A música brasileira aproximando gerações e rompendo preconceitos
Quem gosta muito de música popular brasileira ficou surpreendido em 2007 com o lançamento do CD "Onde brilhem os olhos meus", gravado por Fernanda Takai, do grupo Pato Fu, com releituras de músicas gravadas por Nara Leão. E dentre estas, a música “Diz que fui por aÃâ€, gravada por Nara e também por Zé Keti, criador da canção.
Nesta gravação, considero bem interessante o andamento da música — cantada e tocada de forma mais lenta, ficando algo bem próximo a uma balada pop —, como pode-se perceber pelo toque da bateria e pela batida do violão. Não imaginava ouvir um samba tradicional dessa maneira. Causou-me muita alegria ouvi-lo nesta nova versão. E, Importante para o resultado final não esquecermos a “delÃcia†que é ouvir a voz de Fernanda Takai.
O cantor e compositor Zé Keti é um renomado sambista que teve uma trajetória de sucesso no Rio de Janeiro, tendo no show Opinião, sÃmbolo da resistência cultural à ditadura militar nos anos 60, e no registro fonográfico do evento, um marco fundamental em sua carreira. O carioca Zé Keti é um autor ligado a um gênero musical tradicional, além de outros (boleros, forró, toadas e modinhas) que aprendi a respeitar e gostar , ouvindo, a partir de meados dos anos 70, releituras nas vozes de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Maria Bethânia, Novos Baianos etc.
E essa ampliação do espectro do gosto musical não ficou apenas por aÃ; até compositores da música caipira paulista, como João Pacifico, através de uma gravação de Beth Carvalho, em meados da década de 80, ganhou a minha predileção (cd Na Fonte de 1981). A partir daÃ, fiquei despertado para mais ouvir composições da autoria desse compositor. E quem tornou isso possÃvel foi a iniciativa do Antônio Fagundes. Ele mesmo! O bem sucedido ator de novelas, que gravou um disco muito bom de se ouvir, com acompanhamento de coro e de um conjunto sinfônico, somente com músicas do velho e bom compositor paulista.
Dentre as primeiras regravações/releituras que ouvi, em meados dos anos 70, a música “Coração Maternoâ€, do Vicente Celestino, regravada por Caetano Veloso, marcou-me bastante, pelo fato inusitado que representou na época. Tal qual muita gente, tomei um susto! Porque, apesar de minha pouca idade na época, eu já tinha ouvido, de forma indireta, uma música ou outra de Vicente Celestino, e sua obra representava, para as novas gerações que “curtiam†as músicas da moçada que surgira com os festivais ou na onda da “jovem guardaâ€, aquilo que de mais atrasado, cafona e careta poderia existir.
Mas, o tempo foi passando e muitos jovens passavam a ter contato com a obra de Dalva de Oliveira e Herivelton Martins (cujo romance tumultuado foi tema de uma minissérie apresentada pela Globo neste inicio de 2010), além de Noel Rosa, João do Vale, LupicÃnio Rodrigues, Ismael Silva, Ataulfo Alves, Dolores Duran, Jackson do Padeiro, Pixinguinha, Braguinha etc., principalmente nas vozes dos tropicalistas.
Dentre estas, destaco em especial os dois LP´s — sucessos de público e de crÃtica — com músicas exclusivas dos compositores Dorival Caymmi e Ary Barroso, lançadas no mercado por Gal Costa nos anos de 1976 e 1980. Destaco também a antológica gravação de “Ãndiaâ€, uma guarânia, estilo musical bastante comum no Paraguai e nas cidades brasileiras de fronteira com nossos hermanos latino-americanos, cuja primeira gravação de sucessso no Brasil foi realizada pela dupla Cascatinha e Inhana, em 1952. Sendo que “India†é uma das músicas preferidas de minha mãe.
E é nisso que reside uma das principais contribuições do movimento tropicalista na cultura brasileira: propiciar as novas gerações compreender, respeitar e até mesmo admirar alguns compositores e cantores que apresentaram músicas que fizeram parte da história de vida de nossos pais e avós, nos proporcionando também entrarmos em sintonia com os sentimentos, emoções e valores, como também dos acontecimentos cotidiano daqueles que nos antecederam. E isso a música dos grandes compositores de todos os tempos faz muito bem.
Outras regravações/releituras que me marcaram: Uma produzida nos anos 80, a de “Luar de Sertãoâ€, do compositor Catulo da Paixão Cearense, realizada em um belo e emocionante dueto de Milton Nascimento com Luiz Gonzaga e, mais recentemente, uma dobradinha musical de Jair Rodrigues e Rappin Hood, em torno da música Disparada, do Geraldo Azevedo e Téo de Azevedo, um dos maiores sucessos dos festivais dos anos 60.
E isso prossegue, quando garotos e garotas ouvem regravações/releituras de músicas de Chico Buarque, Cartola, Roberto e Erasmo Carlos, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Noel Rosa e de outros clássicos, na voz de Chico Science,Skank, J. Quest, Rapin Hood, Maria Rita, Vanessa da Mata, Adriana Calcanhoto e tanta gente nova. Isso garante que a permanência na memória nacional do que temos de melhor na arte musical brasileira perdurará além do perÃodo histórico em que foram concebidas, assim como acontece com a música erudita de Bach, Mozart, Techaikovsky, Beetoven e de tantos outros.
O inverso também ocorreu com os cantores da “velha guarda†que regravaram músicas de compositores da nova geração. Na década de 70, Orlando Silva e Luiz Gonzaga fizeram isso e no final da década de 80, Nelson Gonçalves gravou Cazuza, Lobão, Kid Abelha. Também ao ouvir “Nada por mim†originalmente gravado pelo Kid Abelha na voz do cantor de “boemia†fiquei muito feliz e também satisfeito pela forma “abolerada†como Nelson Gonçalves interpretou a canção.
Sobre Luiz Gonzaga e o forró pé-de-serra, na década de 70, tornou-se novamente merecedor de atenção de parcela importante da juventude a partir da inclusão de músicas que fizeram sucesso na voz do velho Lua, nos discos de Caetano, Gil, Gal e Bethania, além da presença do jovem Dominguinhos que adentrava no cenário da música brasileira em alguns momentos, na companhia dos tropicalistas.
Por último, uma grata surpresa chega em minhas mãos no ano de 2009, o CD da cantora baiana PatrÃcia Costa, com releituras de músicas que fizeram sucesso no perÃodo áureo da chamada axé music — década de 80 e meados de 90 do século passado, em versão acústica e com um estilo intimista e delicado. É incrÃvel como músicas que agitaram as ruas quando cantadas em ritmo frenético próprio se transformaram em melodias suaves e tranqüilizantes!
Bom para ouvir especialmente após um dia de trabalho, quando coloco a rede no quintal, ligo o som, coloco o CD Acústico Bahia da PatrÃcia, e fico ouvindo as músicas na companhia da lua e das estrelas (tendo à s vezes ao lado a mulher companheira), sem esquecer, é claro, de intercalar com todos aqueles já citados, como também com o trabalho musical de outros ritmos e cantores/compositores não citados nesse texto.
Afinal, boa música pode ser encontrada em todos os ritmos, tempos e lugares.
P.S.:
Ouça "Luar do Sertão" na versão de Maria Bethania.
Ouça "India" na versão de Roberto Carlos.
Ouça "Diz que fui por aÃ" na versão de Seu Jorge e Luiz Melodia.
Se alguém perguntar por mim, veja a programação do projeto verão de Aracaju, edição 2010, em especial a do dia 04/02/10 e saberá onde me encontrar.
Esse não pode ficar de fora.
Milton Nascimento e Chico Buarque de Holanda
"O Que Será"
Valeu amigo. É talentos de norte a sul de leste a oeste!
Saúde e longa vida. jbconrado
....riqueza sonora do nosso Brasil. Gostei do texto. Parabens. Bjos.
graça grauna · Recife, PE 28/1/2010 21:50Meu prezado, realmente é uma beleza a releitura feita por Fernanda Takai para os clássicos da MPB. Eu tenho aqui em casa, e já ouvi diversas vezes. Veja como a nossa sintonia musicultural é fina! rsrsrsrsrsrs. Grande Abraço!
Antonio Vieira · Aracaju, SE 28/1/2010 23:34
Vou voltar pra reler e ouvir o que for possÃvel
Consideraçoes valiosas estas
abraço
andre
Ayruman e Graça - Isso é Brasil e nem sempre nos damos conta. Nos próximos textos da série, vou postando a respeito de como nós brasileiros podemos fazer mais nesse sentido.
Antonio - Quando concluà o texto pensei em você como uma das pessoas que iria gostar do resultado, em função da sua paixão por música e pelo trabalho musical que você vem realizando.
Devany -Valeu pela visita.
Andre - É muito clip mesmo e deu até um certo trabalho e vai levar algum tempo para navegar por todos eles. Mas, vale a pena!
Quem chegar por aqui, confira também outro texto recente postado por mim na seção agenda. Para quem mora em outro estado, se não é possivel saborear a comida a qual o texto se refere. pelo menos pode-se provar um pouco da música que os paraenses produzem.
http://www.overmundo.com.br/agenda/almoco-cultural-venha-sentir-um-pouco-do-gosto-do-cheiro-e-do-som-do-para
Zezito de Oliveira • Aracaju (SE) •
O Portal do Som (1)
Você fez Um Trabalho Admirável como Sempre.
Um Roteiro de Lição e Curso da musicalidade Brasileira.
Uma Viagem espetacular no que a gente tem de melhor dando um tom pedagógico onde se aprende e ao mesmo tempo se desfruta da produção de nossos grandes artistas já Mestres Consagrados na nossa Colossal Música Brasileira.
Muito especial pra gente curtir as pérolas e aprender mais um pouco.
Abração Amigo a Todos.
Que beleza de postado! Um retrato maravilhoso da música brasileira! Parabéns!
Clésio Tapety - Cultura da Paz · São Paulo, SP 30/1/2010 10:48
Zezito,
Um extraordinario passeio pela música brasileira. Muito bem escrito e ilustrado. Valeu e muito.
Um abraço
Comecei a ouvir e acho que nem quero parar... ô, diacho, cê acha que eu num tenho mais o que fazer, hómi ?
que peste !
Um beijo !
através do e-mail.
Muito bom Zezito, essa sua reflexão sobre a musica e as gerações. Lembrei de uma matéria que assisti recentemente sobre a juventude responsável em manter vivo o samba de raiz. Eles estão fazendo sucesso, relembrando os grandes nomes entre eles de avós, pai etc. A exemplo de Diogo Nogueira, entre outros, que me falham agora da memoria. Quem sabe, no proximo re-escrever e acrescentar esse dado.
Temos muita coisa boa é só ir descobrindo e divulgar mesmo!
um abraço!
Margarette
Amigo Zezito, cada vez mais percebo o cuidado e a atenção com que você elabora as informações culturais que compartilhar.
Ainda não escutei o CD da Fernanda Takai, artista que admiro de longa data, pela verdade e postura com que dá curso ao seu processo artÃstico. Agora que você indicou, já entrou para a lista dos assuntos urgentes.
Também foi para esta "lista dos assuntos urgentes" a sua dica sobre o Cd do Antônio Fagundes. É um artista que gosto muito e não tinha noção que ele também atuava na música.
Este passeio pelas memórias de sua formação cultural também me tocou muito, pois é uma forma de estabelecer uma "ponte" entre o passado, presente e futuro. Passada a primeira década do milênio, é importante que um agente cultural faça uma reflexão sobre os caminhos que se abrem para arte.
Gosto muito também de perceber que sempre há espaço para a troca. É possÃvel Jair Rodrigues e Rappin Hood tocarem uma música dos anos 60 assim como é possÃvel Nelson Gonçalves cantar Cazuza e Kid Abelha. Estas possibilidades ensinam muito. A maior parte das obras do Chico Buarque que conheço são na voz de novos intérpretes, como Fernanda Porto, Cássia Eller, Fernanda Porto.
Concluo que o momento é fértil. Há um ambiente favorável para ampliação da música brasileira, nos diferentes Brasis e no mundo.
Obrigado pelo aprendizado!
Alê Barreto
Azuir – Você captou uma das propostas fundamentais que busquei trazer através desse post.
Refletir sobre a relação entre música e processo pedagógico, não apenas o escolar, como também do nosso aprendizado pessoal, naquilo que diz respeito aos aspectos emocionais, como também dos nossos laços identitários e de pertencimento. Que é uno e plural ao mesmo tempo. Nos próximos posts da série, traremos mais contribuições nesse sentido.
Clesio e Edimo - Grato pelas palavras de incentivo. Em posts futuros trataremos da relação entre música e cultura da paz.
Alcanu – Fico feliz que você foi fisgado por esse desejo. Eis aà uma das contribuições mais importante das novas tecnologias, podermos trazer de volta, tanta coisa boa que estavam guardadas a sete chaves. Agradeço a tanta gente legal que postou o material no youtube. Se há muita porcaria, há também tesouros e nem precisamos nos submeter aos desafios propostos nos mapas das revistas em quadrinhos.
ErramosO nome correto do CD é:
"Onde brilhem os olhos seus"
Ah! Zezito, esse "revival" faz um bem imenso prá nossa memória musical.
Os caminhos da musica as vezes seguem paralelos, as vezes se desencontram e se trombam vez em quando.
A regravação quando bem feita serve para incentivar o jovem a conhecer o nosso passado musical , mas outro dia ouvi um desastre que fizeram com "O que será" do Chico Buarque, não fôra ele tão multiplo e conceituado compositor estaria alijado para sempre dos novos ouvidos.
Já a Fernanda Takai, que nasceu em Macapá, nossa vizinha, e conhece muito bem nossa cultura e nossos ritmos gravou um carimbó que por aqui faz muito sucesso.
Um grande abraço amazônico
através do e-mail
Amigo Zezito,
Saiba que concordo exatamente com tudo o que você descreveu e sofro no dia-a-dia dos poucos momentos de diversão e lazer que a vida me permite por não encontrar, fora de casa, boas músicas para ouvir.
Aliás, o que aconteceu com os bares da nossa querida e "velha" Aracaju que insistem quase todos em colocar aparelhos de TV que ou exibem o BBB, novelas ou repetem vÃdeos de todos os tipos, inclusive e com muita frequência, sertanejos de baixo nÃvel. Repito para não parecer preconceito: sertanejos de baixo nÃvel.
Após duas décadas fora da nossa terrinha confesso que tenho sofrido para encontrar bons lugares para conversar sem precisar gritar e ouvir boas músicas, mesmo sabendo que bons artistas por aqui não faltam.
Grande abraço e parabéns pela manifestação e serviço prestado
Margarette,
Muito pertinente a sua contribuição. É evidente e você talvez concorde comigo, que isso pode ser um caminho para entrar no mercado, entretanto,é preciso ter luz própria para continuar brilhando. O exemplo que você traz de Diogo Nogueira é um deles.
Alê,
Fico feliz de ter contribuÃdo com você em termos de informação sobre o disco da Fernanda Takai e do Antônio Fagundes, embora este último talvez esteja fora do catálogo. Sobre os encontros musicais, falei muito nesse post, talvez fale em outro sobre os desencontros, utilizando como ponto de partida alguma coisa da minha experiência pessoal. Sobre Chico Buarque, para mim a obra dele é essencial, não pode faltar. Por último, você tem muita razão quando diz: “Passada a primeira década do milênio, é importante que um agente cultural faça uma reflexão sobre os caminhos que se abrem para arte.â€
Edilson,
Essa foi uma das razões que me motivaram a escrever uma série de artigos sobre as relações música e sociedade. Essa discussão que você traz, foi objeto de uma conversa que tive com um amigo, em uma mesa na sede de um pequeno clube de futebol, sediado no bairro onde moro e que abre espaço para um concorrido samba aos sábados e que, nas quintas-feiras, de forma esporádica, reúne um grupo de pessoas para beber “com moderaçãoâ€, ouvir boa música e colocar as novidades em dia. Oportunamente você será convidado.
Pelo fato dos argumentos que coloquei para o amigo na mesa de bar, necessitar de um espaço maior e também por pretender agregar mais informação, lhe avisarei quando os próximos artigos forem publicados, porque sei das suas limitações de tempo. A questão que você traz deverá ser abordada no terceiro ou no quarto artigo da série. O próximo é sobre o que Sergipe tem a oferecer ao Brasil em matéria de música, além da banda Calcinha Preta.
Ligia,
Você tem razão e isso me remete a lembrança de alguns artistas de música “brega†nordestina que regravaram Belchior, Zé Geraldo, Vital Farias e que em principio considerei interessante, mas que minha companheira considera lamentável. Ainda não tenho opinião formado sobre o assunto, mas algumas regravações ou releituras, melhor que não fossem realizadas mesmo.
Mas, voltando ao aspecto de algumas regravações dessas músicas, por Lailton e seus teclados, por exemplo, o aspecto que considero interessante e o fato de aproximar esses artistas do grande público que apenas tem acesso a música que toca na maioria das rádios.
Um trabalho que gostei, a regravação de um pout-porri de carimbó, incluindo Pinduca e Nilson Chaves, por parte da banda Calypso. Em certo momento, escrevi para o site deles, propondo que realizassem um CD especial com músicas tradicionais da região, incluindo as toadas de bois, tipo arraial do pavulagem, caprichoso, garantido etc..e não obtive resposta.
Fica a sugestão para quem tem mais aproximação com a produção do Calypso. Outra sugestão que eu tenho para apresentar a eles e que antecipo é a produção de um filme nos moldes de “2 filhos de Franciscoâ€. Pelo que conheço da história da banda, é possivel repetir o mesmo sucesso do filme sobre a carreira do Zezé di Camargo e Luciano.
Valeu pela informação sobre o local de nascimento da Fernanda Takai.
Em um outro texto de minha autoria, citei a banda Calypso e outos fenômenos da nossa música brasileira mais atual.
http://www.overmundo.com.br/overblog/o-central-da-periferia-na-escol
O endereço correto para o link indicado acima é:http://www.overmundo.com.br/overblog/o-central-da-periferia-na-escola
Zezito de Oliveira · Aracaju, SE 1/2/2010 13:13
http://www.overmundo.com.br/overblog/o-central-da-periferia-na-escola
muito bonito o texto, que nos leva a um percurso tão pessoal e mesmo assim tão relevante.
Anderson Luis · Rio de Janeiro, RJ 2/2/2010 00:12
Anderson,
Valeu pelo comentário. Fico feliz por ter alguém do Rio de Janeiro como interlocutor, estado onde residi durante toda a adolescência e que para sempre faz morada em meu coração.
Sei que tem muitos problemas, mas tem muita mais em termos de aspectos positivos. Espero que a copa do mundo e as olimpiadas possam trazer perespectivas de mais desenvolvimento com mais sustentabilidade e inclusão. Mas, para isso vocês cariocas e nós brasileiros temos que escolher os nossos governantes com maior atenção e cuidado e ficar sempre de olhos bem abertos. Trago aqui a lembrança dos problemas com relação a gestão dos recursos destinados para os jogos panamericanos.
Abraço,
atravez da cinergia é que perpetuam todas asa artes !
muito bom, Zezito....quem sabe faz a hora nao espera acontecer !...BelÃssima e completa resenha !
abraço
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