Parece que o skate é um esporte feito para romper todas as barreiras geográficas. Aqui no Amapá os irmãos que o praticam não escolhem obstáculos para as suas manobras. Eles marcam presença na cidade e mostram que não estão pra brincar de andar de Skate.
Existem pessoas que também curtem o esporte, mas preferem ficar protegidas das quedas. Caso de Toninho Junior, editor e diretor, que está com um projeto de produção de um documentário da prática aqui no Amapá. É ele quem nos conta um pouco de como iniciou o movimento por aqui. Afirma que há cinco anos figuras conhecidÃssimas como o Castanhal, Vampiro e Marlon já eram carimbadas. Antes mesmo de o Vampiro virar Técnico em Turismo, o Castanhal abrir seu negócio com confecção de material alternativo e o Marlon montar sua banda, Mesopotâmia Canabis. “O Cooki também é dessa época, mas ele não mudou quase nada†– dizem. Eles faziam Street pelo MunicÃpio de Santana, e que foi por lá que o movimento começou e não pela capital, Macapá. Cooki também diz que o movimento meio que circulou pela área do Santa Rita, depois pelo aeroporto, pelas praças até chegar na frente da cidade.
Em Macapá, normalmente em finais de semana, era praticado no estacionamento da Beira Rio. Onde hoje é a praça do Forte. “Tem uma galera de aposentados que hoje só anda de sapato social, eles começaram a andar há uns 22 anos, mas acho que foi logo após os primeiros ribeirinhos deixarem suas canoas e passarem a viver mais tempo em terra firme†- brinca.
O cenário ainda é palco para os mais radicais, que disputam campeonatos e simples aquecimentos. O espaço onde eles se reúnem hoje, estrutura de todo o movimento skatista que se preze, fica no Bairro Santa Inês e tem como cenário o Rio Amazonas. Um belo lugar para se tirar manobras ou até mesmo cair com dignidade, mas, como todos sabem, skatista gosta de aventura. Saem pela cidade tirando acrobacias e saltos de lugares menos prováveis como o corrimão da entrada das Secretarias do Governo ou as escadarias do Teatro das Bacabeiras. Havia também um espaço no Poeirão, mas os obstáculos foram feitos de forma nada profissional. Não tem como fazer manobras, pois a rampa é muito inclinada e o cimento é muito cru.
A galera sente falta de um apoio maior. “Deveria ter mais campeonatos com outros Estados. Era só trazer mais pessoas da Guiana Francesa e de Belém que tava na mão†afirma Sydney, conhecido como Castanhal.
Toninho Junior também é membro do Coletivo Palafita, afirma que a pista existente no Santa Inês é muito pequena. “Em Manaus existe uma das maiores pistas de Skate do Brasil. A daqui é uma estrutura que só serve pra iniciantesâ€. E continua falando da falta de apoio dizendo que “já teve gente fera daqui que ‘saiu fora’ atrás de patrocÃnioâ€. Casos como o de IzaÃas, que foi pra São Paulo.
Toninho Junior está trabalhando em um projeto chamado “Skate Street Amapáâ€, afirma que “é para os próprios empresários saberem que aqui tem Skateâ€. O vÃdeo é uma apresentação do processo de gravação de um documentário sobre o movimento aqui do Estado. Ele espera conseguir, através das imagens, uma maior mobilização dos agentes culturais e projetos sociais de iniciativas publica e privada no sentido de patrocÃnios para atletas e para programações ligadas a esta galera.
O vÃdeo nos dá uma boa idéia do que significa andar de Skate em Macapá. Foi um trabalho Editado e Dirigido por Toninho Junior e as imagens são de Marcos Ramon e Denner Negreiros, ex-skatistas.
Muito bom. O skate no norte é levado a sério por vários praticantes, porém, a mÃdia não dá cobertura. A iniciativa dos próprios skatistas em produzir vÃdeos, facilita, pois divulga os talentos regionais. Skate or die!
Giancarlo Machado · Montes Claros, MG 6/12/2006 18:33E gera um material para que o movimento se consolide.
PauloZab · Macapá, AP 8/12/2006 17:42Para comentar é preciso estar logado no site. Faça primeiro seu login ou registre-se no Overmundo, e adicione seus comentários em seguida.
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