Ouvindo alguns relatos de transeuntes percebe-se que sofrendo ou não situações crÃticas como assaltos ou seqüestros, a grande maioria tornou-se paranóica com sÃndromes das mais variadas, receosas de quaisquer pessoas que não fazem parte de seu ciclo de amigos, que por sinal torna-se a cada dia que passa extramente restrito, instaurou-se uma xenofobia coletiva.
Ao acessar as noticias deparamo-nos com aberrações que vão desde a morte de um garoto animalescamente arrastado por um carro, do qual não conseguira se desvencilhar no momento que fora assaltado à descoberta de milhões de reais escondidos em uma parede falsa, dinheiro utilizado para subornar a própria justiça, prevaricando uma instituição que outrora pensava-se está imune as tentações (R$).
Tomamos conhecimento de relatórios dando conta de que o nosso planeta do jeito que anda sendo explorado não durará mais do que alguns séculos. Nossas crianças já não têm uma infância ingênua, a erotização evidencia-se nas brincadeiras infantis, na precocidade do inÃcio da vida sexual, no alto Ãndice de meninas grávidas e na exploração sexual. A corrupção vulgarizou-se em todas as esferas sejam elas polÃticas, públicas ou privadas, a cultura do “se dar bem†apodrece os pilares éticos da nossa formação. Subverteram-se nossos valores, o “ter†tornou-se sinônimo de sucesso e admiração em detrimento do “serâ€, ser honesto, integro, ético, configuram-se em entraves a acessão econômica.
As mulheres que tanto lutaram para terem seus direitos reconhecidos, atualmente quando conseguem galgar postos de destaque no mundo empresarial ganham em média 30% menos que os homens na mesma hierarquia e o que dizer de modelos e atrizes que são consumidos pela mÃdia transformadas em meros objetos sexuais, exibindo-se em horário nobre apenas com tapa sexo ou não, tornando-se Ãdolos e exemplos de sucesso para nossa juventude.
No tocante a fome e a miséria basta citar que do total da riqueza produzida no mundo, 80% fica com 1 bilhão de pessoas que vivem nos paÃses ricos, enquanto 5 bilhões de pessoas, quase todas em paÃses pobres, dividem o restante, afirma o relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a desigualdade, publicado em agosto de 2006.
Notem que esses recortes exemplares não são exclusividades do nosso paÃs ou de uma região especÃfica, são fatos que ecoam mundo afora. A pretensa superioridade humana esbarra em nossos próprios infortúnios: ganância, imediatismo, egoÃsmo, ismos, ismos...
Qual será o nosso limite?
Beleza o teu espÃrito crÃtico e tua preocupação com os rumos desse nosso mundo. Acho entretanto que para adequar melhor o teu pensamento nesse artigo ao espÃrito do Overmundo deverias transformá-lo num poema, e postá-lo no Banco de Cultura. Ficaria mais adequado.
Um abraço.
Obrigado pela sua sugestão, também fiquei na dúvida se deveria postar no “overblogâ€, entretanto lendo os tópicos mais adequados aos sessões, a sessão "overblog" está descrito assim: "Publique artigos, entrevistas e crÃticas sobre cultura do Brasil", julguei que os fatos acima mencionados se encaixariam bem em "cultura do Brasil" apesar de extrapolar os limites territoriais.
Caro Francisco, é um prazer encontrar outro habitante do Acre escrevendo aqui no Owermundo. Fizeste uma descrição precisa da atual conjuntura nacional. Tenho também escrito a respeito, em diversos blogs e páginas, gostaria de passar para voce alguns ótimos endereços onde poderá expressar melhor suas idéias.
http://recantodasletras.uol.com.br/autores/acreucho
http://jsnacre.blog.terra.com.br./
http://radiovolante.blog.uol.com.br/index.html
http://sobralnews.vila.bol.com.br/sobralnews.htm
este último ainda está em fase de elaboração, embora esteja já no ar, não está completo, o que farei dentro de poucos dias.
gostaria que me mandasse um endereço ou e-mail pra gente se comunicar. Jorge
Desculpe-me pela demora na resposta, já visitei os endereços indicados por você, achei o conteúdo de seus textos excelentes, principalmente por estarem de consonância ao verdadeiro contexto sócio-polÃtico e cultural.
Meu e-mail é fralph@hotmail.com
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