O nordestino cantou aos seus também no ato da morte. Os Bem-Ditos cantados em louvor ao morrer é dos cânticos mais belos que existem. A recepção aos mortos se doÃda, indesejada, não encerrava tristeza. O crer na Vida Eterna não dava margem ao velar. Prestava-se, ao que partia, corpo presente em Sentinela, exatamente com o significado do verbo sentir.
Dos cânticos do sertão nordestino: o aboio; os Bem-Ditos; as ladainhas; as 'incelências", são sem dúvida - siameses. O aboio, o mais loquáz e geral dos cânticos humanos; os Bem-Ditos, dos mais sublimes; as ladainhas dos cantares mais chamativos; e os Bem-Ditos por excelência, (ou as incelências), a comunicação com melhor sentido de transcedência. (Tocante, e não triste).
A PRIMEIRA INCELÊNCIA
Uma incelência - minha Virgem da Vitória,
Despeça desta alma que ela hoje vai s'embora;
Ela hoje vai s'embora - vai com dor no coração:
Despeça de seu povo e diga adeus seus irimãos - (voz por dentro);
Despeça de seu povo e diga adeus seus irimãos - (voz por fora).
Em ordem crescente.....
Sete incelências minha Virgem da Vitória,
Despeça desta alma que ela hoje vai s'embora;
Ela hoje vai s'embora - vai com dor no coração:
Despeça de seu povo e diga adeus seus irimãos - (voz por dentro)
Despeça de seu povo e diga adeus seus irimãos - (voz por fora).
Este canto por excelência apresenta o falecido aos seus amigos, aos seus parentes, aos seus familiares. É a notÃcia, a confirmação, o atestado de óbito. O irreversÃvel. Cantada em ordem crescente (não pode ser interrompida, quebrada)(2). Até final do séc. XIX era de doze repetições cada incelência. No Sec. XX, desde fins do primeiro quartel, passou a ser de sete. Cantada a qualquer hora durante a sentinela. As sete repetições atuais eu próprio atribuo ao já decrescente numero de filhos, já visÃvel no inÃcio do Sec. XX.
Num primeiro instante ao redor do catre improvisado onde repousa o corpo na espera do caixão confeccionado ali mesmo ou nas imediações, para logo os presentes irem se acomodando no espaço e no tempo, conforme o grau de parentesco e também dos interesses, das idades. Principalmente das idades.
Na espera do tempo universal de 24 horas que dura a sentinela. As rezadeiras entoam o aviso, o chamamento. A incelência avisa a proximidade da partida, a saÃda do corpo:
A ANTEPENÚLTIMA HORA
Os carregador já chegou,
Esta alma já vai s'embora.
Uma incelência da virgem - Senhora dai boa hora! (voz por dentro)
Uma incelência da virgem - Senhora dai boa hora.. (voz por fora)
em ordem crescente
Os carregador já chegou,
esta alma já vai s'embora,
sete incelências da virgem - Senhora dai boa hora ! (voz por dentro)
sete incelências da virgem - Senhora dai boa hora...( voz por fora)
Lamentavelmente os dicionaristas do Brasil, todos, ignoraram o vocábulo SENTINELA, com o sentido que ela teve no sertão nordestino, ainda tem.
Dos intelectuais escritores Silvio Romero, Euclides da Cunha, Câmara Cascudo, Gilberto Freyre lhe fazem referência. Trazidos alguns dos versos de Portugal, (1), de pontos diversos a sentinela cultivada aqui, é enriquecida pela cultura indÃgena. Criou asas ao fundir com o hábito africano de cantar seus mortos. A melodia foi enriquecida ainda em Portugal, pelo Sec. XV, com as primeiras levas de escravo negros. Chega no Brasil já modelada. No nordeste pastoril, impulsionada pela ausência das senzalas e pela distância do Poder de Estado, cria asas. Aqui, sedimentada, ainda pela presença espiritual do Cristianismo misturado com as crenças quer do indÃgena quer do africano, ganha a plástica da mistura do sentimento: a perda do falecido, é motivo para encontros, as oportunidades para o namoro, ponto alto para a alcovitice, em tudo o entrelaçamento social. Assim é a sentinela - dor e alegria. Me arrisco a dizer, mais alegria que dor
Em toda a vida social do Brasil quatro atividades de mulheres fizeram a nossa matriz social/familiar:
a) A parteira, sempre esperada por confiança e amor;
b) a rezadeiras de terço - buscada com referencial quase de eleita;
c) as rezadeiras de sentinelas e
d) as condutoras de sentinela. Para estas duas últimas não havia convite, chamado. Estava claro , implÃcito: considerações e dever. Enquanto as rezadeiras cuidava da alma do morto. A condutora de sentinela geria a vida dos vivos e ultimavam a permanência do falecido. Como uma máxima: "Vamos gente, está na hora, só se tinha 24 horas. Acabaram, se não for enterrado fede". Dito, seca e placidamente.
O ADEUS, A DESCIDA À TERRA.
Éramos sete irimãos juntos - que ganhei lá no ParaÃso,
Adeus irimão adeus - adeus, até dia de juÃzo (voz por dentro)
Adeus irimão adeus - adeus, até dia de juÃzo, (voz por fora).
Em ordem decrescente ( a única)
Éramos dois irimãos juntos - que ganhei lá no ParaÃso,
Adeus irimão, adeus - adeus, até dia de juÃzo - (voz por dentro)
Adeus irimão, adeus - adeus, até dia de juÃzo - (voz por fora).
Com o falecido eram enterradas muitas malquerenças, inimizades; por outro lado a Sentinela dá margem ao nascimento de muitas e de tantas amizades novas. Tantos entrelaçar de famÃlias via casamento, nascidos ali, sob auspÃcios do morto.
Na sentinela, em seus bem-ditos, nas suas incelências não cabiam instrumento outro, nem mesmo a rebeca tão presente em tudo, não cabia na Sentinela. A sentinela era um ato solitário.........
E assim a sentinela plantou a pessoa no sertão...........
.......................................................................................
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(1) Em Os Sertões Euclides se mostra surpreso com o rezar nas sentinelas; Cascudo faz referência aos bem-ditos, mas não se refere à sentinela, as considerações estão no vocábulo "velório". Gilberto em Casa Grande e Senzala até dar-lhe certa plástica.
(2). Aqui posto as incelências, entre reticências, na verdade não sei se poderia eu fazer isto. No texto rascunhado elas estão inteiras, com todas as repetições.
Dia 31 de maio, deste ano de 2008, nas comemorações do encerramento do Mês de Maria, festividade realizada na sede da UCRAN, (União dos Cantadores Repentistas e Apologistas do Nordeste), no Cambuci, em São Paulo, Capital, conversando com o Dep. Aldo Rebelo este me falava ter ficado uns 30 anos sem ter estado presente em uma sentinela. E para sua felicidade, ainda naquele mês de maio, em sua terra - Alagoas estivera presente na Sentinela do pai de um amigo de infância.
E Aldo me sugeriu a escrever algo, do que me lembrasse sobre as Sentinelas....
Autoria: Andre Pessego
Colaborador do www.portalcapoeira.com
ILHA,
Como tenho falado aqui, sou um técnico, ainda eletro-mecânico, um analfa em cibernética. Boa sugestão. Vou ver se consigo pegar a minha filha amanhã e gravar alguma coisa para postar junto já que sobra espaço
abraços
andre.
É o que se chama jocosamente de Carpideira. O termo foi inventado na interiorização das Santas Missões, as "Entradas serão a dentro da Igreja Católica". Nós, o nordestino propriamente dito vemos o termo meio de soslaio.
andre.
André,
Seu texto é de suma importância.
O conhecimento que passa de pai para filho.
Agora ele se desdobra e quantos mais conhecerão
sobre tudo que escreveste?
Parabens pela pelo tema e por ter sido estimulado
a escrevê-lo.
Escreva, escreva sempre.
Beijos,
Regina
André,
Inaugurando a votação...
Você trouxe à tona um tema tão pouco explorado - o dos rituais fúnebres nordestinos-, mas de uma riqueza cultural imensa, que está praticamente se perdendo. Bravo!
Abs,
Bravo,ANDRÉ!!!
Grande pesquisa!!!
Uma forma de resgatar essa cultura espalhada por aà e que vai sendo perdida,esquecida pelo tempo...,mas que faz parte da história do nosso paÃs... e suas regiões tão ricas em 'coisas' da terra!
Excelente iniciativa!
Parabéns,meu lindo!
um beijo azulcarinhoso...
Raiblue
Andre Pessego · São Paulo (SP
SERTÃO NORDESTINO - A SENTINELA
Maravilhoso o Trabalho de Informacáo da gente como também o próprio costume Cultural, que náo deixa o parente do finado sozinho com sua dor e perda.
Derepente é a forma das comunidades mais pobres estarem juntos dos que perderam seus parentes e até mesmo arrimos principalmente.
Acho extraordinário porque é um Grande exemplo de solidariedade.
Gostei muito.
Vou votar agora já com todo carinho e admiracáo
Parabéns Mestre André.
O Senhor é um Grande Benfeitor do Nosso Overmundo.
Abração Fraterno
Pois Mestre André, fui trazido do meu Piauà querido, nascido que sou da ParnaÃba, com apenas ano e mês. E aqui, no Rio Grande, sou urbano desde que cheguei.
O máximo que perto chega-se de algo parecido com o que ocorre na Sentinela com brilho por ti descrita, é a ladainha, tirada a terço... e, de congraçamento, na cidade, pelo menos, costuma-se beber o defunto, que é uma roda de amigos do falecido que passa o copo de pinga de mão em mão, em muitas delas substituÃdo pelo chimarão.
Boa memória, Mestre andré.
Andre
Muito bom trazer os rituais fúnebres dos nordestinos, os cânticos, louvações, muito ricos em sentimentos inexistentes em grande parte das gdes. metrópoles, capitais brasileiras. Lembro-me de criança quando fui ao enterro em Campinas, de uma famÃlia de origem do nordeste e vi alguns cantos diferentes, carpideiras...e lembro-me do enterro de uma amiga de minha avó, também portuguesa, com ladainhas que nunca mais vi e ouvi...È triste e de muito respeito.Gostei deste postado, muito interessante e rico em coisas já quase extintas.
Muito bem CarÃssimo Amigo André Pêssego.
É Sentinela, sim Senhor!
Eu também sou resultado da Diáspora Piauiense, e posso confirmar o que dizes.
Quero parabenizá-lo pela grande bagagem que vosso texto trás, é por certo, resultado de muitas espiadas de janelas e grande empenho de pesquisa.
Abraços Mestre.
André, amigo: você sabe traduzir bem a alma desse Nordeste tão mal entendido por aqueles que só consideram maravilha tudo que vem de fora. Nada contra a quem é de fora, mas aqui dentro - no coração do Nordeste - não saiu da moda achar bonito um conterrâneo sobreviver as dureza da vida e nem sai da validadecantar a morte que é parte da vida severina. E na hora de "beber o defunto" nem todos entendem que isso também pode significar felicidade ao fazer parte de uma roda de amigos-sentinela. Parabens pelo texto, pela pesquisa. Com abraçares nordestinados, Graça Graúna
graça grauna · Recife, PE 2/7/2008 23:35
Ei André, meu professor de coisas importantes,
lindo de morrer!!! esse rito que acompanha o adeus àqueles que se foram. Lembrei-me de um autor que amo e que fala de como a morte pranteada publicamente trazia mais dignidade à morte e ao morto, cuja vida e os feitos eram relembrados, tal como nessas incelências tão lindas que ainda hj ocorrem no nordeste. Colocar em dia a vida daqueles que se vão é, ao mesmo tempo, permitir que os mortos se mantenham vivos. Aqui na cidade não se vê isso, pelo menos nunca vi, desde o primeiro enterro que fui de minha vó já com 16 anos. Antes nunca tinha ido, porque a morte, na modernidade, é coisa que se esconde, que criança não pode saber. Já começa na internação do doente que fica nos CTIs da vida, longe dos entes queridos, impossibilitado de morrer dignamente como se morria antes rodeado dos parentes e amigos. Morrer acompanhado deve ser muito melhor do que sozinho, né não? Sabe de uma coisa? Vc não vai acreditar: achei num desses baús de guardados o diário dos últimos dias do meu bisavô, registrado por um de seus 14 filhos. Coisa de impressionar. Caramba poderia ficar horas falando sobre isso sem a menor morbidez. Ia até dizer que era assim que eu gostaria de me ir desta para a outra, mas pra falar a verdade prefiro ficar por aqui mesmo.
Benção meu mestre. Todo meu respeito pra vc.
Beijo grande
da Ize
André, meu mestre, sempre.
Esta sua lição provocou inúmeros sentimentos.
Ando aqui, desde o inÃcio da leitura, com alguma quase lembrança sobre este assunto e que não me chega no momento, algo da infância, algo lido, não sei.
Mas, veja que coisa, lembrei-me das tradições católicas irlandesas porque, no século XVIII, em meio ao sofrimento imenso daquele povo, toda morte era igualmente encontro dos vivos, ocasião de reforçar laços familiares e criar outros, pelo namoro durante a "sentinela" e até das tramas polÃticas contra o dominador britânico.
Infelizmente, nada sei sobre os rituais africanos da morte, que imagino belÃssimos, como são os de celebrar o nascimento e a vida (bem que poderia indicar algo para esta ignorante admiradora sua).
Agora me lembro, já ouvi algum canto de incelênçia, mas ainda não lembrei onde.
De triste em toda essa beleza é a ignorância e o esquecimento. A ignorância dos dicionaristas sobre este costume, como você ressaltou. E o esquecimento destes rituais de morte, tão necessários aos que ficam.
Obrigada, meu mestre.
beijos
André, voltei. Perdoe-me pelo excesso.
Fiquei pensando, depois de reler, no quanto a morte, hoje, é desumanizada e nos rituais modernos de morrer.
É muito mais triste morrer sanitariamente.
É tão triste morrer sozinho.
É mortalmente triste morrer acompanhado apenas pela discrição elegante e fria.
beijos
André, beleza de pesquisa. Esse ritual dos mortos é importantÃssimo para a alma dos ficam. Luto, quando bem feito revigora a vida.
Este seu trabalho tem toda a minha admiração.
Parabéns, querido
Adorei
um beijo
André,
Texto de boa leitura e aprendizado,
Voltei para reler.
Aproveito deixo meus votos.
Beijos e boa noite,
Regina
Andre meu querido.Cheguei atrasada rsrs Mas vc sabe pq.
te amo meu querido.Agradeço por sua amizade e sempre por suas palavras.
mestre andré.
voce trouxe de volta uma tradição, que o tempo está consumindo,de um povo que está sendo bombardeado de besteiras, via cultura massificada, globalizada literalmente.
viva vc,que vez por outra nos presenteia com estas pérolas.
André, vou ver se consigo te mandar uma cópia de um DVD, de um documentario, da tv cultura, doc tv.
uma cruz, uma história, um caminho.
tem a participação do meu pai.
grande abraço, poeta.
mande notÃcias.
Eu, como boa nordestina, deixo aqui o meu voto e te parabenizo pelo postado. Abraço.
JACK CORREIA · Crato, CE 3/7/2008 11:16
Quanta massa cinzenta!
Gostei.
Um bj
SÃlvia
Viva a Alma Brasileiras. Voto dado, mesmo atrasado.
ayruman · Cuiabá, MT 3/7/2008 13:01
Pois é cara
valorizar a cultura regional nordestina é essencial para eternizar tais manifestações.
Parabéns por tão digna iniciativa.
VOTADO!!!
André, meu caro, como é rico em cultura o nordeste brasileiro... Acabei de conhecer mais um pedacinho dessa terra maravilhosa e da cultura desse povo do bem por meio do seu texto.
Grande abraço e parabéns pela postagem.
Wander.
É uma bela aula de cultura popular que revela ao leitor os nossos costumes e nos prende a atenção porque é o retrato de um povo sofrido que canta a sua tristeza em homenagem aquele que se despede dessa vida. Meus sinceros aplausos e abraços amigo e grande poeta, Andre.
Carlos Magno.
Sensacional...
Um texto que deve permanecer publicado para sempre no Overmundo
tal a sua importância àqueles que ainda têm muito a aprender
com um verdadeiro Mestre.
Parabéns, André!
Andre,
Bonito o jogo, historia nossa sendo contada pro povo, do que do povo.
Olha, eh nascido e criado lah na amazonia, cria de nordestinos imigrantes, cresci com muita coisa que hoje por lah tambem ja nao tem mais valor, nem atividade cultural. Pois o desenvolver do progresso, os shoopings centres no meio do que outrora era uma selva, a urbanizacao do interior da amazonia, tudo isso vai levando estes principios que eramos. Mas, ce'st la vie..., vida vai e vai, e vem e vai.
Eh bom ter vc lembrando a gente dessas coisas que tiveram parte na formacao do nosso povo, BRASILEIRO. Educando e participando no processo que temos que atentar para preservar do que ainda temos de memoria e cultura popular.
Axe
Pessoal, a todos que já tiveram a gentileza da passagem.
Desculpem é que fiquei mais de 24 horas sem internet em casa.
Em SP ontem, dia 3, nem nas Lans havia sinal de internet.
Me desculpem mesmo. Mas como estamos todos aqui com os olhos voltados para a posteridade, quero acreditar de que todos estamos pagos, agradecidos, felizes com a contribuição que cada um de nós possamos dar.
obrigado mesmo
andre.
André Pessego,
Poder saborear esta aula de cultura nordestina é um prazer e um deslumbramento, meu pesar polido de metrópole me traz à mente somente os cemitérios e seus ritos mecânicos, tudo é o mesmo do que sempre foi.
A discursiva desta aula de cultura popular nordestina me enche a alma de esperanças e alegrias, pois perfilas personagens que desconhecia, e pelas mãos de mestre contador e informante de cultura, me sinto presenteado, e voto de bom grado.
Parabéms ao excelente trabalho.
Abs
Beto
Aula de antropologia. Me fez lembrar da figura das carpideiras nos velórios alheios. Admiro a maneira como você constrói seus textos. Eles têm uma plástica e um ritmo muito próprios.
Em breve volto a produzir com mais frequencia por aqui. Estou às vésperas de meter a mão no canudo...
Um abraço e obrigado pelo convite.
André,
Valeu o registro... muito importante saber a trajetória histórica desses cantos que vêm lá das profundezas ancestrais da nossa alma..
A música tem esse caráter essencial de tocar até na despedida daqueles que partiram para o outro plano... As incelências são belÃssimas e a sentinela um ritual digno do conhecimento não só dos nordestinos mas de qualquer brasileiro que queira ter conhecimento um pouco de sua ancestralidade!
Abraço e votado.
Beleza André! Morei e viajei 14 anos por lá. Tem coisas de arrepiar o coração. Và forro com 20.000 pessoas em Pernambuco, enterros na roça, as ' EMBOLADAS" do PiauÃ, os fundo de quintais em Teresina-Capital onde nas tardes de sábado se canta a embolada dos " cornos". Beleza o seu registro meu caro André! É a grande alma nordestina sempre cheia de felicidades!
raphaelreys · Montes Claros, MG 4/7/2008 06:31Andre, nao conheco o Nordeste, mas voce faz com que conhecamos uma parte dele e seus costumes, com competencia, parabens pelo seu belo trabalho. Abracos
victorvapf · Belo Horizonte, MG 4/7/2008 07:30
André,
Bela ideÃa esta contida em nossa cultura de velar com canções a passagem dos nossos pela cancela entre a vida e a morte. Me lembro de algumas 'incelenças' cantadas por minha mãe, 'incelenças' estas capichabas já que, ao parece, a prática é generalizada (era) no Brasil.
Acho que valia até gravar e postar as melodias que são impressionantes de lindas e pungentes.
Abs
Mestre André, é de uma riqueza tudo isso. Vc me fez relembrar as explicações sobre as canções da roda de um mestre de capoeira muito bom na arte.
Sérgio Franck · Belo Horizonte, MG 4/7/2008 09:47
Sensacional André!
Vasto registro da cultura, da miscigenação, da religiosidade, das crenças, dos costumes do povo nordestino, que afinal é, talvez, a representação maior de todo o povo brasileiro, posto que espalhado pelo Brasil influencia na construção ética, cultural e arquitetônica deste imenso PaÃs.
Parabéns.
André,
maravilhosa essa memória e cultura nordestinas. Até quem mora no Sertão, às vezes esquece essas tradições. Me lembrou uma linda passagem de "Morte e Vida Severina".
Parabéns, pelo valioso trabalho. Benditos pra você!
"Eu vou cantar um bendito
Um canto novo , um louvor..."
Abraços aqui do Sertão nor-destino!
Betha.
COMO É BOM LER O QUE TU ESCREVES, PARABÉNS PELA BELISSIMA AULA
VOTADO
André, que contribuição fantástica!
Parabéns!
André, tenho uma gravação em fita cassete de um bendito cantado por Seu Noel, um poeta popular daqui de Nossa Senhora da Glória e um devoto fervoroso da fé católica, falecido no ano passado. O bendito, parece-me, é composição dele. Já vinha pensando em fazer um "Tributo a Seu Noel" aqui no Overmundo, ele era uma figura muito querida de todos, e agora, depois de ler seu texto, fiquei mais estimulado ainda. Em brave, convido vocês a ouvi-lo.
Um forte abraço.
Perdão, leia-se "Em breve".
Poeta Jorge Henrique · Nossa Senhora da Glória, SE 4/7/2008 12:45
André,
Excelente pesquisa!! Retomas um tema especÃfico dos nordestinos, a demonstração da amizade e da união que temos por aqui. As sentinelas ainda existem e seus cânticos de saudade também. Seu texto está perfeito.
Parabéns!!!!
Um beijo
Muito interessante André,quando adolescente[bem novinha mesmo,uns 13 anos] fui em muitas sentinelas no sertão,como morava numa cidadezinha que nada tinha pra se fazer eu ficava torcendo por uma ''sentinela''pra arrumar namorados,que Deus me perdôe mas era diversão pra quem não era parente,lógico
Beijos
Mestre André,
Meu irmão.
Parabéns por mais este belÃssimo trecho que resgata a cultura e a tradição dos nossos irmãos nordestinos. Muto interessante mesmo!
Um grande abraço
Mestre André,
Meu irmão.
Parabéns por mais este belÃssimo trecho que resgata a cultura e a tradição dos nossos irmãos nordestinos. Muito interessante mesmo!
Um grande abraço
Caro André
Resgatar toda essa tradição herdada dos antigos é uma grande contribuição para a cultura nordestina e porque não brasileira?
Muito bom o seu texto meu amigo.
Espero que nos brinde sempre com sua sapiência e capacidade.
Abraços
Que maravilha de texto.
Emocionado e grato, vou reler tudo.
Amigo André, meus sinceros parabéns. E meus votos.
abrs,
Parabéns fala do meu nosdeste tão bem,que amo tudo,rsrsss...
Sou tua fã,bjssssssssss
André , meu parceiro.
Tudo que é belo nas artes nasce da tristeza. Belo texto. bela pesquisa.
Perdoa o atraso. estava fora de Belém.
Abraços
Noélio
André.............excelente!!
amei o seu texto!!!!!!!!!
beijo
André,
Todo ser humano merece essa festa, regada de carinho, amizade e respeito.
Fico imaginando , mesmo sofrendo a perda de um ente querido, a famÃlia sente confortada. Hoje aprendemos a nos comportar diante do sofrimento alheio, retendo nossas emoções. Evoluimos?
Seu texto me fez pensar e muito, além de ser uma excelente aula de cultura popular.
Um abraço,
Oie!!!
Karak!!! Bom tempo que não venho aqui.
Mas vim ler vc e me maravilhar sempre
kisssssssss
Seo André,
Só dijáhoje dei pra ler essa belezura de recuperação da memória nossa de rito de passagem tão intenso. Gosti di bolão.
Beijin.
Que maravilha de relato e de resgate de nossa combalida cultura. Ouvi as vozes sofridas da carpideiras, vi as sandálias de couro do tajeto até a cova, senti nas narinas o pófino que sobe do arrastar dos pés... Muito bonito, belÃssimo!
Marcos Pontes · Eunápolis, BA 31/8/2008 15:03
Querido Andre:
Belo e profundo tema com uma transmissão de quem conhece as raÃzes.
Parabéns!
Beijos_Meus*
*
Opsssssssssssssssssss
Vi_vendo e aprendendo ... Apreendendo.
Caro André
Como disse anteriormente, estive hoje aqui, bebendo um pouquinho dos seus escritos. Agradeço essas lembranças, sertão meu adentro nessas coisas todas que escreves
Quer ver?
...uma incelência
Dizendo que já é hora
O corpo segue viagem
Oh! Virgem Senhora
Est'alma pede passagem
de "Os Dois Vaqueiros" Aldy
Meu querido nordeste. Essas notÃcias me fazem
melhor diante das saudades imensas.
Abraço forte.
Parabéns mestre!! Lindo texto e muito importante para o nosso (re) conhecimento das coisas desse sertão.
Votei e com muito gosto!!
Obrigado aos que vieram depois. Ando um tanto sem tempo para acompanhar,
abraços
andre.
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