Apareceu um premio pra redação, um cartaz que vi numa escola, vi que podia participar, e eu me sa`i com esta:
UMA SUTIL REBELDIA PARA INSTAURAR A PRESERVAÇÃO DE NOSSAS NATUREZAS
O que adianta tantos “desenvolvimentosâ€, tantas “sustentabilidadesâ€, tantas “ambientalidades†e outros termos propagados nos meios de informação e comunicação tradicionais de nosso suceder diário - num processo de maquiagem da realidade intrinsecamente ligado ao controle social, se não há por nossa parte a percepção e aceitação de que ambiente externo e interno é configurado unicamente pelas nossas ações?
As ações precisam concretizadas serem imediatamente, sem medo ou receio de retaliações oriundas de qualquer setor da urbe ou do meio rural. Estas ações precisam sacudir o estado letárgico da sociedade do espetáculo, onde a grande maioria da humanidade está comodamente “sentada num trono de um apartamento com a boca escancarada e cheia de dentes†- em frente a TV, “esperando a morte chegarâ€, ou aguardando o próximo desastre climático se consumar. É necessária uma atitude de leão, para num rugir fazer sacudir os quatro cantos do mundo de que basta de passividade! Necessitamos reconhecer imediatamente agora que devemos tomar as rédeas de nossas vidas aceitando-a como um livro em aberto em que cada um de nós constrói uma historia de bem-aventurança para si e em reconhecimento da dignidade do próximo, este próximo é qualquer ente ou coisa, animada ou inanimada. Este é o segredo para a assimilação da consciência ecológica: tudo que é vivo está e precisa assim permanecer quando você sente pertencer ao todo.
Nada adianta “Patronos da Ecologiaâ€, sejam eles nacionais ou internacionais, vivos ou póstumos, quando o que se precisa é de seres que nos lembre e nos traga para a luz do debate cotidiano a invasão de paÃses soberanos por outros em nome da “civilização contra a barbárieâ€, ou “a democracia contra a ditaduraâ€, sem que se apresente os reais motivos e desejos por de trás e nos viés de tais atrocidades. Antes de qualquer conceito de desenvolvimento precisamos lembrar dos direitos humanos e da soberania de auto-determinação dos povos, reconhecendo e respeitando suas particularidades, sua historia, sua cultura e suas diversidades ou homogeneidades, com seus próprios nÃveis de evolução tecnológica, econômica e sócio-organizativa. Precisamos de menos tÃtulos, menos nobreza e mais ação, mais pé no chão, e fé no imponderável.
É urgente que muitos propaguem entre seus convivas e pelos meios de acesso que tiverem, a drástica situação do crescimento demográfico onde - segundo um Instituto do Banco Mundial, haverá no ano de 2050 mais 3 bilhões de habitantes do que já temos hoje, contabilizando o absurdo de 9 bilhões de pessoas em nosso planeta, algo muito sério quando pensamos nos recursos escassos e não renováveis a tempo do padrão de consumo avassalador que se tem nos paÃses desenvolvidos e que se almeja cegamente nos chamados paÃses emergentes. Com estes dados já está previsto para as próximas décadas a falta de água potável para 3,2 bilhões de pessoas, fome por quebra de safra para cerca de 1,4 bilhões de pessoas, inundações e ressacas poderão deixar cerca de 170 milhões de pessoas desabrigadas e a extinção de metade das espécies existentes no planeta.
É imprescindÃvel a intervenção eficiente, eficaz e efetiva, principalmente em nós mesmos e posteriormente ao nosso redor, numa performance de arregaçar as mangas e implodir o marasmo, levantar a poeira e dar a volta por cima da enganação que nos impede de enxergar que estamos a beira do abismo, prestes a cometer um ecocÃdio (suicÃdio ecológico). A problemática vai muito alem do “aquecimento globalâ€, diz respeito ao fato de não haver o devido destaque na “tela do noticiário global†dos reais motivos das atrocidades no nosso meio, é um ocaso de natureza histórico-social onde é de nós, cidadãos e cidadãs, a responsabilidade de quebrar esta tradição da alienação e que concomitantemente nos torne corajosos o suficiente para ter em nossa natureza intima a capacidade de realizar, sem precauções ou consultas prévias, atitudes vencedoras como a de Augusto Ruschi, que em seu ato de ter ido de encontro aos interesses estatais do governo do EspÃrito Santo, conseguiu mobilizar parceiros de alem fronteiras e sensibilizar a mÃdia para a preservação da fauna e da flora que estava preste a ser extinta para a implantação de uma fabrica em determinado território florestal imaculado.
É mister uma AAR - Atitude Augusto Ruschi, em que possamos polemizar se for necessário, e mesmo quando nos chamarem de loucos ou nos derem como mortos não nos abatermos e sim termos em continuar transgressoramente executando ações inovadoras e empreendedoras sem medo de nada e ninguém, apenas com a certeza naquilo que acreditamos piamente de coração e de consciência da vida em todos nós, com os seus múltiplos aspectos integrados e inalienáveis. E não adianta “você ainda acreditar que é um doutor, padre ou policial que esta cumprindo com sua parte para o nosso belo quadro social?â€, assim falou o profeta contemporâneo Raul Seixas, num de seus diagnósticos sobre as poucas sociedades alternativas e o excesso de gente atrás do seu “Ouro de Toloâ€.
Quero salientar que o tema exigia a sitacao do ecologista Augusto Ruschi se inserindo nos processos de desenvolvimento Sustentavel.
Gledson, teu texto está bem escrito, mas acho que lendo o Participe perceberás que ele foge um pouquinho de onde quer se chegar no Overmundo.
Labes, Marcelo · Blumenau, SC 30/8/2007 16:35cultura em seu cerne `e comportamento, o padrao comportamental de um determinado povo, sociedade, etc., com seus habitos, tradicoes, costumes, seus modos de fazer e ser. Claro que estamos tratando aqui de manifestacoes artisticas, mas a producao de um texto que versa sobre a problematica da APATIA SOCIAL/COMPORTAMENTAL (que impulsiona os problemas ecologicos, climaticos, etc), que questiona mitos e Status Quo, que expoe aspectos da cultura midiatica ocidental, e alem disso ainda receita Raul Seixas como possivel remedio, isso nao `e cultural?
Gledson Shiva · Fortaleza, CE 30/8/2007 17:09Sem dúvida, Gledson, que se trata de um texto cultural; da mesma forma, são culturais os questionamentos e é cultural a citação. No entanto, a meu ver, a questão do "ecocÃdio" pode ser melhor debatida num fórum onde o foco seja justamente o meio-ambiente. Não desmereço o tema, pela contrário. Creio-o de suma importância. No entanto, em se tratando de linha editorial, confesso que, na minha humilde opinião, o texto pode não ter o merecimento adequado. E não digo isso porque imagino que os overmanos não saibam do assunto ou não tenham suas opiniões a respeito. Só acho que estarão, por aqui, focados em outros temas.
Labes, Marcelo · Blumenau, SC 30/8/2007 17:18
seria um ecocidio privar os overmanos e overmanas de tal abordagem de conteudos que se transversam e que certamente mereceriam a apreciacao desta comunidade.
TAlvez o meio ambiente de nosso mundinho tenha chegado a esta situacao hoje porque muitos, por diversos motivos, quiseram deixar este assunto restrito a um gueto.
Gledson, muito bem escrito de informações valiosas.
E me preocupa muito a postura de homens no descambar da idade adulta adotar uma postura como a do Lobs.
A minha geração e a dele, um pouco mais, um pouco menos, não terão tempo de consertar seus desacertos para com o Brasil e
com certeza o deixaremos pior que o encontramos. Por passividade? - por egoismo e até por desonestidade. Foi no âmbito da sua geração Gledson que o mico-leão-dourado está sendo salvo; a baleia....... até a cascavel.
Aquela postura é caracteristica dos sectaristas que geriram ditaduras mundo a fora de - Napoleão.....Hitle....... e os Militares latinos americanos........ sempre muito bem servidos
por intelectuais da sepa do Lobs, que sempre mandaram e mamaram mais que os próprios militares de quem se dizem vitima.
um Abraço, andre
André, vou interpretar teu comentário como pura ofensa e redigo o que disse: tu próprio te contradizes com a tua falsa fala democrática. Acho que os teus PSTU´s da vida deveriam pelo menos aprender a respeitar aos outros, às opiniões alheias. Respeito, sabe o que significa? E, meu caro, peço mesmo que leias o Participe do Overmundo e procure entrar em contato com outros overmanos dispostos a fazer deste um site especial, em que se possa discutir a cultura produzida no Brasil sem anacronismos, como esses teus, que rebuscam falas tão velhas, mas tão velhas, que já poderiam ser encerradas.
Cara, vai achar algo melhor pra fazer.
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