Como será a vida do pesquisador musical do futuro? Em tempos sem disco, sem CD, com internet difundida, com cada artista colocando sua criação sempre na web. Será que as coisas vão ficar mais fáceis para quem se propõe a conhecer e arquivar todos os sons? Ou a complicação vai ser em outra esfera, em que se destacará na seleção natural justamente quem tiver capacidade de organização de um conteúdo disforme e espalhado?
Tempos incertos em relação a tudo isso nos esperam. E foi com essas perguntas na cabeça que peguei a barca Rio-Niterói e fui praquela cidade conversar com um sujeito que sempre foi apaixonado por bolacha. Bolacha de todas as formas. Não, deixa eu corrigir: a paixão é pelo recheio da bolacha.
Silvio Julio Ribeiro não se apega a CDs. Mas as bolachinhas são sua obsessão - não como objeto de devoção, mas como material de trabalho. “Todo CD que pego quero ficharâ€. Por fichar entende-se anotar tudo: das faixas à s participações, dos bônus aos músicos de suporte. Tem sido assim desde o tempo do vinil. Este, aliás, é o verdadeiro amor do sujeito (dele e de uma torcida do Flamengo de nostálgicos apaixonados). Hoje ele pode dizer que está conseguindo seu objetivo: é o nome por trás do acervo já compilado no recém-lançado Jornal Musical. Já são mais de 100 mil discos – seja em vinil, CD ou 78 rotações - que podem ser consultados em buscas por tÃtulo, nome de música, intérprete e compositor (mais sobre o site lááá embaixo).
Freud explica
Os freudianos dizem que toda obsessão, seja boa ou ruim, tem explicação nas origens. Pode ser. No caso de Silvio elas estão numa pequena cidade de Minas. Um grupo de vizinhos e amigos próximos ficava aguardando ansiosamente a volta de seu pai do Rio de Janeiro, de onde trazia discos e mais discos. E a audição era assim, coletiva, na varanda de casa. Quando a situação apertou e foi preciso vender a coleção, um comerciante local se desfez do que foi preciso para conseguir pagar o preço pedido nas valiosas relÃquias sonoras. Pelo visto, o pai de Silvio criou involuntariamente diversos apaixonados. No filho, ficou inconscientemente a vontade de seguir na sina de divulgar os bons sons que conhecia.
Corta para São João de Meriti, estado do Rio. Silvio já adulto e, em honra à hereditariedade, comprando tudo quanto era disco. A coleção chegava a 6 mil vinis, mas como o pai, ele precisou se desfazer das pepitas. Aà veio a luz: “Antes de vender, fui mordido pela mosquinha azul e decidi anotar todos os detalhesâ€, conta. O hábito continuou no papel até conseguir comprar seu primeiro computador, em 1996. Na mesma época, conheceu o pesquisador Sérgio Cabral e as portas começaram a se abrir. “Ele me chamou para organizar sua discoteca. Depois, me apresentou o Tárik de Souza e o Roberto M. Moura. O Roberto deixava tudo na minha mão a ponto de perguntar: 'Eu tenho esse disco?'â€, conta, lamentando que o amigo tenha morrido antes da conclusão da informatização de seu acervo.
Nos anos seguintes, a vida foi assim. Valeu-se da indenização de um trabalho para fazer esses serviços, praticamente por prazer. A contrapartida era poder acumular a informação que compilava. É assustador, e ao mesmo tempo fascinante, pensar que muito da informação cultural organizada no paÃs não teve origem em instituições públicas e privadas, e sim em iniciativas de pessoas obsessivas (para o bem) como Silvio. “Eu abria mão de sair, comia só pão com manteiga se fosse o caso. Hoje qualquer site como um Submarino da vida tem as informações básicas de um disco. Mas na época sabia que estava lidando com uma coisa valiosa, não havia nada na internet.â€
Falando nela...
Alguma coisa na conjunção astral deve ter se alterado na virada para os anos 00. E foi justamente a internet que trouxe bons fluidos para que todo aquele esforço fosse valorizado. Primeiro, entre 2000 e 2001, a informação sobre cerca de 10 mil discos foi a base para o inÃcio do Cliquemusic, que em pouco tempo virou referência na área. O namoro durou pouco, mas em seguida veio uma parceria importante com Andreas Pavel, um alemão louco por música brasileira, e outros patrocÃnios esparsos, que permitiram a informatização de acervos importantes. Começou com dados musicais do Museu da Imagem e do Som, no Rio, e aà veio uma fila de instituições. Vale a pena listar, com direito a seus comentários.
- Rádio Nacional: 24 mil LPs. “É uma coleção que resume praticamente todos os discos que a gente conhece.â€
- TV Cultura (SP): 50 mil Lps. “Tem muita música sertaneja, coisas gravadas no interior que dificilmente encontraria em outro lugar.â€
- Rádio Eldorado (SP): cerca de 30 mil Lps. “Clássicos brasileiros, música instrumental.â€
Silvio bem gostaria de ter mais dois acervos no currÃculo. “O de Leon Barg, dono da Gravadora Revivendo, tem uma discoteca incrÃvel de 78 rpm. E a Rádio TV Gazeta tem 150 mil exemplares de tudo: 78, CD, compacto e LP. Queria muito conhecerâ€, revela, com os olhos brilhando.
Novos suportes... Pra que suporte?
Apesar da paixão pelo LP e por tudo que vinha de antigamente, Silvio tirou uma lição das mudanças. “Sofri para trocar o LP pelo CD. Mas não demorei a entender que o que me prende é a música. Não importa em que suporte venha. A gente diz que faz discografia, mas a verdade é que este termo está deslocado. É preciso inventar outro nome logo, logo.â€
Perfeito. Mas aà foi a hora de eu botar pra fora todas aquelas indagações que me acompanhavam desde a barca. E ele foi honesto em sua reflexão. “Confesso que não sei se vou me acostumar com esse mundo de música só no computador. Sou daquele tipo que precisa saber quem fez o solo da faixa 3, sabe como é? Pode ser que as coisas mudem, mas o que vejo é que as pessoas não botam esses detalhes junto com a faixa para audição. Minha filha de 7 anos já é craque de buscar coisas na internet. Enquanto isso, li outro dia que quem freqüenta loja de discos tem cada vez mais cabelos brancos. Espero estar dando minha colaboração, subsÃdio para pesquisadores do futuro continuarem suas pesquisas a partir do que já foi organizado.â€
Todo mundo quer ser ouvido. Em todas as gerações
Tal subsÃdio está agora esparramado em páginas e páginas de informação do Jornal Musical, que está no ar há poucas semanas com a parte jornalÃstica coordenada pelo Tárik de Souza. Trata-se de uma iniciativa do Instituto Memória Musical Brasileira, fundado pelo alemão Pavel - pelo que andei lendo, aliás, esse sujeito foi o inventor do walkman (!!), editou a coleção "Os pensadores" e criou aquelas séries de enciclopédias musicais que rolavam antigamente nas bancas. Pelo visto merecia uma matéria só pra ele. Vou procurar saber quando vem ao Brasil...
Voltando ao site: além do enorme banco de dados com CD, LP e 78 rpm, há reportagens, resenhas de lançamentos, entrevistas e rádios com diversos estilos. O próximo passo é disponibilizar 30 segundos de todas as faixas de Cds e músicas inteiras dos vinis – mas não para download. “Toda banda de hoje quer ser ouvida. Mas não são só os novos que querem. Tenho certeza que uma Sonia Delfino, uma Dóris Monteiro, adorariam que seus discos de 40 anos atrás fossem ouvidos, nem que fosse virtualmente.â€
Se o tempo pode ser uma barreira, as distâncias também são realidade, mesmo na era de internet. “Sempre existiu gente boa fazendo disco pelo paÃs. O trio vocal Amaranto, por exemplo, vive bem em Minas, lota shows e vende CDs. Fora do estado, já é bem menos conhecido. O mesmo acontece com Antonio Pereira, do Amazonas. Se conseguirmos fazer o som de artistas como eles circular já me dou por satisfeito.â€
***
Há um outro desafio que se torna cada vez maior: fazer circular o que não é lançado oficialmente. “Há nichos complicados: funk, metal, hip hop... É tudo muito informal.†Por isso, Silvio faz um apelo: quem quiser mandar discos e informações sobre bandas, cantores e artistas que ainda não estejam no banco de dados, fique à vontade. O endereço é
Rua Maestro FelÃcio Toledo 500, grupo 502.
Niterói CEP.: 24030-107
Email: instituto@memoriamusical.com.br
Estava para fazer essa matéria desde o lançamento do site. E fiquei ainda mais animada depois de ler este texto da Adriane Perin aqui no Overmundo. Nos comentários daquela matéria teve gente dizendo que aquele podia ser um bom ponta-pé inicial para um panorama de pesquisadores musicais pelo paÃs. Espero ter dado minha contribuição para a continuação da "série". Que venham outros perfis!
Helena Aragão · Rio de Janeiro, RJ 8/9/2006 14:03
Não sou muito ligada nesse assunto, na verdade, música nem é uma das minhas maiores paixões (primeiro vem literatura, pintura, fotografia, cinema, teatro, história cultural...) mas esse texto me instigou a pensar e a dar uma explorada nessa área na internet...obrigada!
Fora que o formato está ótimo, legal essa idéia de ir dividindo o texto e colocando subtÃtulos, posso imitar?
Abraço!
show de bola, super helena aragão! :))
Monica Ramalho · Rio de Janeiro, RJ 9/9/2006 13:27Interessante artigo, parabén Helana. Existe uma base de dados de discografias, inicialmente usada para música eletrônica, mas agora aberta pra qquer estilo em discogs.com. Acho o formato do banco de dados usado no discogs.com muito poderoso, pq permite procuras bastante amplas, além de referências cruzadas, comentários, etc. Vale a pena, pelo menos olhar como funciona, para implementar algo assim pro arquivo do Jornal Musical (cuja indexać;ão e procura deixam bastante a desejar, IMHO), ou outras discografias nacionais.
Guilherme M. · São Paulo, SP 11/9/2006 12:21
Ana, imite e explore como quiser (os textos do Overmundo estão em Creative Commons pra isso mesmo! :)
Guilherme, valeu pelo comentário. Não entendo muito dessa parte tecnológica da coisa, mas vou correndo no link que você sugere para ver como funciona! No mercado internacional há alguns bancos de dados, como o All Music Guide, e pelo que você diz o diferencial deste é a questão da música eletrônica, né... Escreve uma matéria sobre isso, adoraria entender melhor os alcances variados desses sites! De qualquer maneira, independente do formato das buscas, acho que é sempre bom termos outras opções de catálogos de música brasileira na internet.
Thiago e Monica, valeu a força!
A idéia dele é fantástica mesmo. Acredito que, independente de suporte, a noção de "disco", não vai deixar de existir. Um passo importante deste site que ele fez é em relação as mediações.
Estamos vivendo uma época tenebrosa com rádio, imprensa e outros intermediários fazendo um trabalho que vai do regular para o ruim.
E as pessoas sempre procuram uma representatividade, alguma peneira cultural. É o importante do site dele não ser só um banco de dados, mas também um espaço de reflexão - e ainda com a coordenação ótima do Tarik.
Mas Guilherme... essa sugestão da Helena você vai acatar? Pq se não eu acato! Preciso mto escrever sobre o CC Mixter =D
Muito bom! toda reflexão sobre distribuição de bens culturais, e da preservação desses bens, é sempre bem vinda, e como compositor, adorei o tema. Esses pesquisadores merecem reconhecimento por esse trabalho de conservação.
Parabéns Helena.
Muito, muito legal, Helena. Eu acredito que o resgate de figuras desse tipo é fundamental.
Eu dei uma pequena contribuição pra isso na matéria sobre o Ricardo Retz, o Dom Quixote dos Vinis daqui do DF.
[ ]s!
Daniel, é mesmo! ImpossÃvel lembrar de todas as matérias que já passaram por essas telas... :) Certamente se buscarmos por tags como vinil ou CD devemos encontrar uma penca delas. Ainda bem que existe um rastreador e não precisamos depender só de nossa memória! Quero um sistema de buscas assim no meu cérebro!
Helena Aragão · Rio de Janeiro, RJ 12/9/2006 16:05Encantada.Lembro quando adolescente e isso faz muito tempo numa cidade do interior da Bahia,Juazeiro...eu sempre ligada em música,então minha mãe trazia de Salvador as novidades em vinil... Santa Esmeralda,inesquecÃvel... Don´t Let Me Be Misunderstood...eu além de ser convidada pra todas as festas acabava sem intencionalidade promovendo o acesso...essa é a grande diferença...hj o acesso é praticamente em tempo real,ou quase...grande abraço Hlena!
ca_co · Juazeiro, BA 12/9/2006 23:24Helena, que maravilha! Todo mundo votando! Uhu!
Monica Ramalho · Rio de Janeiro, RJ 13/9/2006 01:18Me alegro sinceramente por existir no mundo gente como o Silvio Julio Ribeiro... que iniciativa estupenda...Aqui em BH tinha um sujeito, que de mudança para o EspÃrito Santo, me vendeu pelo preço da passagem de ônibus, uma coleção de 130 discos de 78 rpm. Dentre eles 17 são do Orlando Silva. Tem também 1 disco do Dorival Caymmi, gravado em 1940 e pouco. Fiz a catalogação deste acervo e achei que estava fazendo muito... Grande, grande, grande...Parabéns!!!
Charlim · Belo Horizonte, MG 13/9/2006 03:01
Link do dicionário Cravo Albin da Música popular Brasileira.
Viva!!!
empolgante a matéria. mapear a música conhecida e desconhecida do grande público é uma tarefa que merece elogios.
Edgar Borges · Boa Vista, RR 13/9/2006 11:53Essas pessoas são importantes. Muito importantes.
Pedro Rocha · Fortaleza, CE 13/9/2006 14:51Eu é que me contento muito de saber que este texto fez a gente conhecer as lembranças da ca_co e das compras inesquecÃveis do Charlim!:) Aproveito para lançar mais um link bacana de discografia brazuca: da Maria Luiza Kfouri.
Helena Aragão · Rio de Janeiro, RJ 13/9/2006 16:20Para aqueles que querem fazer uma bolacha, acho que vale a pena informar que o Rio tem ainda uma das poucas fabricas de bolachas da América Latina http://www.polysombrasil.com.br/geral.htm, alguns DJs tem usado e ontem fiquei sabendo que o ultimo cd dos Los Hermanos saiu em uma edição limitada em vinil prensado por lah.
dudavalle · Rio de Janeiro, RJ 14/9/2006 01:02Achei show de bola, era isso que precisamos. Parabéns
ALESSANDRASDV · São João de Meriti, RJ 16/9/2006 08:03
@Helena: Não sei se me expressei mal, mas no caso do discogs.com quiz chamar a atenção pro formato ou tecnologia usada pra construir o banco de dados, e não para o conteúdo em si (que agora abrange todos estilos musicais). No caso do Jornal Musical, achei meio limitado o formato, a procura, indexação... (ou seja, fica dificil de procurar e navegar pela ótima informação apresentada lá). Quanto ao All Music Guide, ele é mais um site de biografias. Obrigado pela sugestão sobre escrever um texto, vou pensar no assunto.
@Bruno: Pode mandar brasa no texto se vc quiser falar do discogs.com ou do ccmixter.org!
Oi Guilherme: entendido, entendido! CrÃticas construtivas são sempre bem-vindas, espero que o pessoal lá do Jornal Musical leia. Acho que você deve considerar mesmo a sugestão, pq pelo visto gosta e entende do assunto. E Bruno, mande brasa no seu! Obrigada a todos.
Helena Aragão · Rio de Janeiro, RJ 18/9/2006 10:42
Parabéns pelo texto, Helena!
Fico muito feliz em saber que o memória discográfica brasileira está começando a receber a devida atenção.
Reforço a recomendação de Helena para visitarmos o site DISCOS DO BRASIL, organizado pela jornalista e musicóloga paulista Maria Luiza Kfouri. É um trabalho sério, minucioso e que merece ser divulgado.
Alguém pode me dizer se o Jornal Musical fechou? Há tempos que é impossÃvel acessar e não li ainda nenhuma informação a respeito.
Se fechou, é pena...
Oi Alan, infelizmente fechou sim. Pelo que eu saiba o arquivo também não está disponÃvel na internet. Compartilho o lamento com você. Tomara que eles consigam voltar. Abraço
Helena Aragão · Rio de Janeiro, RJ 25/10/2007 12:46
Lamentável, Helena. Estava torcendo que fosse apenas uma mudança de endereço.
Era um bom projeto, que precisava apenas de umas limadas aqui e ali. Merecia continuar e se desenvolver. Quem sabe ele não volta, renovado? Aconteceu com o Itaú Cultural que tinha uma bela base de dados sobre música, mas por falta de sei-lá-o-quê acabaram fechando. Mas a Maria Luiza Kfouri, que cuidava do arquivo, conseguiu viabilizar a volta, criando o site Discos do Brasil, que é uma perfeita maravilha. Esperemos que aconteça o mesmo.
Valeu!
Abs
Pois é, Alan. Olha, agora você me deu uma informação nova: conheço o site Discos do Brasil e também acho uma beleza, mas não sabia que era fruto do Itaú Cultural. Qualquer site de cultura que acabe merece nosso pesar. Mas no caso desses de banco de dados é ainda mais triste, pois representa a interrupção do levantamento. Abraço
Helena Aragão · Rio de Janeiro, RJ 25/10/2007 15:09
O CliqueMusic também andou balançando, anos atrás, mas conseguiram salvá-lo felizmente. Se não houver uma instituição poderosa por trás, tipo um banco ou grande empresa, fica difÃcil ter continuidade. Veja o caso do Instituto Moreira Salles, que só consegue manter aquele gigantesco arquivo sonoro online porque tem o apoio do Unibanco. É um exemplo a imitar por parte do empresariado.
Abs
Opa, tô chegando aqui com mais de ano de atraso! Mas como informação boa não prescreve queria acrescentar duas bases de dados discográficas que considero imprtantes: a da Fundação Joaquim Nabuco, que contém "informações sobre o acervo musical brasileiro, em discos de 78 rpm, gravados no Brasil no perÃodo de 1902 a 1964" e a do Instituto Moreira Salles, onde se pode ouvir milhares de fonogramas do mesmo perÃodo. Sobre essa última, acabo de postar um texto que está na fila de edição do Overmundo.
[]s,
LC
Legal, Luciano. Este texto foi motivado por um site que não existe mais, mas acabou virando outra coisa depois que houve esses vários comentários com dicas legais de links. Inclusive os seus. Abraço!
Helena Aragão · Rio de Janeiro, RJ 15/11/2008 14:04
Helena e Luciano. Recebi um alerta e vim ler o comentário de vocês. Esse post teima em não morrer, não é mesmo? hahaha
Aproveito para atualizar o tema, dando uma ótima notÃcia. Há poucos dias entrou no ar o site do Acervo HermÃnio Bello de Carvalho. Lá tem documentos, artigos, manuscritos, letras de música e arquivos áudio, incluindo muita coisa inédita. Vale a pena uma visita. Aqui:
http://www.acervohbc.com.br/
Abraço!
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