Em 1990 passei o carnaval em Salvador. O grande acontecimento da folia foi o surpreendente desfile do Ara Ketu, que apareceu radicalmente eletrificado nas ruas da cidade. Na época eu escrevi: "Para mim foi a lição do ano. A união de candomblé com os sintetizadores desfilando pela Avenida 7 de Setembro: este é o paÃs no qual eu quero morar." Gostava de imaginar que o Brasil todo pudesse ser como aquele desfile, juntando - de maneira corajosamente independente - tradição e alta tecnologia.
Este fim de semana agora tive a mesma sensação ao andar por Natal, no Rio Grande do Norte, onde participei de três eventos muito especiais. Em todos os lugares, eu esbarro em paÃses nos quais eu também quero morar. Todos podem ser chamados de Brasil mesmo. São diferentes do paÃs do qual costumamos - muitas vezes horrorizados - receber notÃcias nos jornais (que não precisam inventar nada: o repertório de coisas horrorosas acontecendo por aqui é farto e vastÃssimo). Mas não são territórios imaginários. São bem reais, acessÃveis para quem ali quiser se aventurar. Vou aqui tentar descrevê-los. Peço desculpas de imediato pelas imprecisões geográficas: como são paÃses muito novos, tudo (mesmo medidas de latitude e longitude) ainda está em processo de definição.
O primeiro Brasil tinha uma cara estranha, de pesquisa cientÃfica de ponta, daquele tipo que não costumamos associar ao resto do paÃs. Há muitos anos, quando encontrei pela primeira vez o Miguel Nicolelis, ele me falou sobre sua idéia de criar um instituto de neurociências no Rio Grande do Norte. Achei aquilo totalmente impossÃvel - mas como sou fã de coisas impossÃveis, dei corda na conversa e permanecemos em contato. Queria encontrar uma maneira de colaborar, mesmo não sendo neurocientista. Sabia da qualidade do trabalho do Miguel - mas reconhecia também que se não tivesse visto os vÃdeos (e artigos publicados nas mais importantes revistas cientÃficas do mundo) que provavam que suas experiências tinham realmente acontecido, eu pensaria que tudo aquilo era uma fantasia com alto grau de maluquice.
Não sei se vocês sabem do que estou falando. Mesmo com abundantes matérias publicadas em jornais e revistas brasileiros, percebo que muita gente ainda não ouviu falar nesta incrÃvel experiência, feita na Universidade de Duke. Miguel treinou uma macaca, carinhosamente chamada de Aurora, para jogar vÃdeo-game. Era um game bem facinho, onde Aurora controlava um joystick como um mouse, para passar o cursor sobre umas bolonas que apareciam aleatoriamente no monitor situado bem na frente do seu rosto. Cada vez que acertava, ganhava suco de laranja, a coisa que mais gosta no mundo. Se fosse só isso (quem já viu macaca jogando vÃdeo-game?) já pareceria ficção cientÃfica, mas tinha mais, muito mais. No cérebro da macaca vários sensores implantados transmitiam informações sobre a atividade elétrica neuronal para um computador, que por sua vez comandava um braço mecânico. O processamento das informações foi ficando mais preciso, e o braço mecânico imitava cada vez com maior perfeição os movimentos feitos pelo braço de Aurora.
Quando Aurora está craque no game, o joystick é desligado. A macaca percebe que alguma coisa está esquisita, que não é bem o seu braço que está comandando a trajetória do cursor na tela do computador. Depois de investigar por algum tempo a nova situação, ela deixa de mexer o braço, e vê que pode fazer tudo apenas com seu pensamento. É para se espantar mesmo: não tenho dúvida: esse momento vai ficar na história da ciência, como um acontecimento decisivo, pleno de grandes conseqüências que ainda nem intuimos quais serão. Miguel imagina o dia em que seres humanos, que perderam pelos motivos mais diversos a capacidade de movimentar alguns membros de seus corpos, vão poder controlar próteses mecânicas que os farão andar (etc. etc.) com comandos transmitidos diretamente do cérebro (será realmente o "poder do pensamento").
Miguel quer que o primeiro ser humano a fazer isso seja um(a) brasileiro(a), possivelmente um potiguar. Para iniciar o processo, construiu um Instituto de Neurociências em Natal, que na quinta-feira da semana passada inaugurou suas primeiras unidades, já com equipamento comparável ao de importantes laboratório estrangeiros. Por que Rio Grande do Norte? Essa é a parte que mais gosto na história, até porque tem bastante a ver com os objetivos do Overmundo.
O Overmundo foi inaugurado, quase um ano atrás, para combater a centralização excessiva da produção de conhecimento sobre cultura no Brasil. A produção cientÃfica no paÃs não é menos centralizada. Seria bem mais fácil construir um instituto de neurociências no Rio e em São Paulo. Mas quem disse que o melhor na vida é o mais fácil? Ainda bem que existem pessoas que não se deixam amedrontar por dificuldades. E ainda bem que hoje existe a internet, que torna possÃvel que o trabalho que se faz em Natal, ou em qualquer lugar do planeta, possa estar conectado com laboratórios de todos os lugares do mundo (e o Instituto de Natal já nasce parte de uma rede internacional de laboratórios de neurociência, com integrantes em Duke, Lausanne, São Paulo, Jerusalém, Japão e Ãfrica do Sul etc.) Espantoso também: o dinheiro para bancar a etapa inicial das pesquisas foi doado pela famÃlia que é dona do Banco Safra, mostrando uma aliança entre a vanguarda de ciência e o mundo financeiro que me parece, nessas proporções, sem similar no Brasil.
Ainda não disse tudo: a escolha da localização não é inocente, ou fruto do acaso: o Instituto tem base em Natal, mas também em MacaÃba, um dos municÃpios mais pobres do Brasil, e não é para flutuar sobre esses lugares como se fosse um disco-voador de primeiro mundo. O plano é bem explÃcito: a produção cientÃfica tem que estar conectada à realidade social dos seus arredores: ela só fará pleno sentido não quando ganhar um Prêmio Nobel ou distinção semelhante, mas também quando conseguir impulsionar a qualidade de vida da população do local onde os laboratórios estão instalados.
Entre os edifÃcios já inaugurados visitei o prédio da foto acima, já em pleno funcionamento, com experiências curiosÃssimas como aquela que coloca pessoas para jogar Doom (isso mesmo, o game best-seller que desafia seus jogadores com exercÃcios lógicos cada vez mais complexos) e depois para dormir, investigando se seus sonhos podem produzir insights que serão colocados em prática na próxima sessão do jogo. Mas também percorri outros laboratórios (de informática, biologia e fÃsica) que serão usados para a iniciação cientÃfica de alunos da rede pública de ensino, rede essa que - segundo pessoas da terra me disseram - possui uma das piores avaliações de qualidade em estudos feitos pelo MEC. Também visitei o centro de saúde de MacaÃba (conectado ao hospital SÃrio-Libanês, de São Paulo), que cuidará de mães e crianças, com atenção especial para problemas neurológicos. Nos campos dos arredores, vegetais produtores de novo biodiesel serão plantados, contribuindo para financiar o resto do projeto.
Para a inauguração vieram cientistas de vários cantos do mundo, todos visivelmente emocionados com o ineditismo do acontecimento. Houve um simpósio onde apresentavam resultados recentes de suas pesquisas (de robótica humanóide ao controle vocal de pássaros) para uma platéia de centenas de estudantes de todo o Brasil. Não tinha idéia que as neurociências brasileiras possuÃam uma comunidade tão jovem e vibrante (que inclui, entre os mais jovens de pensamento, Ivan Izquierdo, professor da PUC-RS, um dos mais importantes especialistas mundiais no processo de consolidação das memórias nos cérebros; ou Antônio Pereira, professor da UFPA, que estuda como o sistema neuronal detecta novidades).
No meio de debates para mim totalmente psicodélicos, dei escapadas para paÃses paralelos, que apesar de seu menor impacto na cena global não têm para mim menor interesse, e também revelam aspectos promissores do Brasil, ou da maneira como o Brasil pode se conectar com o mundo.
No noite de sábado deixei a roda de capoeira do Sidarta Ribeiro (isso mesmo, um dos diretores do Instituto de Neurociências de Natal é capoeirista, além de contista etc.), atravessei (não estava sonhando!) o desfile das escolas de samba campeãs do carnaval potiguar, e fui encontrar o Buca Dantas - o criador do cinema-processo e amigo de outros carnavais - na porta do Do Sol Rock Bar. Cheguei atrasado (também o show começava à s 17hs, o que é uma idéia genial, mas não para participantes de simpósios de fim de semana...): o Superoutro já tocava, e o Vanguart iria subir no palco logo em seguida. Foi um prazer reencontrar também o Anderson Foca e a Ana Morena, criadores do bar, do festival, da gravadora, da produtora de vÃdeo, mostrando que é possÃvel sim fazer coisas bacanas em todo o Brasil. O bar, por exemplo, já tem dois anos de atividade, sempre com bandas independentes e público ávido por novidades.
Já tinha ouvido falar muito bem do Vanguart, principalmente aqui no Overmundo. Estava preparado para gostar do show, mas não para gostar tanto. Comentei com o Ronaldo Bressane - que estava cobrindo o Simpósio de Neurociências para a Trip e foi comigo ao show - logo nas primeiras músicas: "eles estão prontos!" Estão mesmo: não teve uma música que não gostei. Como disse o Thiago Camelo, em comentário aqui no site: mesmo os covers (em Natal eles tocaram até Sgt. Pepper's, para aumentar a psicodelia do meu fim de semana nordestino...) não soam apelativos. Todo mundo toca bem. O Hélio Flandres, vocalista, tem uma voz e tanto. E as composições da banda têm qualidades melódicas evidentes, aliadas a um furor folk-roqueiro adolescente (os meninos têm 20 e poucos anos) absolutamente convincente.
Porém, mais bacana ainda era o público. Todo mundo sabia cantar todas as músicas. Os primeiros acordes eram identificados com urros de aprovação. Meninas pulavam do palco para a platéia. Aquela festa. Quem precisa de gravadoras, de rádio, de lançamentos de CDs, para ser feliz? Ainda bem que existe a internet. A garotada que nasceu na rede não deve ter idéia de como as coisas eram difÃceis antes... Hoje é possÃvel a existência desse Brasil indie, paralelo, sem depender do mainstream para "quase" nada. É óbvio que é diferente. Talvez não existam mais Legiões Urbanas daqui para frente. Grandes estádios. Discos de platina. Claro que aquilo tinha o seu charme. Mas era um charme para poucos. Agora existem muitas bandas em circulação constante Brasil afora. De ônibus... Palcos menores. Públicos menores, mas não menos ligados ou fiéis. Não dá para comparar as duas situações. Mas acho que agora é melhor para mais gente, mesmo gente contando os trocados do cachorro-quente-jantar.
SaÃmos do Do Sol para comer uma pizza na CalÃgula, ali mesmo na Ribeira (que não teve o mesmo sucesso do Recife antigo - mas também nunca vai ter o abandono de massa pelo qual o Recife antigo já passou). Hélio Flandres me falou de sua paixão pelos Birds, que vários componentes do Vanguart eram professores de inglês (Ronaldo Bressane comentou: "vários Renatos Russos!"), que estão de mudança para São Paulo. Como sempre, lamentei a mudança: assim as cenas locais não se fortificam, quem faz sucesso vai embora. Mas entendo as razões: ir de Cuiabá para Natal é bem mais penoso - ou menos prático - do que de São Paulo para Natal. Não sei até quando... Espero que não por muito tempo. Então aviso aos paulistanos: tratem bem dos garotos cuiabanos! Quem sabe eles não ficam mais famosos que o Cansei de Ser Sexy!
Minhas aventuras em Natal não acabaram com a pizza da CalÃgula. Na segunda-feira ainda conheci o terceiro paÃs da viagem. Fui fazer uma palestra para a garotada e professores do Conexão Felipe Camarão, periferia da cidade. Ainda bem que não era uma palestra normal (não agüento mais palestras normais...) - tudo era parte de uma "roda de prosa", que já começava com o microfone aberto para quem quisesse dar sua idéia. Estava invertida a estrutura convencional palco-platéia, onde há aquela falação inicial e pouco espaço para conversa depois (por isso também gostei das sessões de posters no Simpósio de Neurociências, quando havia efetiva troca de idéias, e os professores viravam também platéia dos estudantes). Tinha preparado uma fala, gravei até uns CDs para tocar músicas-exemplos da história do samba e do funk que eu ia contar, mas abandonei os planos e deixei a roda decidir os rumos dos acontecimentos. Bem melhor assim.
E bem melhor o que aconteceu depois. Fomos para frente da igrejinha local, onde brincou o Boi-de-Reis das crianças. É o boi herdeiro do grande mestre Manoel Marinheiro, agora comandado por sua mulher, dona Isa, que faz de tudo, da costura das fantasias ao ensaio da coreografia. Antes do boi entrar na roda ainda houve a apresentação de Chico Daniel, outro grande mestre local (Felipe Camarão tem fartura de mestres) e um dos maiores mestres do mamulengo que o Brasil já teve. Gostei de ouvir as narrativas picantes, cheias de duplo sentido. Essa é uma longa tradição nas artes populares brasileiras, que não começou com o funk carioca, e nenhuma classificação indicativa vai domesticar.
Depois da brincadeira ainda fui entrevistado pela equipe de TV do Ponto de Cultura da Conexão Felipe Camarão. Liliane, minha adolescente e adorável entrevistadora, começou nervosa, mas não titubeou em nenhuma pergunta. No final eu quis entrevistá-la. Ela me contou que quer fazer letras ou comunicação. (Que comece a escrever logo no Overmundo!) Tomara que ela consiga realizar todos os seus planos. Realmente as coisas mudaram. Antes, quem morava naquele bairro achava que a universidade era território terminantemente proibido.
Na volta para o hotel, Vera Santana - a fundadora do Conexão Felipe Camarão, que existe em grande parte pois ela quer que exista, e incansavelmente move mundos para garantir que continue existindo, contra todas as dificuldades - ainda fez questão que eu conhecesse a Limbo Quinquilharias, uma das mais simpáticas livrarias do Brasil, onde comprei alguns livros do selo Jovens Escribas, que lança autores locais. Como não ficar animado depois de um fim de semana desses? Só vi o lado bom das coisas? Estou sendo ingênuo? Tento ao máximo controlar meu otimismo. Mas deixo de lado a prudência e penso: são tantos bons sinais, tantos paÃses interessantes aparecendo... Quando todos eles se juntarem vai ser bem bacana... É preciso batalhar para que se juntem. Como aprendi com Miguel Nicolelis, com Anderson Foca, com Vera Santana: dá muito trabalho (até para parar de reclamar de tudo e partir para a ação), é preciso uma persistência absoluta, mas o resultado pode ser muito compensador...
Muito loco estes paÃses hein Hermano!!!
Este é o Brasil que funciona e acredito que é melhor deixar ele bem escondidinho ao dispor dos que realmente se interessam pela igualdade de oportunidades.
Grandes acontecimentos que a mÃdia não tem interesse em mostrar, pior faz-se maquiar uma orquestra como esta. Acredito que só quem garimpa o conhecimento que vai se contemplar com a beleza da cultura brasileira.
Valeu pelo texto.
...e viva o Brasil Profundo!
Ora, somos brasileiros! Precisamos ser um pouco mais patriotas e menos conformistas. Amar esse paÃs é fazer a nossa parte. Atitudes como a sua revelam esse sentimento.
Georges Kirsteller · São Paulo, SP 2/3/2007 16:25Aurora está jogando o sucessor do Nintendo Wii... IncrÃvel...
Saulo Frauches · Rio de Janeiro, RJ 2/3/2007 18:33acabo de receber uma notÃcia muito triste: Chico Daniel faleceu ontem... Uma única coisa pode nos alegrar nesta hora: ter certeza que as crianças da Conexão Felipe Camarão vão continuar seu trabalho!
Hermano Vianna · Rio de Janeiro, RJ 4/3/2007 12:32
muitos paÃses num só. é assim que percebo também. hermano du brasil.
também lamento a saÃda dos locais. infelizmente essas são as histórias mais comuns.
estava conversando com o pai do felipe lima (nadador de mato grosso que vai disputar o pan) que foi para o pinheiros (já esteve contratado pelo botafogo) - o hélio lima (pai) tentou muito mantê-lo vinculado de alguma maneira a mato grosso: não conseguiu apoio de nada nem de ninguém. lamentável. ficamos imaginando o papel multiplicador que ele poderia empreender por aqui através de escolinhas de natação, uma influência boa para tantos garotos e garotas que poderiam se espelhar em sua história de sucesso e presença no cotidiano da cidade. mas vamos desenvolver projetos...já que não temos o cara aqui, vamos trabalhar com sua imagem...
o centro é aqui e agora!
Hermano, obrigado.
É bom a gente ficar à par destas informações, e saber que tem muita coisa no rumo!
Valeu!
Obraços.
São esses brasis que todos queremos. Mas o nosso Brasil é múltiplo e antagônico.
Ilhandarilha · Vitória, ES 4/3/2007 21:14
Fecho com o Eduardo, e vou além:
O centro não é somente aqui e agora. O centro somos nós - ou, como diria Antônio Callado: nós somos apenas o centro de nós mesmos. O importante, Hermano, é que a gente possa começar sendo cada um o habitante do paÃs onde queremos viver. E o resto virá (desculpe o comentário meio divagatório - gripe forte, ainda estou meio febril)
que paÃs é este?
entro na fila para conseguir o VISA
"não espere nada do centro se a periferia estah morta" jah gritava o Mundo Livre .
Apenas para esclarecer uma dúvida, se overmundo possui colaboradores em cada estado do paÃs porque não privilegiar esses colaboradores em relação ao estado ?
Não sei se entendi bem sua pergunta, Duda. O Overmundo está aberto para colaboradores de todos os estados, inclusive há vários em Natal que participam bastante do site. Agora, nada impede que alguém escreva sobre uma experiência interessante que teve em outro estado... Ou sobre a cultura do Brasil em outros paÃses... Por que não? Abraço!
Helena Aragão · Rio de Janeiro, RJ 5/3/2007 12:49Acho que é importante ter em mente uma coisa, Duda: procurar sempre escrever sobre o que se sabe e/ou o que se vivenciou/experimentou. Sou carioca, moro em SP e tenho parentes em Minas e em alguns estados do Nordeste. Se eu for visitá-los, acaso não poderei falar sobre experiências que tive nas cidades deles e que me comoveram? Isso não impede que os moradores da própria cidade dêem suas visões sobre tudo o que lhes aprouver que role nessas cidades e que tenha a ver com a proposta do Overmundo. Como belamente disse Helena, por quê não? Abraço forte!
Fábio Fernandes · São Paulo, SP 5/3/2007 13:41estão todos convidados a conhecem e colaborarem com nosso paÃs aqui/aÃ...como os bonecos do Chico Daniel, que sairam da mala e seguem pela estrada do Brasil e do mundo.
bucadantas · Natal, RN 5/3/2007 14:54Não estou falando de impedimento (obvio que não hah nem deve haver) e sim de privilegiar , de empowerment e de dar mais voz a própria voz.Se existe esta articulação por que não ? Ter essa articulação me parece um privilégio do overmundo. Um abraço !
dudavalle · Rio de Janeiro, RJ 5/3/2007 15:00
Ah, desculpe, entendi o que você quis dizer.
Mas isso já acontece no Overmundo.
minha casa é meu chapéu...só pra divertir um pouquinho, rs.
eduardo ferreira · Cuiabá, MT 5/3/2007 16:06Hermano, péssima notÃcia: Chico Daniel morreu dia 3 de março, um ataque cardÃaco fulminante derrubou um dos mestres do teatro de bonecos brasileiro.
Yuno Silva · Natal, RN 5/3/2007 20:57acompanho o trabalho do nicolelis há certo tempo pela imprensa. a iniciativa do IINN é radical! revolucionária! acho que complementa com a entrevista do carlos nobre (inpe) com a miriam leitão na qual ele fala sobre a necessidade de CRIARMOS uma economia da floresta. algo sem padrão, sem modelo, algo REALEMNTE inventado. entretanto faço aqui um grande MAS: a foto revela pouco mas é um pouco triste ver uma arquitetura tão pouco original e criativa abrigando tão bela iniciativa. forma é / e /ou conteúdo ! / ? / .
washington fajardo · Rio de Janeiro, RJ 5/3/2007 20:58oi Washington: o prédio foi construÃdo para ser uma clÃnica... só foi adaptado por dentro para abrigar os laboratórios... os prédios que estão sendo construÃdos especialmente para o Instituto são são muito mais bacanas em termos de projeto arquitetônico
Hermano Vianna · Rio de Janeiro, RJ 5/3/2007 22:31oi hermano! obrigado pelo esclarecimento!
washington fajardo · Rio de Janeiro, RJ 5/3/2007 22:38
Sei que ele já foi incansávelmente citado em outros tempos .. mas o velho Chico Ciência já dizia, na metadde da década 90, uma frase em parceria com Zero 4 que muito cabe aqui- "Não espere nada do centro se a periferia está morta.."...
Realmente centro é sempre uma questão de ótica nesse paÃs cheio de paÃses... salve estas histórias e que se multipliquem cada vez mais... Ratifico o já foi dito acima mais ações e menos conformismo.. transformaçõs sempre.
Valeu pelas informações El Hermano.. e parabéns pelo texto.
Matéria fantástica (e fantasticamente rica), Mano Hermano. Melhor ainda, são olhares sobre paÃses fantásticos e ainda assim profundamente reais que existem dentro do nosso Hy-Brasil de encantos e horrores.
Fiquei muito impressionado, até encantado, com todos estes relatos. Desejo muita sorte e muita luz para todos estes que estão fazendo e levando em frente estes paÃses fantásticos dentro deste lugar que é muitos, deste tal Brasil...
Desejo também que a lenda e o nome de Chico Daniel, mestre dos bonecos da fala de duplo sentido, seja sempre repetida pelos quatro cantos de todas as terras. Viva o mestre!
Para concluir. Cabe a cada um de nós fazer coisas encantadoras como estas acontecerem onde quer que estejamos. Abrir mão do vÃcio de reclamar e do conforto egoÃsta do pessimismo é fundamental. Se queremos criar mundos melhores, a existência deles (como também dos mundos ainda piores do que este) depende e sempre dependeu de nós.
Como já disse certa vez (e, pena, não achei o link para o texto): "Somos todos heróis culturais esperando para acontecer. Somos todos senhores de nossos mundos e de nossos futuros. Basta que tomemos consciência disso, e deixemos de lado o desencanto. A verdadeira magia está em fazer acontecer. Duvidar dela, é destruir uma chance de mudar seu mundo. Acreditar, fazer acontecer, é tudo que faz a diferença. Vocês estão prontos para ser seus próprios heróis?".
Ehhh... era mais ou menos isso...
Abraços do Verde, e mais uma vez meus parabéns pelo seu final de semana, pelo texto, e por tudo mais.
Lindo texto Hermano.
É a força do Brasil da invenção.
E agradeço pelas dicas.
Quarta q vem sigo p Natal p comemorar 90 anos da vó Raimunda.
Vou aproveitar e tomar uma gelada no Do Sol Rock Bar em homenagem ao Chico.
abs
PS:
E pena q vc não topou participar do debate no Música Chappa Quente. Estamos trabalhando para NAO fazermos palestras normais.
sim, hermano... um belo texto que nos leva a crer que o brasil não cabe tão somento nas estatÃsticas de desenvolvimento, nos números do PIB e Ãndices disso ou daquilo. algo está acontecendo para além da ficção de certo pessimismo que nos cerca e acomete.
foi bom também poder ler tanta coisa rica sobre o rio grande do norte. embora tenho crescido no recife, cidade que me marcou para sempre, nasci em natal... e à s vezes é como se tivesse sido em outra vida. mas aqui está o rio grande do norte, natal, vÃvidos no teu texto, com novas e belas proposições.
fico feliz.
caramba!
tô com a macaca!
chapei com o txt, com a cena, com todos esses lugares!
manero!
abs
Manos e Manas, link para texto sobre Chico Daniel na sala de edição: www.overmundo.com.br/overblog/chico-daniel-saudades-do-mestre-mamulengueiro
Yuno Silva · Natal, RN 7/3/2007 10:53
foda o texto...
conheço esse paÃs, é muito bom de visitar, deve ser maravilhoso de morar...
estou há dias para colocar esta informação aqui: uma boa coincidência: o Overmundo e o Miguel Nicolelis fazem aniversário no mesmo dia: 7 de março...
Hermano Vianna · Rio de Janeiro, RJ 23/3/2007 10:27Super interessante o texto. Ele mostra o que todos nós já sabemos, não é: que o Brasil possui muitos mundos e realidades e tradições dentro de si. Acho que se nós conseguirmos adequar toda essa cultura ao mundo moderno, preservando-as com carinho e também vivendo-as, o Brasil prosperará.
Maringá · Rio de Janeiro, RJ 25/4/2007 11:39adorei o inÃcio do texto.... os dados, os resultados... ufa, pesquisa é tudo de bom. Mas e esse meio para o final? fiquei meio zonza... faltou um clÃmax, um porquê para seu texto... no mais, parabéns.
Bruna Célia · Goiânia, GO 2/5/2007 20:37
Foi como se eu estivesse lá.
Parabéns pelo texto e por nos apresentá-lo.
Foi uma ótima viagem.
Viva o Brasil.
Olha ai que boa surpresa, um texto sobre coisas que nos reconhecemos. Fiz parte por um tempo da Equipe da Associação Compnhia Terramar, direta participante e idealizadora da obtenção do titulo de patrimonio imaterial dado ao Boi de Reis do Mestre Manoel Marinheiro. Foi um tempo bom de desafios, propostas de editais pululando e nos nos prazos já no fim, criatividade e detalhes a flor da pele. Mas é isso, são outros tempos. Ao meu amigo e compadre Buca Dantas, um abraço. Vera, igualmente, olha as estrelinhas! Valeu Hermano, obrigado pelas boas lembranças de Felipe Camarão, o bairro e suas grandes alegrias culturais. Hoje, aqui de Macapá, vejo uma outra parte do mundo, aprecio e me deixo tomar pelo Marabaixo, as florestas e tudo o mais. Abraço amigos, Valeu Hermano. Ah, antes que me esqueça. Foi uma triste perda, Chico Daniel, mas é da vida. : )
LUC ARAÚJO · Macapá, AP 4/6/2007 17:30
E Sarava pra Clementina... e todos lundus da gente!
*mas, com perdao palavra, gostaria de ter um esclarecimento sobre este ponto que li no texto:
O Overmundo foi inaugurado, quase um ano atrás,
Em que data exatamente, ou mes, so pra ter uma ideia do 'peso' que ta levando este movimento.
Abraco civico.
JC
oi Mestre - o Overmundo foi "inaugurado" dia 07/03/2006
Hermano Vianna · Rio de Janeiro, RJ 20/6/2007 22:24
sei que o texto tem um ano, mas me emocionei de verdade. Acredito tanto nessa diversidade maravilhosa, já escrevi, modestamente, sobre o Instituto de neurociência e nunca, nunca na vida vou deixar de me acreditar que uma ação como essas muda o mundo, já mudou!
beijos, parabéns, obrigada
valeu Andrea! seria bacana alguém de Natal escrever por aqui sobre as novidades do Instituto de Neurociências 1 ano depois!
Hermano Vianna · Rio de Janeiro, RJ 10/4/2008 08:11
Hermano,
muito bom texto mesmo! Animador!
Viva o Brasil, sempre!
Li um texto que Miguel Nicolelis escreveu sobre a proposta de transfomar o Brasil, é comovente.
Abraço.
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