
Salve Hermano!!!
Ótimo texto!!! Bons hiperlinks!!! e excelente a cena cultural de Fortaleza e seus múltiplos e dÃspares estilos.
Samba dos misigenados doidos do BOM!!! Ecletismo e talento brasileiro vindo da terra dos Ãndios Tabajara!!!
Talento em abundância em meio ao Caos mal aproveitado do Brasil!!! A arte se desdobrando em Arte e ampliando suas possibilidades.
GRANDE abraço!!!
A.
hermano, a que moda vc se refere quando escreve "uma outra certa moda soturna e deprimida"? pitty? los hermanos?
só pra registrar...
acho legal ver como na prática neguinho é mais bem resolvido com as questões de identidade, diálogo entre mÃdias e estilos, do que na teoria.
as coisas simplesmente acontecem independente da teorização e o rancor de acadêmicos e analistas. isso é lindo!
Querido Hermano:
Sevocê tivesse escrito apenas o último parágrafo para mim já teria sido o suficiente para votar, agradecido, no seu texto ( não que os demais nada acrescentem, muito ao contrário, mas o derradeiro é decisivo.
beijos e abraços
do Joca Oeiras, o anjo andarilho
Legal você ter achado a rádio do Itaú Cultural. E esse link especificamente é fantástico. Eu gosto muito de George Belasco & O Cão Andaluz.
Kuja · São Paulo, SP 25/8/2007 15:00muito bom mesmo, da vontade de ir e ver de perto. abraços Hermano.
capileh charbel · São Paulo, SP 25/8/2007 15:12oi Bernardo: não falo de nada musical: falo de um monte de gente que anda dizendo que o paÃs como um todo (não só sua cena cultural) é medÃocre - mas escrevo sobre isso em outro texto - abraço!
Hermano Vianna · Rio de Janeiro, RJ 25/8/2007 16:05
oi, é bom agente visitar os lugare que conhecemos, agora, com um novo olhar e foi isso que vc fez. Gostei muito de seu texto, as dica, a descrição, tudo muito bom.
A fotografia é MARAVILHOSA!!!!!!
Ouvi todos os links...bacana! Uma idéia na cabeça e uma guitarra na mão...ou uma zabumba na mão...ou um computador na mão...ou tudo isso na mão...vamos em frente...
Com relação ao último parágrafo digo: nunca vi uma profusão tão grande de música ultimamente, essa idéia de que está tudo acabado, não têm mais nada criativo, pra mim é exatamente oposta ao que tenho vivenciado, claro que isso têm haver com internet, overmundos, acesso a informação etc...
Tenho impressão que essa depressão têm haver com preconceito e certo saudosismo.
Todo dia quando o sol nasce têm jogo pra ser jogado, e certamente, têm gente jogando...
Poxa hermano, que massa! deu vontade de ver isso tudo de perto! parabéns! você é fantástico nos seus textos.
Um abração!
realmente, a foto foi que me instigou a ler a matéria, é muito boa,essa idéia de "morte cultural" é muito idiota, é só olhar pro lado que tudo (principalmente no Brasil) explode em cores e sons.
capileh charbel · São Paulo, SP 25/8/2007 18:34A. Pessoa Bob, deve ser Ayrton Pessoa Bob (ou apenas Bob). Um cara com talento extremo. Músico/Artista completo. É membro do grupo 'Argonautas' e também tem um projeto chamado 'Encarnado em Branco e Preto'.
Lidianne Limaverde · Fortaleza, CE 25/8/2007 19:37That´s the hit. Pra entender que não é preciso sair de casa em busca de diversão.
Chico Neto · Fortaleza, CE 25/8/2007 21:25
Excepcional o trabalho feito por Thais, Mark, Guga e o não menos maluco Chico Neto, designer operário padrão. Aliás, Thais está em Porto Alegre e escreve comigo no embaixadacearense.blogspot.com
Concordo com tudo o que diz Hermano. Bom texto.
tudo isso, mais dizer que a foto é linda demais!
christiane tassis · Belo Horizonte, MG 25/8/2007 22:59A. Pessoa Bob casou com Kerla em 07 do 07 do 07.
thais aragao · Porto Alegre, RS 26/8/2007 00:04E aÃ, Hermano. Gostei do texto, a coletânea é um projeto muito bacana e faz um recorte interessante do que acontece aqui, tendo como critério, sobretudo, o merito artÃstico. Todas as honras para eles (Guga, ThaÃs, Mark), para os artistas e, enfim, para quem alimenta essa cena. Só um acréscimo: acho que, em relação à "choradeira" do qual você questionou sobre as cenas culturais, muita gente se refere à própria falta de zelo que nós, enquanto público, temos com essa movimentação. O Noise 3D fechou as portas. E não foi porque não havia gente boa para preencher a programação. Só tem. O problema é que as pessoas preferiam não entrar no clube e ficar curtindo o som do lado de fora, consumindo bebida de ambulante (vendida ao mesmo preço lá de dentro), do que pagar um preço justo (festas a R$ 10,00 eram exceção por lá, a maioria era R$ 5,00) e ajudar a sustentar essa cadeia produtiva artisticamente tão interessante. Enfim, acho que nos falta educação, enquanto público consumidor, para valorizar os artistas. Então, nesse ponto, até que a tal choradeira faz sentido à s vezes, sim. No entanto, que venha acompanhada de providências e idéias boas, claro. Bem, essa reflexão é para outro post também. Adorei o trecho inicial do texto que fala do crescimento sem noção de Fortaleza. Assunto para outro texto também =) Um grande abraço.
Felipe Gurgel · Fortaleza, CE 26/8/2007 01:22
Bom ver alguém que não é daqui, falar disso tudo aqui com tanta segurança e clareza. Pra mim isso é uma espécie de prêmio - merecido - a nomes como ThaÃs, Guga, Mark...e a própria PatrÃcia Araújo ( a fotógrafa - telentosa e fofa ).
Bom demais.
tah todo mundo afim de ganhar a moral do senhor hemano!!!
mas aÃ, foi ele quem inventou essa parada!!! hey senhor hemano que sabe quem eu sou,,,, que porra é essa deviver dessa puxassão deesacoe olha que essa metéria sua é mô ralê.... aÃ, tipo, rola uns overpontos na minha que vou pegar umas minas na minha aà irmão!!!!! ah... vc conhece editora tbm... quanto que é a trepada Ã... te garanto que te dou so uma trepada... vc vai masi pagar pau pra mim que essses comedias desse orkut intelectual.... mas aÃ... eu sou burro e sei falar portugues, e vc é o esperto e aà hermano, me ajuda a à irmão... te dou a foda, masi gostoza... me aprova a~e... eu to sendo sincero ao menos... a maioria aà mente com essa matéira culas sua... ajudA AÃ...
é nois aÃiiiii que todo mudo resolva sabotAR... ESSA PORRA!!!!!! TERRORISMO POÉTICO É NOIS!!!!!!! TAMO AÃIIIIIII CAI NA FAVELA YOUR HERMANA MUTHAFU,,,,,,,
cucucuzz (de cuzcuz mesmo, comida tÃpica do mordes · Bassas da India , WW 26/8/2007 15:34
alô Felipe: realmente uma pena que Noise 3D fechou as portas - era um lugar bem bacana - mas realmente o ambiente fora, na rua, era bem agradável - que tal fazer um clube na rua? é preciso quebrar a cabeça para arrumar um meio do clube se sustentar na rua (além de conseguir autorizações da prefeitura etc.) - mas acho que vale a pena tentar encontrar um caminho - sei que falar é fácil - não estou dizendo que a vida é mole não?
oi Thais: dá para conseguir escutar outras coisas de A. Pessoa Bob na internet? onde?
Que foto é essa?????
produção linda !
amei.
puget
incrÃvel incrÃvel
só quem trabalha nisso percebe o tanto que é importante
hermano (massa o texto! fico feliz demais por todo mundo daqui) e overmanos, uma dúvida.
sem preconceitos meeesmo: será que os aviões ou o felipão caberiam na coletânea?
uma das razões, uma das, hein?, da coletânea é o velho "estamos aqui!" - grito que não precisa ser dado pelas bandas. eles têm espaço garantido nas rádios - e portanto, nas casas das pessoas - nos jornais, na tv, nas casas de shows...
e também têm estúdios e gravadoras disponÃveis. enquanto um tanto de gente ficou de fora e dão pulos mirabolantes para conseguir gravar alguma coisa...
até!
esse disco tb está em minhas mãos e confirmo tudo: realmente o CE está passando por uma ótima fase. Grande Guga e sua Farra, ô festinha boa.
abração Hermano,
Yuno
Hermano, feliz com tudo isso, e mais outras coisas que também acontecem na cena cearense...
beijos da cidade do sol.
simone
tudo excelente, mas a foto é excepcional.
André Gonçalves · Teresina, PI 27/8/2007 16:31
grande hermano!
fico feliz, muito feliz que tenha gostado do disco. seu texto (assim como o dos "hermanos" do Costa a Costa) só nos incentiva a divulgar mais e melhor a cena musical do Ceará.
foi um esforço tremendo de toda a equipe e parabenizo publicamente a todos por isso.
a única ressalva do texto é com relação ao Felipão e Aviões.
como bem disse a júlia, o forró (eletronico, principalmente) em nosso estado é uma indústria de massa, que cativa mais de 60 por cento do público do estado (há uma pesquisa que detecta isso). ou seja, eles não precisam estar em coletâneas como esta. já estão devidamente bem divulgados pelos trocentos shows que fazem toda a semana, pelas milhares de rádios que os tocam (até porque os donos das bandas de forró também são donos de rádios, quando não muito de toda a cadeia produtiva-banda, radio, programa de tv, clubes), além dos camelôs, micaretas fora-de-época, etc etc etc.
projetos como a Farra na Casa Alheia (que completou 04 anos em Julho, funcionando no mesmo local, o Amicis), produtoras como a Gerador, clubes como o Noise (que agora funciona no Music Box, com bastante sucesso, diga-se de passagem) e o Hei Ho, festivais como o Ponto C.E, Forcaos e Feira da Música, entre outras iniciativas, são uma INSISTÊNCIA de alguns poucos abnegados que são acima de tudo UNS FORTES.
grande abraço e nos vemos em outubro.
ps: Em Outubro, estarei visitando algumas cidades (rio, sampa, BH, Brasilia, Goiania e interior de Minas) para divulgar não só Original Sound Fashion, mas também o DVD da Farra na Casa Alheia, entre outros "produtos" do estado, como o recém-lançado cd dos Zabumbeiros Cariri.
Guga disse tudo. E eu acrescento que, mesmo se a gente não considerasse o forró elétrico como uma manifestação hegemônica, de que vale colocar, numa coletânea da cena musical cearense, algo que ninguém sabe se sobrevive daqui para o próximo mês? Esse ano a moda é o Felipão (meu xará inclusive, Felipe Gurgel. Ou seja, estou em evidência, hahaha), como já foi o Mastruz com Leite, o Brucelose, o Forró Maior, os Paludões do Forró. Se você conversa com quem freqüenta as festas, até o próprio Aviões do Forró já é taxado como uma "página virada" para alguns. É uma movimentação que tem fortÃssima sustentação econômica. Mas já não se pode dizer o mesmo da consistência artÃstica dos grupos que, entra ano e sai ano, aparecem e desaparecem à revelia do investimento de grandes empresários locais.
Felipe Gurgel · Fortaleza, CE 27/8/2007 17:21E uma coisa é "desaparecer" por falta de incentivo e condições de trabalhar. Outra é ter a faca e o queijo, e no final cortar os dois pulsos.
Felipe Gurgel · Fortaleza, CE 27/8/2007 17:51
Concordo com as ponderações do Guga e da Júlia. Só ressalto que a cena do forró pop/eletrônico (com seus clubes, programas de rádio e tv, empresários...) é bem complexa e não se explica apenas "economicamente". É uma cena bastante dinâmica e rica.
Felipe, o Felipão não é meu xará mas é meu vizinho hahaha.
tudo bem: Felipão e Aviões não precisam estar em coletâneas como essa, se o objetivo é divulgar quem ainda não tem "espaço" - minha sugestão tinha um outro sentido, era apenas para a coletânea ser mais eclética ainda, e mostrar ainda mais a variedade e a força da música pop contemporânea cearense - eu não estava pensando em termos de quem tem espaço e quem não tem - mesmo concordando, como Guga, Júlia etc.: acho que as bandas de forró têm algumas lições importantes para as bandas da coletânea - como inventar espaço onde antes não havia nada - e, se não me engano, Felipão inventou um outro modelo de negócios, pós-Mastruz-etc.: é uma banda "independente" dentro do mundo do forró, não tem "dono" (e Ana Quezado me escreveu um email dizendo que viu um show do Felipão este fim de semana para 25 mil pessoas! é muita gente! quantas outras bandas brasileiras conseguem ter esse público num só show?) - acho que o novo forró é criou um modelo de divulgação que merece estudo sério - nunca li nada interessante, escrito sem preconceitos convencionais, a respeito desse modelo
outra coisa: achei muito bacana: este é meu texto que recebeu mais votos no Overmundo!
para ser bem preciso, fui ver o email da Ana: o show do Felipão foi "outro dia", não este fim de semana
oi Simone: soube que o pessoal da Escola de MÃdia da Aldeia vai gravar um clipe do Costa a Costa no inÃcio de setembro - gostei da notÃcia! quando ficar pronto vocês publicam aqui no Overmundo? beijos!
Ricardo: Não estou considerando que o forró seja artisticamente de menor valor do que quem está na coletânea, apesar de questionar a durabilidade e o compromisso da carreira desses grupos quando falo de "consistência artÃstica". Você interpretou algo que eu não disse claramente: não falei que a cena do forró se explicava "apenas economicamente", e tampouco se esgota nos meus comentários.
Hermano: Agora te entendo melhor. E eu estava falando da questão de espaço mesmo. Ainda que sem querer compartimentar a reflexão.
Sobre essa história do Felipão ter ou não ter "dono", admito que nunca ouvi falar nisso.
Abraços!
Eita que a discussão está ótima!!!!
Bem, até onde eu sei ( e até comentava isto com a júlia hoje a noite), cada banda de forró tem a sua própria história. Algumas reproduzem o modelo da indústria fonográfica tradicional; explorando seus artistas (pagando mal os músicos, expondo-os a uma carga de shows desumanas, descartando-os quando estes deixam de fazer sucesso/dinheiro, etc e etc), já outras tem os artistas/cantores como sócios/donos das bandas, enfim, tem de um tudo. O Emanuel foi quem criou todo este "modelo" econômico-estético-cultural-sociológico-antropológico de forró eletrônico que se percebe hoje; desde o uso de vinhetas com os nomes das bandas no meio da música para diferenciar uma banda da outra e fazê-la conhecida até à "eletrificação" do ritmo ad infinitum, entre outras coisas- dizem que Emanuel é fã mesmo de roque n roll e ficava fora dos clubes com uma camisa do led zeppelin, tomando umas até o show da sua banda acabar) até o modo de divulgação. Em resumo, Emanoel Gurgel criou uma verdadeira "indústria cultural" no estado, bem parecida com a da Axé Music, na Bahia (acho um pouco diferente do Tecnobrega de Belém, mas acho que o Hermano pode falar disso melhor do que eu). Particularmente, eu acho isso SENSACIONAL, ainda que eu tenha minhas crÃticas ao gênero/ "produto" final.
Com relação ao cd, Hermano e amigos, o que acontece é que seria necessário mais de um CD do C. O.S.T (ceará original sound track) para comportar a produção da cena musical cearense, e, inclusive, acredito até que deverÃamos separar por gêneros e aà sim incluir o forró eletrônico, pé-de-serra e o que seja, muito embora continue defendendo a teoria de que este não é o propósito do trabalho, mas me colocaria a disposição de fazer um cd só com as "10 mais do forró eletrônico" e aà entraria: Felipão (que está em baixa), Aviões (que também deu uma caÃda), Desejo de Menina, Forró dos Plays e por aà vaÃ.
No mais, vamos continuar debatendo que eu estou adorando e tenho muito mais pra comentar.
abs a todos
Fui pesquisar aqui no Google =) Achei um texto sobre a carreira do Felipão que pode esclarecer em algo esse debate: http://www.vaquejadas.com/artistas/felipao_e_forro_moral/print/
Baseado no texto, a diferença em relação ao modelo "Emanoel Gurgel" é que, ao que parece, o Felipão é autoprodutor. Ou seja, é artista e empreendedor ao mesmo tempo. Nada muito diferente do que muita banda dita independente faz hoje em dia, em qualquer estilo. O que eu acho é que, se o Emanoel não tivesse consolidado o modelo anterior, o Felipão não teria conseguido tanto sucesso. Até porque a música já tinha excelente receptividade no mercado local. O que ele teve foi autonomia para cuidar do negócio dele. E isso queima minha lÃngua (meus dedos, aliás) então quando generalizo e questiono a durabilidade da gestão da carreira dos grupos do forró elétrico. Que bom, então!
Apesar da autonomia, ele não escapa do burburinho do noticiário de celebridades, hehehe. Outro link, esse da má conseqüência da fama, só para descontrair: http://www.45graus.com.br/clipping.php?idnoticia=17873 ">http://www.45graus.com.br/clipping.php?idnoticia=17873
tô votando também,
instigando os cidadãos cearenses.
www.sitiodoesso.com
oi Hermano, vamos gravar dois clipes ("Costa Rica" e "Ela Mexe"), creio que final de setembro fica pronto e logo publicamos aqui no Overmundo.
beijos
Simone
oi, hermanno.
tudo muito bom, tudo muito bem.. mas onde eu vejo mais fotos da divulgação e, em especial, dessa patrÃcia araújo?
abraço!
Aproveito a deixa para convidar todas as overmanas e todos os overmanos para a exposição Ceará Original Soundfashion, que abre nesta sexta-feira, 31 de agosto, na Galeria Antonio Bandeira, em Fortaleza. As imagens dos postais vão ganhar as paredes da galeria, em grandes dimensões. Guga tocará boa música. Claro! :D
André, a PatrÃcia expõe mais fotos neste endereço: http://www.flickr.com/photos/paticf. Este postal que ela assina junto com o Charles W. é um dos sete que vêm junto com o CD.
Os outros foram criação de:
* Filipe Acácio - faixa do Montage
Site com fotos: http://www.flickr.com/photos/filipeacacio;
* Fred Teixeira - faixa do DJ Fil
Site com fotos: http://www.flickr.com/photos/qvadrat;
* Nicolas Gondim - faixa da Karine Alexandrino
Site de fotos: http://www.flickr.com/photos/32215782@N00;
* Lia de Paula - faixa do George Belasco & O Cão Andaluz
Exposição vistual no site do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura: http://www.dragaodomar.org.br/galeria/passei;
* MaÃra Ortins - faixa dos Zabumbeiros Cariris
Coordenadora da exposição Ceará Original Soundfashion, curadora da última Bienal Internacional Ceará de Gravura e do tradicional Salão de Abril, pernambucana já cearense com portifolio aqui: http://www.grupogravura.org/artistas/maira_ortins.htm);
* Dadá Petrole - faixa da Dona Maria
Fotógrafo do Cariri que está na Alemanha e que tem um trabalho com moda sobre o qual se lê aqui: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=464954.
Esperamos tod@s na expo! Haverá uma exposição virtual no futuro. Aguardem!
Hermano, você vai receber outras faixas do Bob. Que se chama Ayrton, mas às vezes ninguém se lembra disso. Por isso Ayrton Pessoa é A. Pessoa Bob. ;)
Oi Felipe,
Entendo que você não compreende o forró apenas "economicamente", quis apenas ressaltar que esse tipo de visão não pode prevalecer. Aproveitei o gancho para pontuar mesmo o debate. Meus comentários também não vão esgotar o tema (não podem nem devem). E como disse o Guga, a discussão está ótima!
Abraço!
Caro Hermano...antes de comentar já te agradeço pela situação de ebulição que esse texto causou.Guga está imensamente feliz e contagiando à todos.Porém para se falar em diversidade precisda-selevar em conta que cultura em todos as suas manifestações é um processo, portanto o que sevêhj é uma resultante do trabalho de sucesso igual e diferente deuma série de artistas que antecedaram esseestado de coisas na atualidade. Torço sinceramente para que essa geração notÃvaga fundamente o resultado de suas laborações considerando válidas as diversidades amplamente. Gosto se forma com conhecimento, o tal "preconceito" tão fulminado por essa geração pós adolescente de agora não pode se ver alimentado dialeticamente negando quem decerta maneira, abriu as portas para o que se vê hj. As oportunidades geradas hj. foram questionadas e batalhadas porgerações muiiiiito anteriores à nossa e nós somente colhemos e fazemos nossa semeadura. A parte mais madura denossaprodução não teve citação em seu texto,pena..falta de informação que pçoderácom o tempo ser suprida. Meus Parabéns!!
Caffé · Fortaleza, CE 29/8/2007 19:52olá Caffé: seria ótimo se você pudesse escrever um texto para o Overmundo falando do trabalho feito por essas gerações muito anteriores que não tiveram citação no meu texto - o bom do Overmundo é isso: as portas estão sempre abertas para quem quer acrescentar, criticar, complementar etc. - então: estou esperando seu texto! abraços
Hermano Vianna · Rio de Janeiro, RJ 29/8/2007 22:03Ando ouvindo Costa a Costa adoidado e eles vão estar aqui em João Pessoa, vou poder conferir ao vivo.. DUNEGO RECORDS !!! Muito bom isso !
Edmundo Nascimento · João Pessoa, PB 30/8/2007 15:36
Alôs a todos os olhantes do overmundo!
Muito bom, Hermano, esse seu texto. Bom saber qual a impressão que a música independente cearense causa em olhos e ouvidos de brasileiros além-nordeste.
No mês de novembro do ano passado postei um texto no overmundo lançando uma espécie de semente desse seu tema () e obtive, mesmo com meu pouco alcance midiático, algumas boas opiniões.
Dentre os nomes citados, conheço uma pá deles também, pra não dizer uma ruma. E existem, sim, muitos outros.
Depois de me mudar pra São paulo, no meio da confusão de fumaça, asfalto, pouco dinheiro, uma banda inteira dentro de uma casa, vários shows e muito stress, eis que me tornei cidadão paulistano e arauto da música cearense (e nordestina) contemporânea e extemporânea na capital cultural de nosso paÃs, através do Coletivo Supernova, produtora que montei e ainda estou montando pra agenciar a música (e outras coisas também) do nordeste pro sudeste do paÃs.
De fato a efervescência da música cearense, amém, está se tornando notória em todo o Brasil. Ainda não tivemos uma explosão comparada a Chico no Recife. O Surto, algum tempo atrás, não virou. O Soulzé, no qual eu mesmo estava e estou inserido, fez ótima campanha e continua no under. O Cidadão domina o circuito alternativo de SP. Mas ninguém ainda conquistou projeção num nÃvel de alcance nacional. E temos que ver se isso é bom ou não, dependendo do tipo de alcance que queremos. Música boa ou música ruim, é uma outra discussão... O que se faz no Ceará atualmente é reflexo de uma indignação interna de seus artistas. E essa indignação pode nos levar à s alturas, pois é uma resposta inconsciente aos anseios de uma geração inteira, desde os tempos da Banda Maresia, do Moto Perpétuo e do Trem do Futuro, até os dias da JumentaParida, do Dr Raiz e do Groove, passando pela Veni Vidi Vici, Tribunos da Plebe e Insanity. Essas bandas foram a gestação de toda essa cena que hoje se desenha com contornos mais nÃtidos em Fortaleza e algumas cidade do interior. E eu acho que esse fenômeno, com suas diferenças locais, repete-se em todos os lugares do paÃs, principalmente os de menor acesso aos meios (leia-se norte e nordeste). No Pará havia o Mosaico de Ravena e hoje há o La Pupuña. No Piauà havia o Narguilê Hidromecânico e hoje há o Conjunto Roque Moreira (que estava em São Paulo até anteontem e resolveu dar um tempo em Teresina novamente, e que, só pra constar, tem dois integrantes do extinto Narguilê). E assim em outras capitais nordestinas. Acho que o que pudermos fazer pra aproximar as pessoas, encurtar as distâncias e criar diálogos, é bastante válido. Guga está aà pra fazer a farra na casa alheia, Hermano comanda o maior blog cultural do paÃs (ou como disse outro por aqui: um pseudo-orkut intelectual...) e eu tento agenciar as bandas que vem lá de cima, seja com um show marcado, uma entrevista ou um colchonete na minha sala junto com o James Brown, um dachshund de um ano e meio. O imortante é que tudo aconteça da forma mais verdadeira possÃvel. E que o Brasil possa ser vários num só. Plenamente.
Que o debate continue.
Um abraço
Marcos Maia, cearense direto de Pinheiros/Sampa
coletivosupernova@yahoo.com.br
Em tempo: dia 11 de outubro, véspera de feriado, acontece a segunda edição da festa Simbiótica, promovida pelo Coletivo Supernova. São bandas, djs (Guga, estarás em Sampa nesse dia???), artes plásticas e vÃdeos, além de um debate sobre música alternativa com convidados de todas as vertentes, desde o Alê Youssef do Studio Sp até o Rédson Pozzi, do Cólera, tudo ainda a confirmar.
Acessem:
Atrapalhei-me com os links. Mas o texto ficou bem em duas cores.
Em todo caso acessem:
www.cearaoutropessoal.palcomp3.com.br
www.marcosmaia.zip.net
MASSA!
... só queria agradecer a todos que acreditam na soma das diferenças e especialmente à THAÃS.... este projeto é, em grande parte, fruto de sua determinação.... valeu!!!!
sou caririense, cratense de nascimento e pela primeira vez fui ao show dos Zabumbeiros Cariris. me emocionei muito com a força da cantoria e os batuques que acompanhavam o ritmo do meu coração. depois de mais de quinze anos morando em fortaleza, voltei ao crato e confesso estar encantada com a movimentação e a riqueza cultural do povo daqui. me senti homenageada com o teu texto, orgulhosa de ser cearense e especialmente feliz por conhecer a maior parte das pessoas e dos trabalhos citados na publicação.
um grande abraço.
ThaÃs Aragão.. A geradora !!!.. Abrçs para o Thales. George o cão andaluz , tb ! Povo da estrada...
Edmundo Nascimento · João Pessoa, PB 3/9/2007 14:45
Olha a repercussão do texto na mÃdia tradicional aqui no Ceará:
http://www.opovo.com.br/opovo/colunas/plugado/728409.html
Vejam
=)
Tenho acompanhado a cena musical do Ceará há algum tempo e gostei muito de seu texto e da surpresa que tive ao achá-lo aqui no overmundo.
Moro em Salvador e faço uma confissão: aguardo ansiosamente que aconteça um bom momento desse na cena musical daqui. Não que não exista uma cena underground com boas bandas, mas as coisas não crescem, não evoluem! São tão batidas quando o velho AXÉ que nos rotula.
Hermano,
Parabéns por ajudar o Brazil a descobrir o Brasil.
Muito obrigado!
Queridos amigos:
Convido vocês a testemunharem o esforço que fiz para praticar uma imersão nos já longÃnquos anos cinqüenta do século passado, em particular o ano de 1954, em que São Paulo comemorou 400 anos de existência. http://www.overmundo.com.br/overblog/parece-uma-coisa-a-toa
Grande Hermanno. Só indo em Fortaleza mesmo para desmistificar essa onde de que cearense só curte forró. Lá tem muito forró dos bons, mas também tem muita gente produzindo um farto material cultural em vários estilos e que precisa ser conhecido pelo público. Como bom cearense cabra da peste, te agradeço por estar mostrando essa pequena parte desse imenso caldeirão cultural que é o Ceará.
Gilvan Costa · Boa Vista, RR 7/7/2008 19:49Para comentar é preciso estar logado no site. Faça primeiro seu login ou registre-se no Overmundo, e adicione seus comentários em seguida.
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