ENTREVISTA: RENATA KAISER
Por Itaércio Porpino
A história do Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare se divide em antes e depois de “Muito Barulho por Quase Nadaâ€. A peça, de 2003, marcou o inÃcio do amadurecimento profissional dos Clowns e tornou-se seu primeiro sucesso. Foi também a partir de “Muito Barulho...†que a trupe passou a explorar fortemente a música, uma marca de seu trabalho. Isso, afora os prêmios e o aplauso da crÃtica, justifica a volta do espetáculo nas comemorações dos 15 anos de atividades do grupo. A apresentação será nesta sexta-feira (28), à s 20h, na Casa da Ribeira. A entrada é R$ 14.
Nessa década e meia, o grupo encolheu em tamanho e cresceu em qualidade, resultado do investimento em oficinas, cursos e na troca de experiências com companhias de fora do estado. Renata Kaiser, atriz e produtora nos Clowns, está desde o inÃcio. Do grupo que começou, formado por mais de 30 jovens, hoje restam apenas ela, César Ferrário (ator) e Fernando Yamamoto (ator e diretor).
“Estávamos no último ano do colégio e um professor nosso deu a idéia de montarmos um grupo de teatro para se apresentar na confraternizaçãoâ€, lembra Renata. De brincadeira despretensiosa entre colegas de escola, os Clowns viraram coisa séria. Mas o reconhecimento só veio depois de dez anos, com a montagem de “Muito Barulho por Quase Nadaâ€, quando também Marco França juntou-se ao elenco como ator e diretor musical.
“Muito Barulho é um divisor de águas. Foi quando passamos a olhar o teatro de forma profissional. Também foi quando nos aproximamos de Eduardo Moreira, do Grupo Galpão de Teatro, principal responsável pela inserção da música ao vivo em nossos espetáculosâ€, diz Renata Kaiser.
A peça rodou o Brasil e voltou com seis prêmios, conquistados no Festival Nordestino de Teatro de 2004. Vieram mais premiações com outros espetáculos. “Fábulas†conquistou o prêmio do júri popular no XV Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga (CE), oito prêmios no Festival Nacional de Teatro de Pindamonhangaba 2007 (SP), quatro no I Festival Nacional de Teatro de Campos dos Goytacazes (RJ) e, em especial, os prêmios mais importantes da história do grupo: melhor direção (Fernando Yamamoto) e melhor ator (Rogério Ferraz) pela APCA 2007 (Associação Paulista de CrÃticos de Artes) e FEMSA/Coca-Cola.
O momento vivido pelos Clowns é tão bom que nem a saÃda de três membros, recentemente, abalou o grupo. "A gente pensou que o grupo ia se desfazer. Pelo contrário, ficamos mais fortes para botar pra frente os projetos e pensar em novosâ€, fala Renata. O grupo já está em campo captando recursos para a próxima peça, “Ricardo IIIâ€, que deve ser encenada no próximo ano. Pelo empenho demonstrado nos demais trabalhos e na luta para construir a Casa da Ribeira, projeto dos Clowns, a expectativa é das melhores.
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Não conheço o trabalho dos Clows, mas vou passar a prestar mais atenção. Ótima entrevista. Esclarecedora.
Votei para que o texto fique editado.
Ivette G M
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