Originalmente publicado no blog: http://mascandocliche.zip.net
O Teia, evento que reuniu em Belo Horizonte representantes dos 680 Pontos de Cultura de todo o paÃs e centenas de interessados pelo tema ‘Diversidade’ (seja lá o que isso queria dizer), foi um misto de sentimentos. Serviu de cara, ainda na Oficina de Jornalismo Cultural, uma semana antes, como descritor literal da sua proposta. Numa sala com mais de cem pessoas, brotaram dezenas de listas de discussões e troca de e-mail, telefones... talvez amanhã ninguém nunca mais se corresponda...
Formou com isso um possÃvel emaranhado de trocas de figurinhas e álbuns, unindo (não sei até que medida) Pernambuco com Amazonas, Belém com Rio Grande do Sul, Bahia com Rio de Janeiro e outras combinações que os 26 Estados e mais o Distrito Federal possam proporcionar.
Falei sobre misto de sentimentos porque, à vera, a programação parece mesa de servidor público em cartório: vários calhamaços de várias pilhas de papéis. Enquanto se escolhe uma, perde-se outra meia dúzia de possÃveis boas discussões. Aà quando a gente entra numa dessas rodas e o papo torna-se furado, o sentimento é de pura decepção e angústia. O que fiz quando isso aconteceu? Saà em disparada em busca de um debate interessante.
Esse pingue-pong do aprendizado acabou tornando o Teia, pra mim e por ironia da nomenclatura, no evento das falas isoladas, dos fios desconexos. Ouvi coisas boas e soltas do Célio Turino no Grande Teatro do Palácio das Artes – cheguei depois de passar por duas mesas de conversê cochilantes... do Massimo Canevacci e do Orlando Senna, no Seminário Saberes Vivos – minha segunda tentativa daquele dia..., do Ariano Suassuna (na coletiva de imprensa) e do Sérgio Mamberti e só.
Ou eu não fui feliz nas minhas escolhas (e prefiro acreditar nisso) ou a Teia se rompeu justamente na busca de tecer o maior (quantitativamente) encontro cultural do paÃs. Na concentração de força em opções para o público, a teia desse evento aracnÃdeo, que geralmente é mais forte que o aço, perdeu sua elasticidade e resistência e acabou dispersando os participantes. Pingue-pong não era somente uma diversão minha. A platéia se transformava em questão de minutos. Sai dois, entra três... sai três, entra dois...
De tudo que rolou, valeu pela possibilidade de discussões calorosas na semana anterior quando tive a oportunidade de participar da Oficina de Jornalismo Cultural. De tudo que rolou, valeu o que rolou primeiro, mas a primeira impressão não é a que ficou. Não mesmo.
Valeu Leandro, mas atenção tem um erro nas tags. use: teia2007 e teia-2007. como está, as duas viraram uma tag só. abçs
andre stangl · Salvador, BA 12/11/2007 22:44Mudança feita André! Valeu!!
Leandro Lopes · Belo Horizonte, MG 14/11/2007 15:10Bom dia! Estive na TEIA ou no TEIA?
Fatima Paraguassu/Santa Cruz de Goiás · Santa Cruz de Goiás, GO 16/11/2007 03:33Teia é o nome do evento Fátima. Por isso quando falo Teia no sentido do evento do "o evento", uso o gênero masculino. Quando falo Teia no sentido da "a teia", uso o gênero feminimo. Valeu!!
Leandro Lopes · Belo Horizonte, MG 16/11/2007 10:30
Salve Leandro!
Tranquilidade??? Bom te ver por aqui... e que bom que escreveu sobre "o" TEIA. Não entrei nesse ping pong que vc, mas achei o evento muito mal organizado e divulgado. Um evento deste "tamanho" e importância teve menos interesse que o "BID", tanto por parte dos interessados como dos governantes.
AH! Ariano Suassuna quinta feira às 9 da manhã... é foda, né? Cultura para poucos mesmo...
No mais... aquele abraço cabra...
Yuga
Valeu, Leandro. Entendo sua angústia e acho que ela é inevitável em eventos grandes como este. Não fui na(o) Teia. Sei que é horrÃvel essa coisa de ter que fazer escolhas, de discussões sobrepostas nos horários, mas imagino como deve ser difÃcil dar conta de tudo que pode ser falado/mostrado num evento assim de poucos dias.
Achei teu depoimento bem legal e sincero, acho que pode valer muito para o balanço dos organizadores (com o comentário do dj Yuga incluÃdo). De qualquer modo, tenho olhado a cobertura da Teia e há alguns depoimentos legais (como este) que mostram a colaboração do evento para a troca de idéias e a integração. Tomara que as arestas da teia sejam aparadas e melhoradas a cada edição!
Gostei muito de ter participado da Oficina também. Pra mim, é o que mais valeu. De fato, as outras programações acabaram dispersando o público... (talvez eles tenham imaginado uma quantidade de pessoas muito maior...!) mas tudo que participei foi muito válido! E esperarei ansiosa pelo próximo evento! Afinal, bem organizado ou nem tanto, o que a gente precisa nesse paÃs é de fundir e difundir culturas!
Mah Caldeira · Belo Horizonte, MG 19/11/2007 23:23Para comentar é preciso estar logado no site. Faça primeiro seu login ou registre-se no Overmundo, e adicione seus comentários em seguida.
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