Tente procurar a palavra abilolado nos dicionários convencionais. E abilolação? Procure também. Se você ficar muito curioso mesmo, ponha na pesquisa do Google ou nos dicionários on-line na internet. Faça isso. O mundo está cheio de ferramentas...
Nos dicionários que tenho aqui em casa, nada encontrei. Tentei um dicionário infalÃvel indicado pelo meu vizinho. Nada também. Na internet, encontrei algumas coisas...
Você já sabe o que é abilolado? Já praticou uma abilolação?
Pode até ser que você conheça o termo e os seus possÃveis significados, mas nada se compara a vivência dos multi-talentosos Vinicius Stael, Gabriel Naegele, Flavia Naegele, Magna Telis, Wanderson Carvalho e Leonardo Libanio, mais conhecido mesmo como Leleo. Eles fazem parte do “grupo ativo†da Cia. Abilolada de Teatro de Cantagalo, interior do Estado do Rio de Janeiro. Para os abilolados, há os “ativosâ€, os “passivos†e os “inativos†dentro da Companhia. Não tente perguntá-los sobre isso. Coisa de gente abilolada mesmo. Você não vai entender muito bem.
Se você acha que vai ser mais um artigo sobre os percalços e as agruras de fazer teatro amador e, por isso, vai desanimar da leitura só porque vai ler mais do mesmo, pode, então, continuar com o olhar atento à s próximas linhas e mudar os seus (pré) conceitos. Sem dúvida, você vai até saber das histórias desses atores que (se) superam em muitas armadilhas impostas pela rotina que é fazer arte no interior do paÃs e longe das badaladas e concorridas cenas culturais do Rio de Janeiro e São Paulo. No entanto, os abilolados de Cantagalo são bem mais que isso.
Apesar de serem extremamente brincalhões e inusitados, eles têm histórias sérias para contar sobre si mesmos e sobre a trajetória de sucesso da Cia. Abilolada de Teatro. Os abilolados surgiram em meados de 2001 com um nome muito pomposo e, podemos até dizer, sisudo: Cia. DionÃsiaca de Teatro. Os meninos, muito jovens ainda, sentiram a necessidade de fazer alguma coisa por eles mesmos, pelo futuro de cada um como cidadãos, por uma identidade cultural, pelo municÃpio e pelo paÃs. Enfim, tiveram sonhos tÃpicos da adolescência de um dia poder mostrar pensamentos e vontades, discutir, estudar e experimentar essa arte tão antiga e tão atual, que é o teatro.
Depois de muito estudo e preparação, sem apoio e sem crédito algum, estrearam em 2003 com “O antiamor no dia dos namoradosâ€, “uma comédia adolescente com tudo explicado†- assim define o espetáculo Gabriel Naegele, estreante na direção, no palco e no texto – e vislumbraram um mundo de alegrias e lutas intermináveis para os que são corajosos amantes da arte.
Com as vestes dionisÃacas, mas já abilolando, fizeram muitos espetáculos, intervenções, propagandas e participações em curtas metragens. Fizeram de tudo. Mas levaram tudo muito a sério também. Estudaram muito por conta própria e em cursos e workshops. “Apesar de toda maluquice, a gente também tem seriedade. Senão não estarÃamos aÃ. É na maluquice que a gente se diverte e ainda trabalha com seriedade. E não sei se isso é tão maluquice assim. Maluquice é quando as pessoas não costumam se divertir no trabalho.â€, pontua Gabriel.
Uma caracterÃstica muito peculiar desses talentosos artistas no inÃcio da trajetória deles foi a de fazer tudo o que usavam nos espetáculos. Desde o texto, a direção até a divulgação, maquiagem e figurinos. Tudo era feito, pesquisado e idealizado pelos integrantes da Companhia Teatral. “No inÃcio, éramos nós mesmos cuidando de tudo e tentando fazer tudo. Depois nós começamos a compreender que era importante ter outros profissionais pra ter outros olharesâ€, diz Gabriel. De uns tempos pra cá, entenderam que podiam continuar com essa caracterÃstica e ainda dialogar com outros grupos atuantes no paÃs. Essa iniciativa foi muito importante para o crescimento da companhia, por conta das oportunidades que acabaram sendo geradas. Através desse novo jeito de produzir um espetáculo, puderam desenvolver várias outras habilidades, formando assim além de atores, maquiadores, cenógrafos, diretores, figurinistas, animadores de festa, produtores de eventos e por aà vai...
Desconfio que a abilolação tenha surgido nesse processo. Um grupo multifacetado em seus talentos e experimentações já não se continha em ser um grupo de nome pomposo. Tá certo que DionÃsio merece a homenagem, já que “o culto ao deus DionÃsio é considerado como o marco inicial do teatroâ€, explica Gabriel Naegele. Mas eles precisavam de uma marca, algo que os definisse melhor, que lhes desse mais alma e vigor criativo. Escolheram uma penca de nomes e chegaram a, dentro da comunidade deles no orkut discutir qual seria o melhor nome para o grupo. Acabou ficando Cia. Abilolada de Teatro. O mais ferrenho defensor do novo nome foi Vinicius Stael, ator que agora se embrenha na incrÃvel arte de ser palhaço. Lumbriga, nome do palhaço criado por Vinicius, é a autoridade mais competente para definir o abilolado: “ser abilolado é um dom. Além de um dom, é uma luta porque se manter abilolado e nessa loucura de fazer teatro é realmente muito difÃcil, mas a vitória nos faz sentir bem. Você nasce abilolado e vai morrer abilolado.†Mas como todo palhaço que se preza, vem para confundir e não para explicar... Leleo, figurinista de mão cheia, termina a definição: "O mais importante do teatro é você pôr em prática toda a sua maluquice. A gente tem tanta idéia bacana e fica repreendendo no dia a dia pra não sair por aà fazendo doideira. Então a gente traz para o teatro e acaba dando certoâ€.
Depois que a Cia. Abilolada de Teatro nasceu das cinzas de DionÃsio, mais ou menos em julho de 2006, com toda a bagagem que já traziam das experiências anteriores, o grupo criou asas e ousadia e voou bem mais longe. Com o espetáculo “Bonecos de Lia†ganharam estrada. “Lia, na verdade, foi a primeira arriscada que nós demos e alcançamos sucesso em alguns festivaisâ€. E alcançaram mesmo. Só no Festival de Macaé/RJ foram indicados em onze categorias (dentre estas, melhor ator de teatro infantil, melhor atriz coadjuvante e melhor cenário) e foram vencedores de sete categorias, incluindo os prêmios de melhor direção, melhor ator coadjuvante, melhor maquiagem, melhor iluminação, melhor figurino, melhor texto e melhor espetáculo infantil. Não é pouco para um grupo de teatro que (agora os percalços! Pare de ler se quiser!) queria apenas transformar um porão numa sala de teatro para ensaiarem e fazerem as próprias apresentações e, por pura falta de apoio, foram parar num clube antigo, numa salinha ao lado do banheiro. “Uma salinha abandonada, cheia de teia de aranha, lixo e tudo maisâ€. Sorte a nossa que não ficaram num porãozinho de Cantagalo. Como não é a cara desses abilolados lastimar pelos abandonos a que são submetidos, com muita arte e manha tomaram para si cada centÃmetro do espaço e o transformaram em QG com o material que já possuÃam de cenários antigos, uns pregos, um pouco de tinta e muita abilolação. “A gente invadiu e o espaço agora é nossoâ€, conta Flávia no meio de muitos risos e confusão.
Atualmente, estão montando um outro espetáculo infanto-juvenil, “Maria no Mundo das Nuvens†. Nesse novo trabalho, a Cia. Abilolada de Teatro está buscando vôos ainda maiores. Conseguiram uma ficha técnica mais complexa e recebem orientação para aprimorar a expressão corporal e a preparação vocal. Além disso, possuem supervisão de movimento e supervisão de texto. “A gente está fazendo toda essa preparação para dar conta de ter mais qualidade e de continuar evoluindo. Em â€Bonecos de Liaâ€, nós tivemos uma crÃtica muito bacana, muitos elogios e em contrapartida tivemos também muitas dicas de possÃveis melhoras. A gente está tratando disso agora, tentando melhorar para atingir um patamar maior e ficar mais próximo ao profissionalismo sem sair do amadorismoâ€, comenta Gabriel.
Quando lancei a pergunta que todo mundo faz ao artista do interior sobre “bater a poeira das botas, não olhar para trás e ganhar o mundoâ€, recebi essas respostas:
Flávia - A questão de sair e buscar conhecimento é legal, mas lá ( nas grandes cidades) já tem muita cultura, muito trabalho. A gente quer trazer um pouco de cultura para o interior e dar continuidade a isso aqui.
Gabriel – Eu tenho um pensamento que acompanha o de Flávia em uns pontos e destoa em outros. Depois que inventaram ônibus, avião e carro, (risos) você não precisa morar em lugar nenhum. Pode pipocar de um lado para o outro. Eu gosto muito dessa vida de mochileiro. Atualmente, estou trabalhando com um grupo lá do Rio e aqui em Cantagalo. São trabalhos paralelos e distintos, mas estão coexistindo sem nenhum problema. Eu acredito que a cultura do interior vá se fortalecer com pessoas inteligentes, só que daqui a alguns anos. Não vai ser para agora. A gente vai resistindo e tentando abrir espaços, só que pra abrir espaço aqui é preciso ter o reconhecimento lá fora (nas grandes cidades). Quando a gente for reconhecido lá, aqui eles vão nos respeitar. Eu vou continuar batendo na tecla em Cantagalo, mas sem me esquecer de que tenho oportunidades no mundo aà fora. E é até um pouco de ignorância se fechar num mundinho e achar que isso basta. É bacana existir e produzir em Cantagalo, mas ter a oportunidade de alçar vôos, conquistar outros lugares, outras platéias, outras pessoas. Acho que a gente tem que continuar trilhando esse caminho.
Vinicius - Eu pretendo me manter em Cantagalo, mas quero provar que o povo de Cantagalo pode fazer diferença aà fora também. Dizem que o pessoal do interior não é inteligente ou é menos inteligente. Eu quero provar o contrário: nós podemos sair daqui pra nos dar bem lá fora. Quero fazer o meu espaço em Cantagalo, buscar sempre informação fora e trazer pra cá. Estou aberto a tudo.
Leleo - Quando a gente escolhe uma profissão ou a gente quer realização ou quer reconhecimento profissional. Eu quero realização profissional. Até ser reconhecido tem que batalhar, tem que dar o couro, ralar bastante. Ir para uma cidade grande e ser mais um com todo mundo querendo te engolir? Cantagalo tem cinco distritos com zona rural e tem muita criança que nunca imaginou assistir a uma peça de teatro... Quer ser ator? Que bom! Você só precisa de uma platéia, um palco e um bom texto. Reconhecimento em termos de dinheiro e fama é outra coisa. Não cabe, agora, pensar nisso não. Também não é preciso se fechar em Cantagalo... Mas que essa cidade está precisando muito mais de nós, isso está.
Finalmente, vamos dizer que a Cia. Abilolada de Teatro enfrenta obstáculos enormes nas terras de Euclides da Cunha para sobreviver e mostrar a sua arte. Os atores sofrem pela falta de apoio da prefeitura, das empresas e fábricas da região... Isso tudo também é verdade e foram eles mesmos que relataram, mas chorar pelo dinheiro não derramado nas contas abiloladas do grupo não faz muito o estilo desses atores.
E pra não chover no molhado, eu paro por aqui.
Gostei muito do texto e da história dos abilolados, Cavalheiro!
Instigada por você, fui pedir à benção ao papai Aurélio (o que faço quase diariamente e, à s vezes, várias vezes num só dia!), que é o dicionário que tenho mais à mão aqui em casa. Eis que abilolado está lá, e acho que acrescenta uma definição que se encaixa muitÃssimo bem ao grupo. Além de amalucado, significa também "perdido de amores, apaixonado". É mesmo preciso ser muito apaixonado pra fazer arte nesse paÃs, principalmente no interior. Parabéns aos abilolados de Cantagalo!
Abraço.
Oi, Tetê!
Obrigado por mim e pelo grupo de abilolados de Cantagalo. A definição do Aurélio cai mesmo como uma luva... Esses atores são amalucadamente apaixonados pelo o que fazem!
beijos abiloladÃssimos para você! Valeu!
Cavalheiro, parabéns pelo seu texto e, se o seu contato com os abilolados é freqüente, transmita a eles toda a minha admiração, pois mesmo não tendo tido oportunidade de assistir a nenhum dos seus espetáculos, pelo seu histórico de resistência e amor pela arte, já merecem no mÃnimo o meu respeito. Achei interessante sobretudo a discussão sobre o nome do grupo. Querendo ou não, parece-me que estes seres lindos realizaram um ato mÃtico dando mais uma morte a Dioniso: mataram-lhe retirando seu nome do grupo, e ressuscitaram-lhe em suas cabeças maravilhosamente abiloladas! Merda, merda, merda a todos eles!!!
Dico da Fonseca · Porto Alegre, RS 30/7/2007 09:07
Falae, Dico!
Os "meninos" estão super felizes com o carinho que estão recebendo aqui!
Espero que um dia você tenha a oportunidade de assisti-los. Eles são fantásticos mesmo.
Interessante esse seu comentário sobre o "ato mÃtico"... Não é que é mesmo? Que DionÃsio esteja sempre com os nossos abilolados!
Abraços
que história mais linda!
Eu me apaixonei pelos Abilolados que você mostrou com paixão.
Fico boba de emoção diante desses jovens corajosos que se atiram ao mundo e nos enchem de encantamento.
O fato de não contarem com ajuda de ninguém dá a medida do (des) interesse da sociedade pela arte e pela cultura.
Que eles tenham muito sucesso e continuem sempre os mais adoráveis abilolados do mundo.
Cavalheiro, obrigada pelo excelente artigo.
beijos
Cavalheiro, excepcional a tua matéria sobre o grupo abilolado. Parabéns.
Abr.,
Leandroide.
Se Cantagalo é um "buraco" prá de Niterói (ou São Gonçalo) saibam voces que só sendo mesmo doido para fazer teatro nessas bandas. Mas conheci o lugar por volta de 1956 ou 57, quando ,inha mãe resolveu visitar uma amiga. Andamos por 3 ou 4 horas (eu tinha uns 5 anos) até chegar ao lugarejo.
Vou ler com carinho o texto, já votei, a foto está linda... falta o crédito. O grupo é bonito, charmoso e me parece que competente. As fotos me trazem à lembrança uma peça nordestina que vi nos últimos dias aà no Rio, 1982/83. Só lembro das quadrinhas de encerramento, o tema da peça "apagou-se" desta memória semi-senil. (Obs: anotei os versos abaixo)
ADEUS.. te digo afinal, / adeus te digo chorando./
Adeus te torno a dizer.../ adeus, não sei até quando!
Q
(Quem inventou essa geringonça chamada computador não Ãa com a minha cara... essa merda vive a me contrariar.) CONTINUA
Quem parte gosto não tem...
quem fica, como terá ?
Quem parte, põe-se a chorar...
quem fica chora também !
Vou-me embora dessa terra
que aqui não posso ficar.
Vou dar descanso ao meu nome...
vou dar sossêgo ao lugar.
A melodia era belÃssima, a peça em si também. É a fôrça do folclore brasileiro sobrevivendo a tudo e a todos. PARABÉNS !
Como parte integrante e atuante desta história fico feliz em poder compartilhar mais um pouco de nossa vida, através do olhar de Totonho, a todos vcs...
Vlw povo!!!!
Porque ser abilolado é um dom!
BelÃssimo trabalho, cavalheiro!
Apaixonei-me através da tua paixão!
Emocionante e maravilhosa a insistência dos Abilolados em fazer arte. Mais que isso: arte com qualidade.
Transmita-lhes meus sinceros votos de que continuem por muito tempo por aÃ, abilolando e encantando!
Bravo!
Cavalheiro de Cordeiro,
Sou sua fã! Adorei os abilolados, aliás, adoro todos que são...
Bjk
CRis
Cavalheiro,
...
" Dizem que sou louco por amar ( acreditar) assim, mas louco é quem me diz que não é feliz, eu sou feliz..."
Homenagem ao seu trabalho!
Fiquei abilolada pelo tua matéria! rsrs
Um dos mais belos "trabalhos" e história que vi e li no overblog, "abiloladamente" fantástico!
Que exemplo de persistência dessas pessoas e o acreditar que "a força de vontade" é o primeiro passo para se construi os maiores vencedores !
Linda matéria, belÃssimas fotos!
Parabéns para turma!
Um aBRAÇO abilolado, Marluce
Meu prezado Cavalheiro, fazia tempo que não lia uma matéria tão boa de ser lida! Acho que fui um dos que sentiu provocado pela ironia do "Se você acha que vai ser mais um artigo sobre os percalços e as agruras..." Eu achava, sim, que leria somente mais uma matéria, mas eis que descubro moradores do interior que (raridade!) querem permanecer no interior.
Sou a favor desse ponto de vista, percebo agora, que me ajudaste a elucidar. Não é somente economicamente que precisamos evitar a metrópole (falo de exôdo rural), mas também culturalmente. Por que não se aproveita da metrópole em prol do fortalecimento do interior? Dá pra se pensar muito a respeito.
Fica um grande abraço aos colegas abilolados - corajosos e muito! - que são o que são e não negam e fica um abraço para ti, junto de um agradecimento por teres trazido à tona a Companhia e seus méritos.
Grande abraço.
Cavalheiro,
as histórias do teatro são fascinantes, são carregadas de muita tradição e luta. Parabéns a esses "abilolados" e a você pela divulgação.
Abraços de Betha.
Que história bacana. Parabéns pra vc que nos brindou com o texto, e parabéns ao grupo né??? Abilolado por estas terras, significa qualquer coisa do tipo: "bocó, louco, abestalhado". Mas nesse caso, eu ficaria com Genial. O que acha???
Abraço.
Cavalheiro,
seu texto está instigante e delicioso, lembra mesmo o trabalho que o Joca de Oeiras, o acima Filipe Mamede e outros fazem aqui neste espaço pela cultura brasileira. É isto que me atrai no Overmundo, esta facilidade de permitir a todos os overmanos universalizarem o conhecimento da cultura regional produzida em todo o Brasil. Aliás, esta a maior riqueza de nosso povo, mas que nunca (ou raramente) recebe apoio e/ou divulgação nos grandes meios de comunicação. E, conseqüentemente, não chega aos olhos da maioria dos brasileiros, condenando muitas vezes seus artistas a uma luta quixotesca por afirmação num universo dominado pelo brilho barato da telinha da Vênus Platinada, porta aberta para a alienação cultural. Iniciativas abiloladas como a sua e a da Cia. Abilolada de Teatro, portanto, são antÃdotos contra os plimplins que nos entorpecem e nos adormecem a mente, diariamente. Além, é claro, de nos encher de orgulho, alegria e esperança.
Um grande abraço e parabéns pelo belo texto.
Beleza, Cavalheiro. Meus parabéns pelo texto, fotos e audio!
Abraço!
Grande Cavalheiro, Salve!
Seu texto sobre os Abilolados do Teatro de Cantagalo, me faz lembrar os nossos Atores Amadores aqui do Teatro Waldemar Henrique, de Belém do Pará.
No Pará, chamamos de abilolado (abestalhado ou abobalhado, para as pessoas que se dão ao amores vãos porque tornam-se pessoas avoadas, sem idéia concentrada de suas bestiais caretagens amorosas... Que se perdem nas delÃcias do Amar sem pensar e por conta de seus devaneios são traÃdos por seus pares.
É isso, tenho satisfação imensa/gozo puro ao ler um belÃssimo texto como esse UM.
Parabéns, amigo.
Abçs. Benny. Votado, mesmo com atraso.
Olá, Luiz!
Estou adorando ter acesso a alguns de seus trabalhos através deste espaço. Vibro com cada conquista sua e torço para que cada vez mais e maiores janelas se abram possibilitando suas realizações.
Foi uma alegre surpresa ler sobre os "abilolados" e poder entrar em contato com VinÃcius, o maravilhoso palhaço Lumbriga, tão jovem e querido como aluno com o qual já trabalhamos.
Agradeço pela oportunidade de ler e me encantar com mais este texto seu. Com que simplicidade e naturalidade você consegue produzir textos de estilos tão diferentes!
Vou continuar pesquisando neste espaço que parece oferecer vários recursos para nos enriquecer.
Um beijo,
Graça
Oi, Saramar!
Obrigado pelo carinho que sempre tem comigo.
É uma pena que o desinteresse pela cultura e pela arte impere por todos os cantos desse paÃs... mas guerreiros como os abilolados de Cantagalo existem pra incomodar, futucar e remexer nessa pasmaceira vigente. Ainda bem que, como eles, existem muitos por aÃ. Graças a Deus!
Beijos minha linda!
Oi, Nato!
Obrigado por aparecer por essas bandas de cá... olhar um pouco nosso jeito, nossos gestos e intenções... Volte de novo, um dia, quem sabe! Venha ver cantagalos, cordeiros, duas barras. Venha se encantar com o que há de novo por aqui. Não é muito, mas é pra lá de ótimo!
Ir embora dessas terras, não há jeito não.
Vamos ficar e fincar..
Descanso ao nome
Depois de todo esse rebuliço
Nem mais na hora da morte.
Sossego ao lugar?
Abilolando dessa maneira?
Vai ser dificil de dar.
Grande abraço e muito obrigado pela valiosa contribuição.
Oi, Fê!
Carinho seu é gostoso demais, viu?
Obrigado por aparecer por aqui e ler esse artigo abilolado.
Os meninos estão pra lá de contentes com esse monte de gente "olhando" o trabalho deles.
Quem sabe uma dia mais de perto, né?
Beijosssssssssss
Ei, Cris!
Te amo também, viu?
Beijocas
Marluce e Labes,
Olha, olha que vocês me deixaram muito feliz mesmo.
Estou por aqui como iniciante e descobrindo o overmundo a cada dia...receber crÃticas tão bacanas me deixa sempre muito emocionado.
Esse "nosso espaço" foi a melhor descoberta que fiz neste ano. Espero, mesmo dentro da correria do cotidiano de um professor, sempre ter um tempo para "viver" também aqui.
Valeu mesmo!
Sabe, Labes, você percebeu no meu texto a minha luta. Já vi esse êxodo cultural acontecendo muitas vezes com amigos e pessoas ligadas à cultura da minha região. As metrópoles têm um brilho enganador e seduzem muitos incautos. Como os próprios abilolados dizem, eu não vou virar uma ostra no meu mundinho porque isso seria uma tolice, mas não vou ser mais um a aumentar o vácuo cultural na minha cidade pra entrar na fila de anônimos esperando uma oportunidade (?) pra fazer figuração na novela das oito. É isso!
Outra vez, abraços!
Grande abraço
Oi, Graça!
Que bom te ver por aqui!
Sabia que você ia ficar muito interessada pelo overmundo! Te falei que aqui tem tudo que a gente gosta! Só coisa boa, amiga!
Seja bem-vinda e obrigado por sua estréia já postando na matéria dos abilolados.
Nós dois que acompanhamos o Vinicius no "Inocêncio", sabemos bem que esse menino merece o reconhecimento. E muito mais que isso: espaço para desenvolver a sua arte!
Qualquer ajuda que precisar para "passear" melhor por aqui, estou a sua disposição. Tem um monte de gente legal nessas bandas de cá. É só dar uma olhada por aà e vai ver gente de alma bonita e inteligente. Muito parecidas com você.
Beijos minha amiga!
Oi, Filipe!
Só conhecendo o povo da companhia pra tentar defini-los... mas pode começar por genial que já é um bom começo.
valeu!!!!!!!!!!!!!! obrigado
Excelente trabalho, cavalheiro.
Força por aÃ.
Abs,
Os "Abilolados" podem ser considerados os heróis da resistência de Cantagalo!
Parabéns pela matéria Luiz Antonio!!!
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