Rieg Wasa é um americano natural de João Pessoa... rs... Bom, o que dizer de um cara que fala “ôxe !†com sotaque gringo ? Depois de morar nos EUA, França e Alemanha, ele veio aterrissar na capital paraibana. Deparou-se com uma banda glitter esquisita chamada STAR 61, gostou e foi convidado a fazer parte do grupo. Depois de alguns anos na banda, gravando, viajando e, principalmente, se divertindo muito, Rieg resolveu dar vida a um projeto particular – WHAT WE CALL HOME, uma compilação em CD de canções próprias gravadas no banheiro do seu quarto, onde trafega pelo folk e experimentações.
# Vira-lata cultural
Rieg Wasa - Nasci em 9 de julho 1985 em Fort Lauderdale na Florida nos Estados Unidos. Em 1990 fui para França e voltei para florida e 1995 fomos morar em Berlim por uns três anos, até mudar pra Augsburg (o equivalente de João Pessoa, que fica no sul da Alemanha, perto de Munique.) aonde morei uns 9 anos. E eu sei que você tá pensando que minha famÃlia é 1) militar, ou 2) da máfia, mas (in)felizmente, isso não é o caso. Então o meu último “pitstop†foi aqui em João Pessoa, e já faz uns quatro anos que estou aqui, bem feliz. Sou um vira-lata cultural.
# Heavy black electric guitar with one heavy pickup for heavy sound
Rieg Wasa - Meus pais sempre incentivavam a mim e a minha irmã a tocar. Comecei tocando violino e teclado quando pequeno, mas só realmente comecei a me interessar em fazer música quando minha irmã comprou a primeira guitarra dela, uma bem tosca sem nome, de uma loja de eletrodomésticos, sendo vendida como “Heavy black electric guitar with one heavy pickup for heavy soundâ€, por equivalente a R$50. Quando minha irmã estava fora de casa eu comecei a tocar e aprender sozinho. A caixa não tinha potência nenhuma, então eu botava no volume máximo pra “simular†uma distorção. Era lindo demais!!! Meu pai sempre me falava que tocar era um jeito legal de impressionar as meninas (ele tocava clarinete), mas até hoje não funcionou, eu acho.
# Star 61
Rieg Wasa - Eu vim para o Brasil uns quatro anos atrás. Depois de mais ou menos um ano, Mônica (minha namorada) me apresentou a Thiago Sombra que já tocava no Star 61. Ele me convidou pra assistir um show da Star 61 na boate “Elektra†na ferinha de Tambaú no dia das bruxas, prometendo que eu ia gostar. Fui (fantasiado de Shawn do filme “Todo Mundo Quase Mortoâ€) e realmente adorei o show! Foi a primeira banda que eu vi aqui que tocava com muita paixão e fazendo show visualmente interessante, com muita ênfase na performance e na diversidade musical. Pouco tempo depois Thiago me chamou para fazer teste para guitarrista da banda, e deu certo por muito tempo. Foi uma lição muita boa e importante na minha vida. Eu agradeço muito pela experiência que eu tive com a banda. Eu me divertia muito
tocando com eles, aprendi muito e consegui contribuir muito. Conheci muitas pessoas especiais, participei de eventos muito legais, gravei um CD, viajei... O final da historia talvez poderia ter sido mais legal, mas eu prefiro olhar para os momentos mais felizes.
Agora recentemente comecei a tocar com a Madalena Moog.
# Esquizofrênico musical
Rieg Wasa - Primeiro, a minha esquizofrenia musical que vai do Pixies a Elvis Costello até Daniel Johnston, com a influência dos meus pais que ouviram muito jazz, rock’n’roll antigo, especialmente Beach Boys. Além de samba e MPB. Depois passei a ouvir muita música eletrônica, alternativa e hip-hop, tÃpico adolescente. Agora, sou muito voltado ao twee, alt-folk e indie-pop.
# www.riegrodig.com.br
Rieg Wasa - Eu não quero me limitar artisticamente. Eu quero ter o poder de me expressar da forma que acho adequado e que melhor representa os meus sentimentos e pensamentos. Da mesma forma que eu toco vários instrumentos, eu vejo as artes plásticas como se fosse outro timbre musical. É somente outra categoria de instrumento. Algumas pinturas minhas são introduções de músicas ou como se fosse um riff complementar. O processo de escrever uma música e pintar uma tela é muito parecido pra mim e às vezes são complementares. Também faço camisas para não sair nu na rua!
# CD gravado no banheiro
Rieg Wasa - O cd foi gravado no meu banheiro, então seria complicado gravar com banda. Brincadeira, mas a idéia inicial era tocar sozinho e deixar as músicas de forma mais sinceras e puras possÃveis. Hoje em dia eu já sou mais aberto para a idéia de formar uma banda, mas vamos ver o que o futuro trás.
# Na rede
www.myspace.com/riegwasa e www.riegrodig.com.br
Ah esses gringos que ficam mais brasileiros que muitos brasileiros... Eles sempre têm histórias boas pra contar.
Helena Aragão · Rio de Janeiro, RJ 17/5/2009 10:28
Como o músico não tem Pátria, vamos deixar o gringo estacionado em João Pessoa, com nossas boas vindas.
Ivette G M
A não ser pelo fato de ser brasieiro, miha bandeira é a diversidade sonora, como observou o Kiko Ferreira. Nesse sentido, sou parecido com o Rieg, apesar de seu nome conseguir ser mais complicado que o meu!!!
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