Às quatro e trinta, quando as peças de carne do Mercado São Sebastião ainda estão sob a luz amarelo manga de algumas lâmpadas incandescentes, seu Antônio Honório e dona Antônia Queiroz estão apertados no box 226 de nove metros quadrados, divididos entre a pia, um fogão, um freezer e alguns engradados de refrigerante. São os primeiros a abrir nesse domingo. No fogão industrial de quatro bocas, panelas grandes de alumÃnio. Lá, mergulhado em muito caldo e temperos, um pedaço da culinária nordestina.
Quando o sol começa a subir, a noite e a farra vão se acabando. Alguns homens, um tanto bêbados, se não acabam a noite em alguma lanchonete com seus sanduÃches gigantes em pão árabe e maionese temperada, rumam pro Mercado São Sebastião. No cardápio do café da manhã, a preferência é pelo cozido das vÃceras e do mocotó do boi: a panelada. Pra cozinhar tudo, demora. Quase sempre dona Antônia deixa de um dia para o outro. Esse tempo também serve para aprumar mais o gosto.
Fora a panelada, o Restaurante Iguatu, do casal, serve ainda caldo de mocotó, porco guisado, carneiro, carne moÃda e sarrabulho, um cozido dos miúdos do porco: fÃgado, bofe, sangue, garganta e toicinho. “Abre o porco em banda e arrasta tudo que tem dentroâ€, descreve Antônia.
Tudo entre três e quatro reais, servido com arroz, feijão, macarrão, cuscuz, cheiro verde e uma pimentinha, se for do agrado. Os acompanhamentos vêm servidos à parte. Em outra tigela, vem a carne mergulhada no caldo. O caldo é despejado, sem cerimônia, sobre os acompanhamentos, misturando tudo, fazendo a argamassa.
Nesse simples PF, para o antropólogo Roberto Da Matta, está um forte traço da cultura brasileira: “Nós, brasileiros, sempre privilegiamos comidas nacionais e preferimos sempre os alimentos cozidos. Do cozido à peixada e à feijoada. Da farofa ao pirão e aos molhos, guisados e mexidos, à s dobradinhas e papas. Parece que temos especial predileção pelo alimento que fica entre o lÃquido e sólido, evitando o assado, alimento que não permite a misturaâ€, escreveu no “O que faz o brasil, Brasil?â€.
E a Cabeça de Carneiro, Da Matta? O prato custa R$ 3,00 no Restaurante São Francisco, da Dona Neusa, há trinta e cinco anos no serviço de cozinha no Mercado, desde o mercado velho, demolido há nove anos e deslocado para esse prédio atual. Na cabeça do carneiro, o principal são os miolos. A cabeça não pode quebrar, se não vaza. Tira-se o couro, os ouvidos e os olhos. Bota pra cozinhar. Então, pronto, pode ser servido. O que diria nosso antropólogo do cozido da Cabeça de Caneiro? Dona Neusa tem uma teoria: “Aqui ninguém quer perder nada, né? Aqui todo mundo quer aproveitar tudo. Nordestino come é tudo. Eu passei um mês em São Paulo, ninguém comia nada dessas coisas não. É bifezim, não tinha nada disso. Não gostei de São Paulo não. Vou ficar aqui mesmo que a gente já tá acostumadoâ€.
Café da manhã ou Pequeno Almoço
Não completou ainda a quinta hora do domingo, Junior chega ao Mercado São Sebastião para o café da manhã. Cafezinho, suco de laranja, torradas e geléia de morango. “Suco de laranja?!â€
- Bota uma panelada pra mim hoje. Que eu tou feliz porque eu voltei pra mulher!
- Foi você que voltou pra ela, ou foi a mulher que te aceitou de novo? – fresca seu Antônio com o freguês já conhecido.
- As duas coisas, eu acho.
Junior não tomou o Engov. Não tem problema. Pra que coisa mais apropriada para um fim de farra, do que chegar no Restaurante Iguatu, comer uma panelada com arroz, cuscuz e pimenta. “Com essa aqui você acorda zerado. Não tem um pingo de álcool no meu corpo quando eu acordo. Vou dormir feito uma jaca pôdeâ€.
- E vocês tão fazendo essa pesquisa pra que mesmo?
- Na verdade é uma matéria prum site chamado Overmundo.
- Pense numa matéria esculhambada. Comé que pode? Cinco horas da manhã entrevistando um bêbo. É muita boa vontade. Só não me identifica muito pra não comprometer com a mulher.
Nos tempos em que está solteiro, toma o pequeno almoço - termo português mais apropriado – de quarta a sábado, sempre depois do pagode ou do forró. Quando volta pra mulher, só de sábado pra domingo – como hoje. E Junior vai embora. Terá que acordar mais cedo nesse domingo, às 9h, para ir com a esposa à praia.
Zé Branquinho, o mais antigo dos cozinheiros
Lá mais embaixo no mercado tem o box do Zé Branquinho. O cozinheiro mais antigo daquele mercado. “Se eu for contar todo o tempo que tou aqui dá uns 40 anos, eu acho. Cheguei em 65. Antigamente era muito mais melhor. Num tinha Ceasa, nem muitos restaurantes... mercantis... Aà só tinha o mercado, né?. Aà a negada abriu os olhos e tá chei de restaurante aqui por pertoâ€, ele explica, com a fala de quem pede o complemento do entrevistador.
O seu ponto vende a mesma coisa que os outros: frango, cozido, panelada, sopa. Sopa? É. Zé Branquinho. O rei da sopa. Conhece, não? Tem de carne moÃda, ossada (carne com osso) e canja. E se você perguntar o que tem a sopa de especial, ele responde com a pausa de sempre. Macarrão, arroz... Não, Zé Branquinho! Qual é o segredo para você ser o rei da sopa?
Diz nada, que ele não é nem otário. Os temperos de Seu Zé Branquinho são segredos de estado. A mulher cochicha no ouvido do home:
- Conta Zezinho, o moço não vai querer montar um restaurante não.
Mas Zezinho faz de conta que nem escuta e prossegue nas suas teorias.
- Não! Aqui é o seguinte. Em todos os boxes tem panelada, tem as mesmas coisas, mas cada uma tem seu segredo e um gosto diferente, tá entendendo?.
Cada mão, cada sabor.
O sucesso de Zé Branquinho, hoje com 61 anos, é hereditário. Ganhou aquele negócio do pai, que o ensinou a cozinhar, como ainda hoje faz. Pra ajudar no serviço, que não é pouco, Dona Aparecida, sua esposa, dá uma força. Já são mais de 25 anos que eles tão juntos, ou melhor, casados, porque juntos eles já estão faz muito mais tempo. E diz aà que eles se casaram por causa do bendito do box no Mercado São Sebastião.
Na verdade, há controvérsias nas versões de cada um. Para não causar briga no casal e o repórter arrotar imparcialidade, eis que vão as duas. Dona Aparecida é direta. Tanto Aparecida quanto Zezinho foram criados pelo mesmo pai adotivo. Quando o véi tava pra morrer disse que só dava pro Zezinho o box se ele se casasse com a Aparecida. “Ora, porque o caba era namorador demais. Era preciso uma mulher pra botar ordem. Aà ele se casou comigo, esse caba safadoâ€, conta morrendo de se abrir da história.
Zezinho responde com o mesmo sorriso honesto. Não foi bem assim não! “Na verdade, o pai, quando tava perto de morrer, disse assim... Meu filho, cuide dessa bichinha, ela não pode ficar só. Ela precisa de alguém pra tomar de conta dela. Aà eu fiquei cuidando dela, né?â€. E cuide bem, mesmo, Seu Zé Branquinho! Dizem por aÃ, que, quando um casal briga e vai pra cozinha, a comida desonera.
Pedro, eu adoro as tuas matérias! Parece que eu to vendo um cearense falar. Tô "morrendo de me abrir"aqui,hahahahhaa
Adoooro panelada!!
Pedro,
não sou fã do cardápio, não. Mas o texto está excelente!
Também não aprecio nem o cardápio, nem o ambiente... E concordo que o texto esteja bom... detalhado, agradável, fácil de ler, ...
apple · Juiz de Fora, MG 3/11/2006 18:33Acho que preferia não ir, mas valeu a "curiosidade"... Lembrou-me de bares no mercado de BH... Argh!
apple · Juiz de Fora, MG 3/11/2006 18:38
heheheh. Eu imaginei que a galera não ia apreciar muito mesmo. Talvez eu devia ter tentando deixar mais deliciosas as comidas. Eu fui disposto a comer a cabeça de carneiro e ver qual é, pra não fazer um retrato tão macrabro, mas no dia não tinha... Fiquei com meu favorito "porco guisado". São poucas as coisas melhores pra mim do que terminar a noite tomando um café da manhã desses. heehehehe
Fazendo um registro, que não foi feito no corpo do texto por questão estilÃstica: a apuração e a finalização do texto foram feitas com meu parceiro Tiago Coutinho.
Votei no texto porque está atraente, informativo, ... apesar das considerações que fiz.
apple · Juiz de Fora, MG 3/11/2006 23:07O texto ficou lindo lindo. Deu pra lembrar da época em que eu trabalhava proximo ao mercado (aqui em Aracaju), e vez ou outra almoçava por lá. O cardápio era mais light, porém o cheirinho de buchada pairava por toda a área dos bares/restaurantes/lanchonetes...
Gabriela Amorim · Aracaju, SE 3/11/2006 23:55Dizem alguns sites que Alckmin comeu buchada de bode em sua campanha 'a presidência... Hahaha...
apple · Juiz de Fora, MG 4/11/2006 01:27
Rapas admito que o negócio não muito bonito, mas vocês tomem coragem e provem por que uma cabecinha de carneiro sendo bem feita é bicho bom. Eu tiro pela que a minha mãe faz.
Pedro o texto esta muito legal, parabéns.
A matéria está muito boa. O Pedro consegue levar o leitor para dentro do mercado. Mas, com sinceridade, queira Deus que eu nunca precise comer estas iguarias. Prefiro o meu arroz com pequi, com ou sem espinho.
Paulo José · Alto ParaÃso de Goiás, GO 4/11/2006 10:01saboroso, pedrinho, como todos os seus textos que li.
agnes mariano · Salvador, BA 4/11/2006 13:08Maravilhosa Pedro! Me lembra os tempos de Estadão em SP...Um quebra-torto desses enreta o sujeito. eheheh
Claudiocareca · Cuiabá, MT 4/11/2006 13:17
Oi Pedro, o seu texto está uma maravilha. Nessas paneladas está muito da nossa identidade e também da nossa história, gostando ou não delas.
O que você escreveu lembra um texto do Antônio Tabucchi sobre o mesmo assunto, do livro chamado Requiem, que se passa em portugal e é escrito em português.
Vou reproduzir abaixo para você ver, porque ele dá a receita do Sarrabulho. É bom para comparar para ver como é feito em portugual e por aqui:
"Vossemecê vai-me desculpar, disse a Mulher do Senhor Casimiro, o sarrabulho verdadeiro da minha terra faz-se com papas de milho, mas eu hoje não tinha farinha de milho de maneira que pus batata, de qualquer modo modo vou dizer-lhe os ingredientes para um sarrabulho de verdade, eu nunca meço nada, faço sempre a olho, enfim, olhe, é preciso lombo de porco, gordura, a banha, o fÃgado de porco, a tripa, uma tigela de sangue cozido, uma cabeça de alho, um copo de vinho branco, uma cebola, azeite, sal, pimenta e cominhos.
...
Ora, bem disse a Mulher do Senhor Casimiro, se vosssemecê quer fazer um bom sarrabulho tem de preparar a carne de véspera, corta o lombo em bocados regulares e tempera-o com alhos picados, vinho, sal, pimenta e cominhos, no dia seguinte vai encontrar uma carninha muito bem cheirosa, vossemecê pega num tacho de barro e corta lá dentro a gordura dos folhos, que é como se chama a gordura que liga as tripas, e deixa-a derreter em lume brando, põe a alourar os rojões na banha em lume forte e depois deixa cozer devagarinho. Quando a carne estiver quase cozida, rega-se com a marinada da véspera e deixa-se evaporar. Entretanto vossemecê corta a tripa e o fÃgado e frita-os na banha até ficar tudo bem alourado. À parte refoga a cebola picada com o azeite e junta-lhe a tigela de sangue cozido. Depois junta tudo no tacho e o sarrabulho está prontinho, tempera com mais cominhos se lhe apetecer e acompanha com batatinhas, com papas ou com arroz, eu cá por mim prefiro as papas, como já lhe disse, porque é assim que se faz na minha terra, mas não é obrigatório."
Pedro, nos conhecemos na palestra que o Ricardo Sabóia deu na Unifor sobre o site. O Tiago me apresentou você. Parabéns pelo texto. Tá ótimo. Eu e uma amiga adoramos as descrições, a maneira como foi escrito e a reprodução das falas dos entrevistados.
Anne Almeida · Fortaleza, CE 4/11/2006 17:14Otimo texto.. e seria interessante e divertido provar desse cardápio no restaurante São Francisco.
Ane (a) Caroline · São Paulo, SP 4/11/2006 17:59
Ronaldo esse descrição do sarrabulho ficou muito apetitosa hein. Acho que no grosso é muito parecida com a receita daqui, mas não leva vinho e o cominho ("cumin") depende do gosto do cozinheiro. A própria dona Neusa falou isso quando a entrevistei. Também não sei se tem fritura no nossa.Fico devendo mais detalhes das receitas e descrições mais apetitosas. Apesar de achar que pra você gostar desse cardápio você tem que ter o mÃnimno de intimidade com a cultura ou pelo menos está aberto ao "estranho".O Tiago Coutinho, por exemplo, lendo o comentário do Paulo José disse: "Arroz com pequi? Eca".
Valeu Anne.
muito bom! os textos e as nossas iguarias do nordeste... ô comida boa que só!
Lu*Si*Ha*Na · Maceió, AL 4/11/2006 22:05Ah! Vou ficar com o meu "tropeiro", com o meu pãozinho de queijo mesmo...
apple · Juiz de Fora, MG 4/11/2006 23:52De toda forma, vocês do Nordeste podem ficar 'a vontade aà com essas "iguarias"... Argh!Hahaha...
apple · Juiz de Fora, MG 4/11/2006 23:53
Lembro do personagem Zebedeus da novela Mandacaru. "Vivia" obrigando outros personagem a "apreciar' uma buchada de bode.
Zebedeus adorava o prato, mas outros personagem "suavam" para comer...Ficavam com medo de Zebedeus e acabavam comendo!
Fico feliz com a repercussão deste texto. E olhe que eu e o Pedro estavamos apreensÃveis. Em saber se os termos peculiares da região como "se abrir", "desonerar" e outros seria compreendidos. Acho que ficou um resultado legal. Com bem disse o Jr "pense numa matéria esculhambada". Ficou "porreta" mesmo. E parece que o tema do mercado está rendendo boas discussões em Fortaleza. Hoje, no jornal local, diário do nordeste, saiu uma reportagens sobre os mercados da cidade, quem quiser conferir segue o link: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=379699 Abraços.
Tiago Coutinho - Grupo TR.E.M.A. · Fortaleza, CE 5/11/2006 11:44
Esculhambada? Eu, hein? Melhor escrever sobre o assunto que a gente tem vontade de falar...
Na realidade, não entendi algumas expressões do texto, mas elas não fizeram falta para a compreensâo geral do texto.
Não sou a favor de buscar sensacionalismo, público fácil. Por outro lado, se quiseram buscar algo que pudesse ser evidenciado e que fosse a "cara" da cidade, tudo bem...
apple · Juiz de Fora, MG 5/11/2006 16:59retrato fidedigno daquele lugar viu meu querido.... Deu arrepios lendo a parte da cabeça do carneiro. Ainda bem que qdo vamos fico só no porquinho mesmo. heheh Ei galera, mas vc doreme igual a uma jaca meeeeeesssssmmmmmooooooo. depois da ultima garfada.... tenha bons sonhos
Raquel Gonçalves - Grupo TR.E.M.A. · Fortaleza, CE 5/11/2006 23:43
As melhores noites são as que terminam no mercado São Sebastião.
Já serve quase de termômetro, se ninguem morgar (mais uma pro vocabulario nordestino do overmundo) até as 3:30, 4:00 da manhã, o destino é certo: o porquim gizado do mercado.
Valer ressaltar a estratégia de marketing da coca-cola, que coloca os pratos do mercado em seu banner: buchada + coca-cola=R$3,80, sarrabulho+coca-cola=R$4,80... eles não perdem uma...
Mas bom mesmo é comer acompanhado de um refrigerante de Cajú São Geraldo (famosa "cajuina") e com a comida bem melada, que é pra misturar legal.
Abraços
Puxa vida Ramon, embora muito aberto a pratos e bebidas que eu não conheço, tenho que te confessar: eu simplesmente odeio cajuina. Pra mim, é quase impensável alguém gostar do "refrigerante" (?). Mas o cardápio do Restaurante São Francisco eu encararia.
Thiago Camelo · Rio de Janeiro, RJ 6/11/2006 11:00
huahuah, nao Thiago, a cajuina, original, realmente eu detesto, é muito ruim... (apesar de ter gente q adora)
Mas a q eu falo é refrigerante mesmo, refrigerante de cajú, que a gente, aqui no Ceará, chama popularmente de cajuina... é muito boa e rara, nao é em qualquer canto que você acha...
Abraços
Pra mim temperos, gordura e capricho fazem qualquer coisa ficar apetitosa! Eu cansei de virar noite e ir comer no mercadão, só que no interior de são paulo... caldo de mocotó é um que cura qualquer pileque! Com pimentinha...hummm... Do cardápio citado eu só não encarava a cabeça, eu acho, porque pondo na mesa eu até esperimentava!
Amei o texto!!! Ô vontade desse ambiente de feira, mercadão... não tem aqui em BrasÃlia.... até um pastel na feira à s cinco da manhã já me faria feliz!
Abraços!
Dando o ar da graça e já emendando que o texto tá ótimo, melhor que qualquer cabeça ou guisado ou caldo gorduroso! Comida melada, oleosa, longe de mim, cearense da gema... Vai entender.
Oi Criss, não entendi bem os teus dois últimos comentários, mas é bom ressaltar que que não se tem a pretensão de mostrar "a cara" de Fortaleza porque temos a consciência de que o espaço urbano é fundamentalmente polifônico, ao mesmo tempo que tem o mercado são sebastião, tem uma porrada de restaurantes chiques e caros, vendendo desde o sushi até as massas.
Não sei se entendi bem Criss, mas não acho que o texto busca sensacionalismo ou público fácil. Apenas trás um elemento que é estranho para muitas pessoas que não possuem esses traços culturais. Isso posto com um certo humor e intimidade é verdade.
"Cara" quis dizer com isso alguma peculiaridade...um ponto que diferencie Fortaleza de outras cidades.
Bom, para falar a verdade, preferia ir a um desses restaurantes chiques, caros, ... italianos, franceses, ... japoneses não são meu fraco, mas "passa"...
De toda forma, a matéria foi válida, no meu ponto de vista.
Eu não acredito que o texto quis resaltar Fortaleza em especial, pois no paÃs inteteiro ( ou pelo menos na sua maior parte)existem esses tipos de mercados que vendem esse tipo de comida..
Ane (a) Caroline · São Paulo, SP 6/11/2006 21:08..Acredito que ele quis resaltar as diferenças culturais (afinal muitos mesmo sem nunca ter provado) acabam repudiando o prato..
Ane (a) Caroline · São Paulo, SP 6/11/2006 21:12
É verdade! Gosto é cultural...
Se você cresce comendo X, será natural para você comer X. Agora se você cresce comendo Y, quando aparecem com X, você não deseja ou até repudia.
No mercado velho de BH come-se muito fÃgado acebolado com jiló. Eu gosto, mas nunca comi lá! Não gosto do ambiente...
Agora esse pratos de Fortaleza nunca ouvi falar que tenha por lá... Comidas que fazem muito por aqui são: dobradinha e feijoada. Todas nojentas... Argh!
No mercado velho de BH come-se muito fÃgado acebolado com jiló. Eu gosto, mas nunca comi lá! Não gosto do ambiente...
Agora esse pratos de Fortaleza nunca ouvi falar que tenha por lá... Comidas que fazem muito por aqui são: dobradinha e feijoada. Todas nojentas... Argh!
No mercado daqui, gosto das lojas mais sofisticadas que trabalham com produtos esotéricos, decorativos e alimentos.
apple · Juiz de Fora, MG 6/11/2006 21:26
Pedão, não tinha por lá a "radiadora"? (cabeça de porco inteira pronta para ser degustada). Uma boa pedida também no São Sebastião é o arrumadinho de carne moida com cuscus e suco de murici ao som de Odair José. Correu o risco de me encontrar no domindo em alguma banca esculhambada daquelas. Pena que não exista mais o Mané Bofão para uma matéria por lá. Valeu o texto.
Adauto Oliveira
Adauto,
Está melhorando o cardápio, hein? Só quero saber de que é essa carne moÃda... Ave-maria! Por aquelas bandas dá medo só de perguntar... : )
Menino, tô com a boca cheia d'água! E olha que nem tenho estômago pra comida muito forte.
parabéns! Me fez passear pelo mercado e sentir o cheiro das panelas!
Abraço!
Nooossa! A-do-rei!
Isso que é conseguir captar a atmosfera do lugar.
Dá muita vontede de ir e conhecer tudo, comer de tudo, conversar com essas pessoas bacanas.
Parabéns!
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