Gestos de memória: invisíveis e silenciosos, efêmeros
A Juan Manuel Sogo,
que comigo compartilha o fluir da vida
e a quem amo profundamente.
I.
De certa forma, estou de regresso. Estas imagens me trazem ao lugar que conheci primeiro, ao lugar onde comecei a exercitar o ofício de viver, aprender, criar, amar, esquecer... Ainda que queira, não poderia obedecer aqui a formalidade das apresentações, porque há uma conexão direta com a minha própria biografia. Neste caso, estas imagens - que se não paisagens, deslocamentos de um lugar ao outro, de uma situação a outra, de um tempo a outro - traduzem a mudança da ordem simbólica a ordem do real experimentado em pouco mais de um ano de trabalho com os artistas aqui reunidos. O projeto, que passou por diversas etapas de expansão e ajustes, evoca a condição de quem habita a instabilidade e a partir dela cresce e se manifesta, gerando processos íntimos, poéticos e colaborativos.
Quando surgiu a idéia do projeto curatorial de Sobre as águas, a solidão e o olhar, voltei ao lugar de minha infância. Durante os últimos anos tenho viajado bastante, conhecido outros céus, mas sempre regresso... E quando me perguntam de onde sou, tardo a responder. E esta é uma situação frequente nas nossas vidas, artistas nômades. Com vivências em São Paulo, Buenos Aires, Rio de Janeiro, Córdoba, Bogotá ou Recife, em momentos formadores do próprio crescimento, é difícil estabelecer com claridade um lugar de pertencimento. Estas anotações respondem ao espírito travelling, visto como metáfora da escritura: o texto como um tecido de memórias ou, como queria Proust, “um tecido do esquecimento”. Uma viagem sem retorno que transcreve um olhar nostálgico sobre tudo que já foi vivido.
Esta exposição é um tecido em que se enredam e tramam histórias. Um projeto colaborativo concebido a partir da coincidência de interesses na natureza, na paisagem e no território de artistas que transitam e habitam espaços e tempos, propondo ao espectador novas perspectivas ao olhar, a partir das possibilidades poéticas da relação corpo artista (Christine Greiner) com as águas, sejam estas como mar, rio, chuva, sonho ou desejo. Isto se vincula com a viagem e com a escolha de uma morada: o lugar da vida, dos costumes, dos valores. E o trânsito: a migração, o movimento, o fluir constante, o fugir.
II.
Nasci na ilha de Vitória, capital do Estado do Espírito Santo. Vivi sempre perto do mar. A minha sede pelas águas sempre foi intensa, constante e fundamental. Conheci águas de rios, de mares, de cachoeiras, de lagos e de piscinas. Ah, adorava as piscinas de plástico com ondas em tons de azul! A minha relação com o mar sempre foi de contemplação e de bastante curiosidade por saber o que havia na profundeza das águas de Iemanjá. Encantava-me sentar diante da imensidão e admirar o cair da tarde embebido na maresia. Ainda pequeno me divertia durante as longas férias na cidade de Linhares, no norte do Espírito Santo, e depois, adolescente, admirava as águas agitadas que banham a vila de Regência. Lembro-me também das falas da vovó que desejava que seu neto se tornasse na mítica figura do marinheiro, destemido e solitário. Crescia o meu corpo de menino e crescia a admiração pelo mar.
Há quase dois anos, decidi navegar para águas longínquas e fui viver na cidade de La Plata, na Argentina. Lá, caminho ao lado do imenso Rio de La Plata que navega entre o Uruguai e a Argentina. Infelizmente “o rio não está pra peixe” e a poluição impede os mergulhos que aquelas águas prateadas poderiam proporcionar. O que me resta é contemplação e nostalgia. Sento-me por horas a admirar e encher o coração de lembranças, sonhos e desejos. Contemplo aquelas águas prateadas com a sensação de olhar o mais profundo, no mais secreto de mim mesmo; e sorrio, porque nunca havia sonhado tão puro, tão grande, tão bonito! E tudo é meu, está dentro de mim, não tem realidade fora do meu corpo. Quando me sentia só e abandonado frente ao mar, pensava em qual deveria ser a solidão das águas, nas noites, e a solidão da noite neste universo sem fim. Seria como um duo de um sonhador com o mundo, fazendo do mundo e de mim, duas criaturas conjuntas paradoxicamente unidas no diálogo da solidão. Durmo tranqüilo.
Em La Plata, me sinto um menino do interior para quem o mar, assim como o céu, é uma vaga e inalcançável imensidão azul com que dialogo em pensamento. Deixo, então, por instantes, de me sentir desconfortável com o súbito conforto de que gozo em tardes de domingo. Absorvo e alcanço os meandros de um universo que me rodeia. Aqui, na minha imaginação, me inundo deste mar ilusório. Vivo em uma imersão inventada. Caminho dentro de uma matéria fluída, luminosa, densa, que é a água do mar, as lembranças da água do mar. O silêncio, a solidão, tudo se transforma.
III.
Sobre as águas, a solidão e o olhar é fruto de minhas memórias, cheias de fascínios por mares, rios, cachoeiras e toda a vida que se desenvolve sob e em volta das águas. É um projeto repleto de pequenas histórias que transmitem, em uníssono, possibilidades de mergulhar nas águas da poesia. Através de múltiplos olhares, as águas são percorridas indistintamente em suas perspectivas naturalista, mística, histórica, política, ecológica e poética.
A exposição na Galeria Homero Massena reúne 14 artistas procedentes de diversos contextos, que exibem obras recentes, realizadas nos últimos três anos, e também produções específicas para este projeto. Tomando a natureza como objeto de contemplação, interferência e absorção, as obras desta exposição, de alguma maneira, resultam da evolução do gênero paisagem, onde há séculos o ser humano analisa os vínculos esquizofrênicos que mantém com seu âmbito, e em que a iconografia da paisagem passou pela beleza no Renascimento, o pitoresco no Barroco, ou a idéia do sublime no Romantismo.
Como gênero, sei perfeitamente que a paisagem está super explorada. Como tema, o aquecimento global é utilizado como moeda panfletária política e econômica de plena atualidade. Talvez um clichê. Para muitos, custa interpretar a natureza como lugar de contemplação, pois isso se une, inevitavelmente, a uma atitude consciente. As obras e artistas presentes nesta exposição propõem uma reflexão aberta e múltipla, ao mesmo tempo em que formulam estratégias de contato com as águas. Os artistas assumem o papel de últimos exploradores românticos, daqueles que, com seu olhar sensível, nos abrem os olhos diante de um mundo a ser explorado.
IV.
Desde o princípio, o que pretendia com o projeto Sobre as águas, a solidão e o olhar era mergulhar nos canais contidos na essência poética de artistas queridos. E os revelar, seqüencialmente. Com a alma deserta, sentia a necessidade de estar próximo destas poéticas líquidas que, pelos fluxos cotidianos de nossas vidas, se encontram distantes. Convidados por mim, estes treze amigos dão vazão às suas memórias e paixões para construir uma narrativa pontuada pela coerência, e banhada pelas águas da simbologia que alimenta lendas, mitos e histórias.
A água, elemento emblemático dos parâmetros geográficos e culturais, é tanto alimento indispensável do mundo e seus habitantes, como também via de deslocamento, além de sua interpretação imemorial como metáfora da vida. Aqui, a água é abordada pelos artistas a partir de vivências essenciais que são protagonistas ou testemunhas de acontecimentos que relatam suas metáforas visuais. Para esta abordagem, a exposição está dividida em três eixos: contemplação, interferência e absorção. Cada um pressupõe um tipo de atitude do artista em relação à paisagem enquanto território, envolvendo não só a construção de uma visibilidade, como maneiras de assumir as significações nela implícitas.
V.
O eixo contemplação pode ser descrito como uma postura de reprodução de uma paisagem-território observada de longe, evidenciando distanciamento e curiosidade. Existe nas obras deste eixo um clima de mistério que vem do olhar estrangeiro com que o artista contempla a paisagem que lhe é estranha e que ele tenta apreender, fixando-a em imagens de seu repertório pessoal.
São artistas que, na contemplação das paisagens, exploram sua sensibilidade, abrindo-se para um diálogo com o ‘outro’ em cidades que assustam e fascinam, com tons de cinzas da poluição mascarando uma geometria confusa de espaços urbanos.
Em Azul Marinho (2007), Fabiana Wielewicki trata da relação da paisagem/mar/horizonte com o seu desejo. Neste díptico, a artista nos convida a uma viagem para fora do lugar comum. Fabiana vai à praia e com um livro aberto nos mostra outro mar e nos leva para lugares distantes. A imagem dentro da paisagem, evocando distâncias, lacunas no tempo e no espaço. Logo, dentro de seu apartamento, o desejo de ter, de estar perto do mar. “O lugar desejado é sempre outro...”, declara a artista.
Mais do que a fotografia Espacio de Contemplación (2009), a artista argentina Valeria Cotaimich nos apresenta sensações que surgiram de uma tarde de inverno, onde dois corpos com infinitas sensibilidades que transitavam nos poros e incendiavam os dedos diante da temperatura fria daquele rio cordobês que espelhava os nossos rostos. Um olhar infinito que vai além daquele ‘aqui e agora’, chegando a este tempo presente, que nos faz e nos desfaz liquidamente, que nos reúne e nos convida a pousar os olhos e talvez entrar em outro espaço de contemplação.
A cearense Waléria Américo apresenta o vídeo Acima do nível do mar (2007), onde constrói um pequeno mirante a partir do empilhamento de tijolos na areia da praia, na busca de um olhar contemplativo deste horizonte próximo e particular. Buscar o alto, o baixo, a direita e a esquerda, neste mundo, é entrar em um mundo conquistado pela submersão. Basta sonhar na profundidade pura, na profundidade que não necessita medida para ser. Onde o olhar desliza no horizonte.
Barbara Rodrigues nasceu e cresceu na cidade de Recife, em Pernambuco. Hoje a artista vive na cidade de São Paulo, onde o acesso às águas não é tão fácil como lá no litoral nordestino. Se antes tudo que via desembocava no mar ou num braço de rio, agora as ruas acabam em pedaços de céu. O que restou foi o “espelho de mar, onde a água geralmente é turva, as ondas são nuvens e as correntes são os ventos”, declara a artista com um leve sopro de nostalgia. Todas estas sensações estão refletidas no vídeo Cachoeira (2009), obra que a artista apresenta na exposição. No vídeo, vemos o registro de uma queda d’água caseira, numa calha de pequenas dimensões para tal abundância de água. Barbara Rodrigues aqui guarda pequenos oceanos, tentando reproduzir pequenas fugas do seu cotidiano.
VI.
O eixo interferência pode ser visto como atuação artística sobre a paisagem-território. Aqui, a natureza deixa de ser uma realidade autônoma para se tornar suporte da representação artística. Transitórias, essas ações atuam sobre o olhar do espectador, estabelecendo novas possibilidades de relações dos artistas com o espaço.
A visualidade é alterada pela ação poética dos artistas, que a modificam ora com sutileza, ora com força bruta. O artista, através de sua ação, surpreende-o ou intriga-o, de alguma maneira, transforma sua relação com seu espaço. A obra cria um lugar, particulariza e personaliza aquilo que antes era um espaço neutro, cotidiano.
Em Fronteiras (2008), o jovem Renan Araújo questiona as relações da paisagem com o homem, em um intervalo no tempo e na imagem. Corpo fragmentado, corpo ausente, corpo dentro, corpo fora. Na fotografia, a interiorização na areia não corresponde à consciência de um vazio íntimo. Ao contrário, o artista nos faz viver um drama de imagens, o drama fundamental das imagens materiais da água e da areia. Em conseqüência, o espaço de dentro é em Renan Araújo uma adesão a uma substância íntima. A poucos centímetros de profundidade da areia, o corpo do artista encontra o absoluto da profundidade, uma profundidade que já não se mede, que não dá outras potências de sonhos e pensamentos.
Nos últimos anos a artista Oriana Duarte mergulhou numa intensa pesquisa sobre esportes radicais, práticas esportivas que se alimentam do risco e da transposição de obstáculos, deslizando por infinitas camadas de superfície. Em Plus Ultra (2008), a artista realiza “experiências corpóreas em performances artístico-esportiva”, onde mata a sua sede com o flutuar com força por sobre as águas do Brasil. Nesta exposição, a artista apresenta as operações Plus Ultra realizadas na Baía de Vitória, propondo a imersão do observador numa experiência geovirtual, conduzida pela sua imagem remando, construindo imbricações de paisagens diferenciadas ao longo do fluir constante do remar e conectando imageticamente territórios fisicamente distantes. Agora, resta seguir.
Shima apresenta o vídeo Resgate (2008), onde mergulha no desconhecido fundo do mar. Ou seria uma piscina? Shima mergulha, procura, submerge, vasculha, submerge, respira, submerge, mergulha. Do fundo do mar do artista, a água, ”matéria de mergulho e encontro”, é resgatada em recipientes de vidro. Estratégias de risco. Após a experiência, tudo se transforma. O corpo, o físico, o fôlego – agora contaminados pela matéria que penetra.
VII.
O eixo absorção pode ser analisado como forma de incorporação que determinados artistas realizam de elementos de uma paisagem-território que lhes é próxima, sem nenhuma intencionalidade ou mesmo sem ter disso consciência. Esse eixo pressupõe uma relação íntima do artista com determinada paisagem, e o estabelecimento de uma identidade com esse território, num processo de afirmação de peculiaridades.
A absorção da paisagem não é a representação ou a identificação direta de uma visibilidade perseguida na busca de sua reprodução. Ela se dá pela incorporação de imagens fortes, de um entorno geográfico marcante e permanente na memória, em uma vivência de territorialidade que os muitos deslocamentos impostos pela realidade contemporânea não apagam.
Dentro da água, observando a água. Ao passo que estes artistas se inserem e mergulham profundamente nestas águas, estas ações possuem também um distanciamento crítico. Ao mesmo tempo em que perpassam dramaticidade, fruto de um entendimento absoluto da tragédia humana, são na verdade muito leves. Os artistas deste eixo apresentam, através das águas, um diálogo entre eles e o universo.
Jean Sartief apresenta duas fotografias da série Homem Natureza (2008), que trata da relação entre o homem e o ambiente natural – onde o artista tece sua própria fala e assim redescobre a sua identidade em processos de absorção e apropriação da natureza. “O mar sou eu”, proclama o artista. Aqui, ora se submerge em areia, ora naufraga entre pedras, transformando-se em mais uma delas – estas que guardam toda a mítica masculinidade. Em Jean Sartief, o mar é proteção, imersão, nostalgia, ardor e também sangue que corre nas veias.
Na série H Hiperbóreo (2008), a argentina Verônica Meloni brinca com desejo de trazer à tona a ‘hiperborealidade’ do artista sueco Henrik Hedinge em sua passagem pela América Latina. No universo líquido e onírico das serras de Córdoba, na Argentina, Henrik é um personagem fictício, quase uma fada. Há uma integração entre ele e o ambiente. Nesta obra bicéfala, os artistas celebram a natureza, ar, água, paisagem, flores. O rio é uma longa confissão deste processo e as suas águas indispensáveis, meditação possível. Na simbiose ameaçadora de HV, tudo exala amor e vida.
Desde os mitos gregos e romanos até as manifestações folclóricas, muitas criaturas simbólicas, poderosas e mágicas são relacionadas às águas, e atravessam séculos como espécies de arquétipos representativos de certas atitudes e temperamentos, constantemente revividos pela história da arte. Nesta exposição, os artistas Flavia Vivacqua e Alexandre Mury apresentam obras que remetem a estes seres alegóricos.
Em Travessia Água (2008), Flavia Vivacqua nos mostra a beleza e força das águas de Liberdade, em Minas Gerais, através de uma série de imagens banhadas de sonho e espiritualidade. Como a célebre personagem Ophelia, de Shakespeare, a artista flutua num estado alterado de plena percepção sensorial no seu encontro com as águas após longa caminhada pela floresta. O corpo frágil e sensual de Flavia Vivacqua é seduzido pelas águas e levado à morte simbólica e de poética beleza. Com sua feminilidade potencializada, inicia-se um novo ciclo: agora, é viver outro tanto.
O belo Alexandre Mury apresenta Narciso (2009), onde a água e a sua relação com o corpo e a beleza ganham destaque na representação contemporânea do mito de Narciso, especialmente conhecido pelo público através da interpretação psicológica de Freud, que cunhou o termo Narcisismo. O Narcisismo seria um comportamento psicológico em que o indivíduo não consegue voltar sua libido ao mundo que o cerca, ficando atado a uma admiração de si mesmo. Em sua contemplação absorta da água, o artista cria um espelhamento do mundo e nos apresenta outro, agora virtual e fantasioso.
Misteriosa viagem, olhos, paisagens... traços que alagam urgências, evocações. E apenas são uma instável soma de ventos, espaços, quietudes, abismos, ícones, inquietudes, transbordamentos, sinais, água, imensa água. No desenho Mar não tem cabelo (2008-2009), Marcelo Gandhi nos apresenta seu mundo. Uma viagem imprevisível. Habitamos, andamos juntos, fronteiriços, adjacentes, contíguos... sem conhecer a distância. Vamos procurando encontros entre os lugares descontínuos. O artista delata mares profundos. Devemos olhar sem saber o que dizer, e sentir dentro. Essa é a vertigem provocada pela travessia neste reino subaquático de Marcelo Gandhi, aonde escafandros seguem em busca de si mesmos e do enorme desejo de voltar à superfície.
Considerações Finais
Os três eixos que constituem a exposição – contemplação, absorção e interferência – evidenciam diferentes experiências da territorialidade na paisagem contemporânea. Podem ser tomados como marcos de possíveis articulações entre o local e o global, pois constituem diferentes formas de relação de um olhar com determinado espaço geográfico, seja ele rural ou urbano, próximo ou distante, alterado ou rememorado.
Sobre as águas, a solidão e o olhar celebra as águas que banham os sentimentos mais profundos: dos amores e desamores, da relação com a terra e tudo que dela emana, do enlace entre o sagrado e o humano, da reverência às nossas próprias referências.
A exposição apresenta subjetividades emergentes no confronto com territórios-paisagens e que evidenciam as identidades múltiplas e flexíveis que se enfrentam com as tensões e as oposições colocadas pela globalização da cultura de massa, reafirmando a especificidade da arte, enquanto depositária de sentidos. Subjetividades que, recriando territórios reais ou simbólicos, tentam responder aos problemas colocados pela contemporaneidade, no qual a paisagem – natural ou urbana – ainda é um fator determinante de identidades.
São os nossos corpos dialogando entre si. Sobre as águas, a solidão e o olhar flerta com o mundo real, ainda que mantenha um excesso de poesia, conduzindo a uma viagem pelas várias faces da criação artística genuína de um mundo tão complexo quanto desconhecido; através de águas doces, salgadas e limpas, cada vez mais raras por aqui.
“O mundo é grande, mas em nós ele é profundo como o mar.”
Rilke.
Marcus Vinícius
Vitória, La Plata, Bogotá e São Paulo, 2009
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