A ficção cientÃfica (FC) no Brasil está ainda relegada a uma condição de subgênero da literatura. Grandes editoras, como a Companhia das Letras, deixam claro a quem queira ver que não aceitam submissões de originais de FC para avaliação. No entanto, é o gênero literário que, reconhecidamente, mais contribuiu para o avanço da humanidade. Muitas das idéias surgidas em ficção cientÃfica, tanto fantásticas (como foguetes e robôs) como usuais (como os celulares, computadores pessoais e câmeras digitais) e até sociais (como a criação das Nações Unidas), foram primeiramente imaginadas por autores de FC. O mundo já se curva a alguns de seus grandes pilares, os mais notórios sendo Jules Verne (que teve seu centenário em 2005), Isaac Asimov e Arthur C. Clarke. No Brasil, no entanto, tem inclusive quem defenda que se vive uma espécie de Idade das Trevas do gênero.
O assunto ainda é pouco discutido, mesmo com a publicação no ano passado, pela Devir, do livro Ficção CientÃfica Brasileira - Mitos culturas e nacionalidade no PaÃs do Futuro, de M. Elizabeth Ginway — obra feita com os auspÃcios da Universidade da Flórida e publicada primeiro lá fora (onde há mesmo interesse em se estudar o tema seriamente como literatura). Mas, com o surgimento da internet (também previsto pela FC), é notório que o contato entre interessados pelo tema fosse facilitado e aumentasse muito, culminando em diversas novas frentes trabalhando a ficção cientÃfica brasileira (FCB), o que vai de encontro à visão tacanha de que não há luz neste túnel ficcional. O principal destes projetos novos é o Intempol, criado no fim dos anos 90 por Octavio Aragão e que se tornou uma espécie de projeto aberto, no qual qualquer interessado real em contribuir para a ampliação deste universo ficcional é muito bem-vindo.
Intempol, como parece claro, é um trocadilho com a sigla Interpol. É uma Interpol temporal. Porém, ela é brasileira e, com esta possibilidade aberta, centenas de histórias já foram criadas desde então. Estreou em livros no ano 2000, numa coletânea de contos de editora Ano Luz. Depois, invadiu de vez a net com um site e, recentemente, chegou aos quadrinhos impressos com a HQ The Long Yesterday, uma homenagem clara a Moebius e Raymond Chandler produzida pela dupla Osmarco Valadão e Manoel Magalhães (a graphic novel lhes rendeu uma nova oportunidade, na revista Wizard, especializada em quadrinhos). E a invasão não pára por aÃ, mostrando que talvez o fim do túnel esteja bem em frente, apenas algumas pessoas é que estejam olhando para o lado errado.
Para falar do projeto Intempol e de FC, o Overmundo entrevistou Octavio Aragão, o criador deste universo.
Quando surgiu o Intempol? Porque sei que o livro é de 2000, mas o projeto, em si, surgiu quando?
O projeto é de 2000, mas a criação da Intempol aconteceu em 1998, no conto Eu matei Paolo Rossi, publicado na antologia Outras Copas, Outros Mundos, da editora Ano Luz.
Foi também minha estréia como autor profissional.
Como surgiu o convite para publicar uma história do universo Intempol na revista Wizard (atual Wizmania)?
Foi simples. O Sidney Gusman (à época, editor da Wizard), depois de ler The Long Yesterday, contactou o pessoal da Comic Store, que publicou a graphic novel, e "encomendou" uma HQ de oito páginas no mesmo cenário. Isso foi ótimo para o Osmarco e para o Manoel porque comprovou a competência, a velocidade do trabalho deles. Para mim, foi um atestado de que a marca INTEMPOL tem um "sei-lá-o-quê", uma certo "fator chiclete" que gruda na cabeça das pessoas.
As pessoas têm comentado contigo ou com os autores (fora amigos, pai, mãe, cachorro...) sobre a HQ?
Sim. Algumas pessoas, sim. Principalmente pela internet. Até apareceram convites para palestras e coisas do gênero, mas creio que os mais contactados são Osmarco e Manoel, por razões óbvias.
Qual o retorno conseguido com The Long Yesterday?
The Long Yesterday surgiu num momento em que a pequena, mas opiniática, comunidade de Ficção CientÃfica brasileira começava a desacreditar do potencial do Projeto Intempol. Rolava um papo que eu não tinha conseguido chegar a lugar nenhum, que havia prometido mundos e fundos e cumprido muito pouco, essas coisas. Saiu até um artigo num fanzine que dizia mais ou menos assim: "agora que está provado que a FC brasileira de cunho mais comercial fracassou...". O alvo era claramente o Projeto Intempol, que nunca escondeu suas intenções de migração midiática, de sedução de outras áreas além da literária, onde nasceu em 2000. Pois bem, um mês depois desse artigo, TLY veio a público, comprovando que o Projeto não apenas tinha o potencial que eu imaginava, como também lançando as carreiras de Osmarco e Manoel como quadrinistas, apresentando-os a um público consumidor muito mais amplo. É engraçado o Manoel, por exemplo, que tem mais de 40 anos, ser considerado uma desenhista "revelação". :-)
Como surgiu a parceria entre Comic Store, uma editora do interior paulista e estreante em HQ, e o Intempol?
Começou com uma coisa que não tem nada a ver com HQs, mas com a versão em RPG do Universo Intempol. Meu contrato com a Devir estava prester a vencer e não havia o menor sinal de que eles iriam realmente lançar o suplemento GURPS-Intempol, como havia sido acordado em 2001. Resolvi que não dava pra ficar parado e, em conversa com amigos, fui indicado ao pessoal da Comic Store.
Eles adoraram o conceito, mas como a parte técnica do RPG teria de ser trocada para o sistema Opera, resolvemos começar a trabalhar a marca Intempol por outro ângulo. Como Osmarco e Manoel já vinham trabalhando em TLY há meses, achei que seria melhor lançar logo a HQ. Coloquei todos em contato, e em três semanas, o projeto TLY foi finalizado a contento.
Ou seja, inicialmente seria o RPG, mas acabou virando para HQ. Agora, acho que foi para o melhor.
Ainda há o projeto do RPG?
Claro. Ele ainda vai resurgir do limbo. Aguarde...
E o próximo álbum, está previsto para quando?
Bom, o álbum seguinte seria a versão de Um Museu de Velhas Novidades, baseado num conto de minha autoria, mas a Comic Store vetou o traço combinado dos artistas gráficos Bernard e Sandro. Foi uma discussão exaustiva que eu não gostaria de repetir e que resultou no engavetamento do projeto. Você pode dar uma olhada no site para conferir o resultado de algumas páginas e tirar suas próprias conclusões.
No geral, creio que, se houver uma nova HQ pela Comic Store, o mais provável seria Mau Yee, mais uma aventura de Osmarco e Manoel.
Antes dos quadrinhos, já havia sido lançado um livro e um site. O que fica destas experiências?
Não apenas um livro e o site: houve o romance A Revanche da Ampulheta, de Fábio Fernandes, lançado em 2001 pela editora Ano Luz e ganhador do Prêmio Argos de melhor lançamento do gênero, e a Webtira A MortÃfera Maldição da Múmia, que é, segundo o especialista Edgar Franco, a única experiência brasileira em HQs para a Internet que utiliza até o limite a técnica narrativa da "tela infinita", com o leitor seguindo a narrativa ao desenrolar a scroll bar na horizontal ou na vertical.
Porém, a espinha dorsal do projeto são os contos literários, de onde sai material para todas essas outras mÃdias. Enquanto houver autores criativos no time da Intempol, a máquina do tempo continuará funcionando.
Qual a diversidade temática dos contos?
No inÃcio, as histórias eram bastante diferentes, com narrativas em realidades alternativas, outros universos e todas as variáveis possÃveis e imagináveis de deslocamento temporal. Tivemos contos com clima de realidade urbana brasileira, meus preferidos, e cenários hard, mais filosóficos. Depois, por volta de 2002, houve um certo desgaste natural, com uma tendência a se repetir cacoetes que começaram a me irritar, como os dopplegangers (duplos), os encontros com versões alternativas ou a redenção de amores perdidos. Tudo isso era muito clichê e fui forçado a dar uma chamada sutil nos autores, pedindo um pouquinho mais de variedade.
Agora temos sangue novo e percebo um fôlego diferente nos contos presentes no site, com um teor mais engraçado, mais solto, o que é bom.
E quais os temas e personagens mais recorrentes?
Os personagens preferidos do pessoal, que acabaram se tornando emblemáticos da série, são os agentes Macedo e Sobrinho, criados por Jorge Nunes no conto O Furacão Marylin, publicado na antologia Intempol, em 2000. Os dois são palhaços, burros, totalmente errados e acabaram por dar o "tom" das duplas "padrão" de agentes da Intempol, além de serem personagens com os quais todo mundo gosta de brincar. Já perdi a conta de quantas vezes os dois já morreram e foram ressuscitados.
Quanto aos temas, bom, já falei acima que não gosto muito dessa obsessão por dopplegangers, mas eles são mesmo recorrentes. Ô, praga difÃcil de erradicar!
Qual a próxima mÃdia a ser atacada pelos agentes temporais?
Mas rapaz, são tantas opções... acabamos de ser classificados e aprovados pelo site JogosBr como uma das melhores propostas para games interativos do ano. Como ali existe apoio do MinC, vamos ver se começamos finalmente a estruturar o IntemGame. Além disso, fala-se em animações baseadas em TLY.
Como você vê a dimensão da ficção cientÃfica no paÃs?
Aà é que está. Existem dois pontos de vista: o pessoal mais pessimista, que julga que estamos vivenciando uma época medÃocre porque nos afastamos de nossas raÃzes supostamente "sérias", quando a FC brasileira produzida por Jerônimo Monteiro e pelo editor Gumercindo Rocha Dórea tinha um tipo de "obrigação social", um ethos direcionado e comprometido com uma determinada ética, e o povo mais recente, que desconhece muito do que já foi feito no gênero dentro do Brasil, mas que é antenado com a produção contemporânea internacional, todos os novos subgêneros, que enxerga a FC não como um gueto, mas como uma parte de um todo maior, multimidiático, que engloba a televisão, o cinema e, principalmente, os games.
O primeiro grupo acusa o segundo de falta de qualidade literária, o que é verdade em muitos casos, e o segundo grupo acredita que o primeiro usa antolhos, é pouco afeito a mudanças e, de maneira paradoxal, é conservador dentro de um gênero que deveria primar pela busca incessante do novo.
Ou seja, temos uma crescente onda de sites na internet voltados à FC, com gente escrevendo aos montes (e muitas vezes mal), coabitado com fanzines xerocados de distribuição precária, mas com pretensões literárias.
O ponto final é que, como diz meu amigo Jorge Nunes, evoluir é inevitável e, daqui a pouco, o pessoal que escreve mal vai se desenvolver e chegar a um patamar digno. Já os que optarem por formatos e públicos reduzidos, bom, logo compartilhará o destino dos dinossauros. Mas sempre há um terceiro caminho: se os novos se dispuserem a ouvir os mais antigos e esses resolverem descer da torre de marfim, talvez a história tenha um final feliz.
No ambiente da Intempol temos gente mais experiente, como Gerson Lodi-Ribeiro e Carlos Orsi Martinho, lado a lado com talentosos estreantes como Alexandre Mandarino e Ernesto Nakamura. Todo mundo respeita a todo mundo, eis a regra básica.
Em abril, saiu uma grande matéria especial no caderno Prosa e Verso, do Globo, acerca de ficção cientÃfica na literatura. Mas me pareceu que os nomes ouvidos foram os de sempre e as opiniões, também as de sempre, sobre o fato da FC brasileira ser um gueto e não um nicho. Você leu a matéria? Qual a sua opinião sobre isso?
Eu li e tive a mesma impressão que você. Conheço a jornalista que capitaneou a matéria, a Rachel Bertol, mas ela parece que optou por contactar apenas aquele grupo que acredita que estamos num tipo de "Idade das Trevas". Isso, inclusive, é confortável para o mainstream literário porque o desobriga de pesquisar. As grandes editoras podem continuar fingindo que não existe um movimento intenso de FC brasileira, já que um ou dois "luminares" repetem exaustivamente que são as exceções à regra, os oásis no deserto. O Jorge Luis Calife acredita sinceramente que é, senão o único, o mais importante de dois ou três autores que compõem o gênero n paÃs. É um direito dele, claro, mas até quando vamos reler aquele papo dele ter sido o "brasileiro que inspirou o 2010 do Clarke"? É só por causa disso que ele é importante? Nunca se fala sobre a relevância da obra dele como um todo. Por que será? No entanto, criadores como Gérson Lodi-Ribeiro, já publicados e premiados em Portugal (e que está capitaneando um mega-projeto de game de FC hard, o TaikoDom), Fábio Fernandes, que tem uma extensa carreira jornalÃstica e até no teatro, Max Mallmann, um dos raros que é publicado por uma grande, a Rocco, e concorreu ao Jabuti, ou Ivanir Callado, que dispensa comentários, podem até ser eventualmente citados nessas matérias, mas sequer são contactados.
Nem prcisaria ir muito longe. O Bráulio Tavares, que é uma figura relativamente fácil de se encontrar, não estava lá. Ou André Carneiro, que tem muito mais qualidade literária e crÃtica que qualquer um dos entrevistados na matéria, sem falar no tempo de estrada. E o Mallmann nunca, que eu saiba, foi convidado a dar um testemunho sobre a situação do gênero no Brasil.
Quais as suas referências? Você possui referenciai brasileiros?
Tenho quatro referências básicas e outras tantas a posteriori:
1) Monteiro Lobato;
2) Poe;
3) Ray Bradbury e
4) Stephen King.
Mas esses foram autores de infância e adolescência. Hoje busco textos de Borges, Eco, Saramago, tramas de Robert Charles Wilson, China Miéville e Robert J. Sawyer, Philip José Farmer, e leio muita teoria, principalmente Fredric Jameson, David Harvey e Mikhail Bakhtin. Claro que tenho sempre tempo para os clásicos e há meses me encantei com Flaubert.
Dentro do gênero, meus autores de FCB preferidos (e referentes) são Fábio Fernandes, Bráulio Tavares, Max Mallmann, Ivanir Callado, Carlos Orsi e Gérson Lodi. De Portugal, fecho com João Barreiros, Luis Filipe Silva e Jorge Candeias, que até já escreveu um conto inédito para a Intempol. Ainda não li nada do decano da FC lusa, António de Macedo, mas pretendo corrigir a falta.
Por que o Intempol é um projeto aberto? Pois é raro um criador abrir mão do desenvolvimento uno de personagens no paÃs.
Pois é, né? Eu não acredito nessa conversa de bloco do eu sozinho. Gosto muito de ver resultados imprevistos oriundos de conceitos formulados originalmente por outra pessoa. Sempre quis fazer algo assim na vida, desde a Escola de Belas Artes e de meu passado roquenrôu (nada mais "projeto aberto" que o processo de criação e composição em uma banda). As coisas nunca funcionavam porque os egos entravam em confronto logo de saÃda. Com a Intempol não é assim, dá pra todo mundo conviver numa boa, respeitando as individualidades. É a Távola Redonda, a Liga da Justiça . ;-)
Como participar do Intempol?
Entre em contato comigo, apresente um conto, um projeto. Se for legal, a gente conversa. Fácil assim.
Delfin, muito boa a entrevista com o Octavio! A Intempol estava merecendo ser citada por aqui (na verdade, eu até pensei em entrevistá-lo há algum tempo, mas como faço parte do Projeto achei que seria cabotino da minha parte).
Fábio Fernandes · São Paulo, SP 2/11/2006 23:34Viva a FC nacional! Em breve, "Piritas Siderais" e "Borba na Infolândia" sob CC! Por falar nisso, fiquei conhecendo um sujeito bem interessante durante o Invisibilidade (http://www.itaucultural.org.br/index.cfm?cd_pagina=2132&cd_materia=2007). É o Alfredo Suppia, de Campinas, que está levantando dados sobre os filmes brasileiros de FC. Ele também merece ser entrevistado.
Kuja · São Paulo, SP 3/11/2006 19:29
txê Delfin, que bacana!
recentemente, estou colocando em prática uma produção mais ficcional (longe da musical e far far away do jornalÃstica) justamente englobando temas de fantasia, terror, fábulas, mitos e ficção cientÃfica. ótimo saber que tem tanta gente trampando com isso no Brasil e no exterior em tantos formatos e mÃdias.
este artigo abre um leque de referências de escritores e artistas que trabalham no gênero. uma ótima rede de contatos.
qual é o site do projeto Intempol?
baita abraço, dMart.
É o http://www.intempol.com.br.
Delfin · São Paulo, SP 3/11/2006 20:20Sensacional essa entrevista e toda a discussão acerca da falta de atenção do mercado editorial brasileiro com relação à ficção cientÃfica. Sem dúvida um campo com muito a ser explorado aqui em terras tupiniquins. Aliás o que não falta aqui no Brasil é campo intelectual e literário a ser desenvolvido. O que costuma acontecer é o empresário do ramo investir mais em coisas com retorno certo. Esse problema também ocorre com os quadrinhos, mercado este onde predominam ótimos tÃtulos, porém a esmagadora maioria estrangeiros.
Carlos Hollanda · Rio de Janeiro, RJ 4/11/2006 18:38
Não li o livro, mas o filme 2010 foi totalmente dispensável. Mas o pior é que se ele apenas deu a idéia, por que celebra tanto isso? Se ao menos ele tivesse co-escrito a continuação...
A Graphic Novel TLY é muito boa, espero que saiam mais hqs da Intempol o mais rápido possÃvel! :-)
Lupo, também não gostei do filme 2010, embora o livro seja melhor - e, naquela época, fosse realmente uma continuação esperada e bem-vinda.
Quanto à idéia do Calife, não sei se vocÊ sabe, mas ele escreveu de fato um conto, que na época foi publicado num encarte da revista Manchete - e várias das coisas que ele escreve no conto foram inteiramente chupadas pelo Clarke. Claro que era uma coisa que o próprio Calife incentivou, sem cobrar seus direitos autorais, o que é chato, mas enfim, foi por vontade própria dele...
Oi, Fábio!
Não sabia desse conto não... Bem, então retiro essa crÃtica injusta de minha parte ao Calife!
Feliz Natal, mano
http://jjleandro.blog.terra.com.br/
http:fotolog.terra.com.br/jjleandro60
Só quero deixar aqui registrado o nome do melhor autor e quem influencio o cinema e toda a sci fi no mundo que é Philip K. Dick.
conheçam que é apaixonante toda a idéia de Matrix já era um conceito dele e provavelemnte não foi lhe creditado, mas blade runner, e diversos outros são explicitamente creditados a ele.
Quanto a blade runner é muito interessante pois o filme ficou otimo , as duas trilhas sonoras também, na epoca Vangelis não pode gravar e quando houve o "directors cut" ele regravou, e o livro, ah o livro "Do Androids Dream of Electric Sheep?" é genial:
http://www.philipkdick.com/works_novels_androids.html
publiquei um pequeno texto sobre ficção cientÃfica aqui no overmundo e fiz o link para a sua ótima entrevista.
parabéns e um grande abraço.
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