Por dentro da Bolha

Capa do LP ?Um Passo a Frente?, de 1973.
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Pedro Vianna · Belém, PA
24/6/2007 · 124 · 2
 

Remexendo nos velhos vinis, dei de cara com o LP ‘Um Passo a Frente’, de 1973, de uma das maiores lendas da história do rock brasileiro, a banda carioca A Bolha. Formada inicialmente por Cesar (solo), Renato (ritmo), Ricardão (baixo), logo substituído por Lincoln, e Ricardo (bateria). A banda passou por todas as fases do rock daquela época, da invasão britânica ao hard rock, passando pela psicodelia e pelo semi-progressivo. Em 1966, lançaram o raríssimo compacto com as faixas ‘Não Vou Cortar o Cabelo/Porque Sou Tão Feio’, versões para Los Shakers (Break it All) e The Rolling Stones (Get Out Of My Cloud), respectivamente.

A Bolha participou de shows, programas de TV, abriu para os Herman’s Hermits, no Rio de Janeiro, reinou (ao lado dos Analfabitles) no tradicional circuito de shows na periferia do Rio de Janeiro, chegando a acompanhar Gal Costa como banda base. Em 70, depois assistirem ao Festival da Ilha de Wight, resolveram mudar radicalmente a sonoridade da banda, resultando no clássico compacto com as faixas ‘Sem Nada/18:30 (Parte I)’ e ‘Os Hemadecons Cantavam em Coro Chôôôôôôô’, lançado em 1971. Nesse meio tempo, a banda ainda participou do histórico álbum ‘Vida e Obra de Johnny McCartney’, com o cantor da Jovem Guarda, Leno (ex-Leno & Lílian), produzido por Raul Seixas.

Em 72, ganhou o prêmio de melhor banda no Festival Internacional da Canção (FIC), o que permitiu que gravassem o primeiro LP, batizado de ‘Um Passo à Frente’, fazendo um rock básico, com algumas faixas bem progressivas, que veio sair em 73. Nesta época, a banda tinha Pedro Lima (guitarras, harmônicos, vocal), Renato Ladeira (órgão Hammond, Farfisa, Vox, guitarras, vocal), Lincoln Bittencourt (baixo, vocal) e Gustavo Schroeter (bateria, vocal). Em 1975, participam do lendário festival ‘Banana Progressiva’, realizado no Teatro da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, entre os dias 29 de maio e 1º de junho.

Em 77, após alguns altos e baixos e mudanças de formação, gravam seu segundo e último disco - ‘É Proibido Fumar’, em que seguem uma sonoridade mais ‘pesada’, abandonando definitivamente o progressivo. Mas as vendas não convenceram, decretando o fim da banda, que ainda tocou como banda de apoio de Erasmo Carlos, em uma turnê pelo Brasil. Renato também integrou o grupo gaúcho Bixo da Seda (ex-Liverpool), e depois o Herva Doce, já nos anos 80.

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Tânia Brito
 

Legal Pedro resgatar essa história. Eu mesma não conhecia A Bolha, ou só de "ouvi dizer"...
Abs

Tânia Brito · Campo Grande, MS 24/6/2007 13:29
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Helio Jenne
 

Excelente artigo, Pedro! A Bolha foi (é) uma banda viral!
Abração.

Helio Jenne · Rio de Janeiro, RJ 10/8/2008 15:46
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