Nessa segunda feira, dia 14/02, o Museu Sacaca mobilizou pessoas de diversos segmentos e áreas de formação para participar da construção do Plano de Ação Museológica 2011. A atividade foi coordenada pela professora Drª em Museologia Maria Célia, aposentada pela Universidade Federal da Bahia e Consultora de diversas instituições museológicas.
O evento se iniciou com a apresentação da equipe, onde se observou a diversidade da mesma, composta de historiadores, biólogos, museólogos, sociólogos, turismólogos, físicos, guias de turismo, pedagogos, representantes da sociedade civil e entidades. Todos dispostos a dar a sua parcela de contribuição para o processo de revitalização do Museu, que passou por uma extensa degradação nos últimos anos.
A Professora Maria Célia, que já era conhecida da equipe de elaboração do projeto, falou da sua satisfação de poder estar de volta, assim como boa parte da administração e do corpo técnico, que retornou ao Centro de Pesquisas Museológicas do IEPA, popularmente conhecido como Museu Sacaca. Em sua fala, a Diretora do Museu, Mônica Dias, também contribuiu no sentido da necessidade do empenho que cada um deveria ter para enfrentar tal desafio. Assim, na seqüência das falas, a concepção museológica do projeto foram apresentadas e esclarecidas, principalmente para aquelas pessoas que estavam se familiarizando com o ambiente.
No período da tarde, uma visita pela exposição a céu aberto e à de longa duração deu aos presentes uma visão mais ampliada da extensão do desafio, já que a mesma estava em estado lamentável e com alguns pontos em estado de abandono, já que o mato e o lixo haviam tomado conta (sem contar os cupins e mosquitos). As habitações de comunidades tradicionais, assim como as indígenas, fitoterapia e etc também se encontravam no mesmo patamar.
Ao retorno a Pedagoga Elaine mostrou uma análise preliminar feita pela equipe ao assumir o projeto, o que nos deu a visão de que os problemas não eram apenas de ordem física e sim de gestão, já que o mesmo não estava funcionando administrativamente como deveria. Sendo assim, não havia muito tempo para lamentações e sim de colocar a mão na massa e tocar o barco rio acima.
Foi feita a divisão dos presentes na terça feira, no sentido de discutirmos, dentro do que foi apresentado e visualizado como pontos críticos do museu. Em seguida foi feita uma apresentação das propostas de cada grupo. Pra dar mais consistência ao que estava sendo discutido foi apresentado a Lei 11904, que institui o Estatuto dos Museus. Depois foram eleitos um representante de cada para formar a comissão de sistematização, que iria trabalhar na quarta e quinta feira para fazer uma apresentação do trabalho na sexta feira (dia 18/02).
A equipe trabalhou a sistematização das propostas, e chegou aos seguintes pontos críticos:
1 - Falta de avaliação do plano museológico adequando à realidade atual do museu.
2 - Quadro técnico provisório e insuficiente para o desenvolvimento das ações museológicas e administrativas com remuneração inadequada, necessitando de qualificação.
3 - Falta de interação entre o Centro de Pesquisas Museológicas – Museu Sacaca e os demais centros do IEPA e carência de parcerias.
4 - Inexistência de dotação orçamentária.
5 - Problemas de gestão dificultando o desempenho das atividades técnicas e administrativas.
6 - Falta de um plano de marketing institucional, de segurança e de acessibilidade.
7 - Espaço inadequado para as exposições e para o desempenho das atividades técnicas, administrativas e de atendimento ao público, com necessidade de revisão e de atualização dos projetos expográficos.
8 - Área da Exposição a Céu Aberto degradada e sem acesso ao público.
9 - Pouca aplicação das ações museológicas de pesquisa, preservação e comunicação.
10 - Problemas de locomoção da equipe técnica do museu para realização das atividades externas, bem como de acesso do público à sede do museu.
É claro que a equipe também chegou à conclusão de que havia muitos pontos positivos a serem considerados, como a atual conjuntura política, o reconhecimento no cenário nacional e as diversas premiações recebidas, mas como o objetivo era o de sanar as problemáticas o trabalho se centrou nas mesmas. Para cada ponto crítico foram aprovadas metas, objetivos, ações, e produtos para resolver o problema. O resultado disso, como feito em acordo prévio, foi apresentado na plenária de sexta feira.
Claro que mesmo tendo um bom volume de trabalho produzido o tempo ainda foi muito pouco para o fechamento de tal plano de ação. Muitos pontos tiveram de ser deixados de lado, no intuito de se priorizar outros. Mas que com certeza foi possível fazer um prognóstico bem consistente para que reiniciemos um projeto tão bonito e empolgando como de fato é o do Museu Sacaca do Desenvolvimento Sustentável, que estará funcionando à todo vapor até o próximo período.
Querido Paulo ZAb:
Em Oeiras-Pi temos um Museu de Arte Sacra o qual decrevi da seguinte maneira em 2008
Gostaria de publicar o seu relato, a título, inclusive, de exemplo, no "Portal do Sertão"
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