Um petrificado
Nasci no berço da capital paulistana, bem no centro expandido da cidade. E sempre convivi por estas regiões. Estudei e, por algumas vezes, presenciei diversas manifestações culturais, de vários grupos de cidadãos radicados nesta metrópole. São Paulo decerto é um mundo. Porém, sempre quis também conhecer outras culturas aqui no Brasil, onde a diversidade cultural e sócio-cultural é muito diversificada.
Ao longo dos anos (mesmo ainda sendo muito novo) fui recebendo várias representações do que é cultura e, por este contexto acabou crescendo o meu interesse de conhecer melhor o paÃs onde vivo - da sua população a sua tradição, e sua vasta e produtiva terra. Foi sob essa percepção que seguiu o meu olhar e, destaco este texto sobre a primeira vez que estive no Nordeste, mais precisamente no estado de Pernambuco.
Os primeiros olhares
Tudo que tinha visto sobre o estado de Pernambuco foi pela televisão o resto eram: filmes, documentários e reportagens, além de fotos e escritos dos amigos. Minha chegada em Recife foi aplicada a um luxo irretocável - o Aeroporto Internacional Gilberto Freyre - extremamente bonito.
“Este aqui é R$ 2,60, pois vai do centro de Recife até o caboâ€, comentava minha amiga na catraca do ônibus, que passava pelo Aeroporto. Lá é realmente tudo muito diferente. Pra começar eram cinco preços da passagem de ônibus (que só depois fui entender o porquê). Nunca fui muito de marcar distâncias pois, em São Paulo, o que manda é o trânsito e não a distância. Tudo funciona na perspectiva do emaranhado de carros e ônibus. E, logo de inÃcio, percebi que velocidade é com os motoristas pernambucanos.
Para chegar do Aeroporto a Cabo de Santo Agostinho o trajeto era longo e antes passava também pela cidade de Jaboatão dos Guararapes. Tive a oportunidade de ver bastante coisa que estava inserida naquele caminho (e por muitas vezes, sem saber, iria atravessar a cidade para realizar minhas pesquisas). No percurso não encontrei prédios e os meus olhos logo estranharam. Casas de cores bem diferentes de ambos os lados, com telhados grudados e suas formas inacabadas - arquitetura, (digo). O colorido das casas de alguma forma fascinava.
A cada quilômetro distante do Aeroporto percebia uma carência estrutural e ao mesmo momento encontrava no olhar várias empresas de porte nacional, já instaladas ou instalando-se na região. A BR com pouca sinalização demonstrava o abandono e descaso do governo estadual. Sinalização precária. Mesmo com o avanço da industrialização na região trazendo mais empregos e renda para as famÃlias a estrada trazia pra mim suspiro e receio.
Pouco a pouco fui envolvido pelo cheiro do milho (com gratidão). Assisti pela janela do ônibus: canaviais, montanhas e pequenos vilarejos espalhados entre estrada e a linha do trem. Uma igrejinha do século XVII (só à frente dela) chamou bastante minha atenção, linda! Todo o percurso foi assim, de certo sentido, inigualável, e se envolveria mais tarde em meu sentimento - uma saudade eterna.
A bela e a fera. Entre belezas, igrejas e o descaso.
Primeiro tenho uma obrigação de ressuscitar por aqui o descaso que penso ter sido culpa de governos corruptos que passaram pela pequena cidade. Na questão de moradia, emprego, e saneamento básico, que por sinal é o básico para um cidadão que paga seus impostos. Muita obra ainda está por fazer (lá não é diferente de muitos lugares neste PaÃs de contrastes). A prefeitura esboça reação colocando inúmeras placas onde contenham um monte de terra (este ano tem eleição).
A cidade do Cabo como chamam os Pernambucanos é uma cidade dormitório, Jaboatão também não é diferente. Cabo do Santo Agostinho é daquelas cidades escolhidas para ficar eternizadas na imagem de qualquer turista pela sua beleza natural. Suas praias e o Engenho de Massangana pra mim foram o alto de um sentimento.
Passei pela cidade de Recife várias vezes, graças a um novo-velho-amigo, mas poucas pra parar e observá-la. Minha feição foi daquelas de uma primeira impressão. Espero poder contorná-la e conhecê-la melhor um dia.
Fui ao centro do Recife antigo e ao centro comercial. O primeiro é intocável, magnÃfico e encanta, mesmo pelos pesares. Suas esquinas são admiráveis: igrejas, casarões, música em todo canto. Foi por ai que me empolguei. Na primeira curva, fascinação. “Noite de sexta-feira é assim por aqui, principalmente em época de carnaval (...) todos dançam, cantam e se divertemâ€, comentava um Recifense o campeonato de Frevo.
O centro comercial, caso eu pudesse, seria melhor esquecer. Pois não há diferença com São Paulo, aliás, acredito que todo lugar do Brasil deva ser assim - correria, sujeira, descaso. Pode ser que as obras depois falem por si, mas o lixo que observei, em ruas, calçadas e a forma de trabalho informal acabaram por hipnotizar.
O dormitório
Minha estadia foi próximo do litoral sul e não sabia o quanto isso iria ser bom, pois meus primeiros dias foram de árduo trabalho e estudo, muito caminho iria percorrer e poderia ter uma visão mais ampla da cidade por destino do percurso.
A Fundação Joaquim Nabuco, meu primeiro destino, fica no bairro de Casa Forte e o centro de documentação da Fundaj, em Apipucos, onde, por sinal, iniciaria as pesquisas. O local era longe do meu dormitório, minhas tarefas seriam de extrema exigência fÃsica. Porém, depois dos desgastes previstos na primeira semana fui aventurar-me e conhecer o litoral que tantos comentavam.
Praias como: Gaibu, Suape, em Cabo do Santo Agostinho e Muro Alto e Porto de Galinhas, as duas últimas no municÃpio de Ipojuca. A areia das praias é um caso a parte que nem adjetivo teria para contemplá-las. Todas com sua beleza Ãmpar. Beleza essa que eu anteriormente na vida teria cruzado no municÃpio de Ilha Bela em São Paulo. Meus dias foram assim, meio estabanados pela grandeza de tanta beleza que existe no litoral do Estado de Pernambuco.
O Engenho de Massangana, localizado na cidade do Cabo, outro ponto de pesquisa do documentário que estou produzindo, é imprescindÃvel para qualquer turista. A vista é perfeita - montanhas, coqueiros, pés de mangas e árvores, muitas delas até perder de vista. A história contida dentro daquele recinto faz parte do inÃcio do pensamento abolicionista e foi onde Joaquim Nabuco, grande intelectual do século XIX, e um dos lideres abolicionistas viveu até seus 8 anos de vida.
Entre a noite e a história
Estava eu, para desvendar a noite pernambucana...
Primeiro passo foi em Recife, onde anteriormente citei. O segundo passo foi nas ruas de Olinda, recheada de casarões antigos e palco da nossa história. Conheci Olinda apenas durante as horas da noite e tive uma guia ilustre. A cidade tem ares de interior, mas quando chega próximo ao carnaval tudo vira festa. Sua arquitetura é esplendida. É história dentro da história, não há como negar que ali você sente-se envolvido pelo Brasil imperial. Tudo envolta lembra este pensamento.
O clima é maravilhoso, pessoas alegres, bares e ruas cheio de gente, todos de bem com a vida. As ruas estreitas têm um charme todo especial. A cada instante eu corria o risco de ser atropelado, pois o visual era tão estonteante que sempre acabava me perdendo entre calçada e rua. O preço é acessÃvel e deu para aproveitar. Minhas impressões de Olinda se dão apenas neste aspecto, entre a noite e a história, realmente uma pena não ver seu dia. Passei apenas duas noites por lá, mas foi o bastante para sentir que naquela cidade respira-se mais que cultura, respira-se alegria e vida.
Sempre faltará algo para contar...
Não há como negar. É um fato consolidado. Resolvi ir para o estado de Pernambuco pela sua grandiosa diversidade cultural, foi isso que me atraiu. Aos poucos fui delimitando o tema de minha pesquisa e neste contexto meio embaraçoso fui desbravar dentro da minha necessidade o estado que tenho grande admiração. Para conhecer pelo menos o básico de uma capital que respira cultura e pra mim é um berço-celeiro de autenticidade no Brasil, teria de ficar pelo menos uma vida toda, de degustação e prazer. Minha admiração e encantamento sobre as cidades que passei em Pernambuco são de um primeiro olhar; virgem, lÃmpido e aventurado - em poder desfrutar de tudo ao mesmo tempo - ás vezes fruto da empolgação.
Os excessos sempre me rondaram na vida, inegavelmente.
Foi assim, portanto sob o visual da minha percepção, deslumbramento e aprimoramento para enfim, aprender com a população local que me fez respirar o espÃrito brasileiro, de desfrutar o meu maior aprendizado – o respeito à diversidade cultural.
excelente texto!!!!
Meus Parabéns, Higor.
conseguiu captar( e traduzir ) o fluir da cidade em pouco tempo de estadia. Me senti num trem, atravessando as paisagens "urbanas" recifenses.
grande abraço,
LINDO!
Eu sei que sou suspeita para falar, rsrsrs
Tá falando da minha cidade,
e nós somos bem bairristas...
regionalistas, seria o termo mais correto...
No que concerne ao sentimento de pernambucanidade
enraizado no coração...
Isso não significa que não tenhamos olhos
para o resto do mundo.
A Frase célebre - para nós, pernambucanos - do CÃcero Dias - artista plástico daqui da terinha - "Eu vi o Mundo, e ele começava no Recife".
Fiquei com muitas saudades do engenho Massangana, as fotos , o texto - principalmente - está tudo muito jornalÃsticamente lindo e emocionante.
Beijo grande, obrigada pela parte em que me tocas - meus calcanhares estavam tão lisinhos... rsrsrs
Depois eu volto, com o Marcos - Oi Marcos, tudo bem contigo? -
para o voto, os aplausos você os tem agora.
Maravilhoso,
tenho muito respeito pela cultura pernambucana e adoro de coração Recife e Olinda.
Para você ter uma idéia da minha relação cósmica com esta região, a minha mulher, com quem sou casado há nove anos, conheci em pleno carnaval de Olinda de 1996 e olhe que ela é natalense.
Teu texto me fez recordar muita coisa boa.
Está bem escrito e interessante.
Um abraço.
Rostand
Higor!
que bacana!!!
tá muito bom seu texto. parabéns!
bj
Querido Higor:
Seu postado é exemplar quando se pensa num site colaborativo: dois cicerones da mais alta qualidade, uma fotógrafa de respeito e (pelo menos) um revisor, que, além de chato, é preguiçoso.
beijos e abraços
do Joca Oeiras, o anjo andarilho
Que beleza e que bela parceria!
Não conheço Pernambuco, mas suas belezas há muito povoam meu imaginário. Quando vejo fotos como essas da minha amiga Cris, é como se relembrasse momentos vividos. O Marcão aà já disse tudo, ele que é de lá: "Me senti num trem, atravessando as paisagens "urbanas" recifenses." Se ele que é de lá, sentiu-se assim, só posso concordar.
Higor e Cris, realmente o Joca tem razão: exercitaram a proposta do Overmundo, um sÃtio colaborativo. Iniciativas tais deveriam servir de exemplo para outros participantes dessa grande revista eletrônica.
Ah! Ia esquecendo: estavas em ótima companhia, hein, Higor?! Invejo-te!!
abcs
Higor seu cabra da peste!
Sua matéria está uma peste danada de boa!!! Um espetáculo! Um show!
Eu que só conheço o estado de Pernambuco de passagem, Recife de aereoporto e rodoviária, nenhuma de suas praias, e Olinda só de sonhos... estou deveras encantada e tentada a conhecer estes encantos aqui descritos.
Pasrabéns por esse teu adimirável olhar, que não apenas contemplas o belo, como tb o feio, o descaso e principalmente a falta de uma boa polÃtica para essa Região. Isso é extensivo a todos os estados, infelizmente.
E é isso. Esse é o nosso paÃs, esse é o nosso Brasil! Rico e pobre, bonito e feio, de beleza artificiais, maquiada, mas com muitas belezas nautarais, que encantam. Estou feliz por teu encantamento e pelo teu trabalho que deverá ser tudo de bom.
Agora entendo o teu fascÃnio po Joaquim Nabuco. Prometo que vou parar de implicar, tá? Rsrs.
Mais uma vez, meus parabéns Pestinha. Adimirável texto. E belÃssimas fotos.
Abração do Nordeste para vc!
Higor
Que beleza de texto. Bom de verdade. Nos faz viajar juntos.
Eu que não conheço Pernambuco, fiquei encantada.
Parabéns.
Abraços!
Higor, voltei pra parabenizar também a bela parceria. A participação da Apple foi de fundamental importância. Os resultados estão ai: BELÃSSIMAS fotos.
bjs aos dois.
Estourou no norte. Texto fluido, informativo, delicioso em muitas vezes. Fotos de impacto poético até. Ninguém aqui é bairrista (eu sou piauiense), mas alguns dizem no interior, nas grotas fundas, que os gaúchos apreciam chimarão, churrasco e gostam também muito dos brasileiros (sic). Se não cantarmos nossa terra, não será a sabiá e as palmeiras que o farão por nós, que já fazem as parte delas, critaturas da natureca beleza que nos é reapresentada por vosso postado.
Parabéns!
Higor, com todo esse seu talento documentalista (Ô palavrinha feia ! ) não se importe com verbos e substantivo, vÃrgulas e acentos, uma moça escreveu um artigo pra cá do Canadá sem nem acento, cedilha,porra nenhuma, o que vale é o que se passa no seu coração, meu irmão, algum amigo da gente fica corrigindo nossos"defeitos" ?, fica nada, senão a gente não é mais a gente, é outro !
BelÃssimo trabalho, estás de parabéns assim como a Apple, fotografa de mão cheia.
Um abraço, Alcanu
Olá, Marcos e Dora.
Vocês foram parceiros iniguavaleis e sem vocês muita coisa não teria aprendido e nem conhecido, obrigado!
Rostand, obrigado pela presença, fico muito feliz com teu elogio.
Francinne, valeu nobre amiga.
Joca, obrigado pela força e pela sinceridade, isso lhe faz especial.
JJ, obrigado meu amigo pela presença e fico muito satisfeito que tenhas gostado. Realmente estava em excelente companhia. A Criss é um amor e me ajudou demais, este texto é muito dela também.
Branca, valeu pela pensagem, que bom que gostou e que lhe fiz imaginar muita coisa... Valeu sua peste rs..
Nydia, valeu pelo comentário, que bom que a narrativa esta envolvente isso é sinal que estou aprendendo. Obrigado por sempre passar no cantinhno.
Adroaldo, obrigado pelo incentivo e pela atenção dada ao texto. Fico feliz por ter gostado.
Alcanu, valeu meu amigo pela presença. Obrigado pela força também e pela sua sinceridade postada. A gente vai aprendendo né!? A vida nos ensina e o coração traduz o sentimento.
Ah, também concordo contigo!!!
Querido Higor:
Só faltou revelar o segredo de polichinelo e contar como foi viajar com a meiga (e querida) Criss Apple, o que deixou muito marmanjo, inclusive eu, morrendo de inveja.
beijos e a abraços
do Joca Oeiras, o anjo andarilho
Meu amigo Joca pára com isso. Estar mais perto de Pernambuco não lhe dá dá o direito de dizer essas coisas.
abcs
Beleza, Criss. Infomativo pra daná, Higor. Viajei c'ocêis. Gui lindo de morrer.
(Dora, vá arranjando um cantinho que, desinteressadamente, na maior cara de pau de penetra, vou arranjar um jeito de te ver)
Querido Jotajota:
Não inventei, apenas apimentei.
beijos e abraços
do Joca Oeiras, o anjo andarilho
Olá, Higor. Fascinante o relato de tua viagem a Pernambuco. Apreciei muito. As fotos ficaram muito boas. Agora é esperar pelo documentário. Se precisar de algo no que tange a sua produção conte comigo.
Abraços,
Leandroide.
Maravilha de matéria, parábens Higor e Cris. Um passeio por lugares visitados pelo olhar de Gilberto Freyre. Uma aula de jornalismo!
crispinga · Nova Friburgo, RJ 16/2/2008 22:01
Juliaura, obrigado pela visita e fico lisongeado em saber que gostou da matéria.
Leandróide, obrigado pela força nobre amigo e fico muito contente também em saber que posso contar com tua ajuda. Vamos nos comunicando.
Crispinga, muito obrigado pelo elogio. E minha nobre amiga quem sabe um dia poderei dar aula né rs..
Gostaria de salientar ao amigos, que tudo começou no dia que escrevi Tu não és Desamor.
Foi o encontro do bruto atrofiado, com a malemolência de um povo que sabe viver. "A este novo encontrou dou-me uma nova cor"
Olá Higor!
Muito bom o seu texto. Realmente nos dá uma visão ampla da vida cultural pernambucana. Boa sorte com o documentário.
Parabéns também a Cris pelas fotos. Foi um belo trabalho de ambos.
Um forte abraço.
Se eu escrevesse sobre Recife falaria exatamente isso. É uma cidade maravilhosa, minhas origens estão ali do lado, em Olinda. Você mandou muito bem!!!
Roberto Maxwell · Japão , WW 18/2/2008 04:11
Robert, obrigado pelo elogio e pela força nobre amigo.
Roberto, valeu pela força amigão.
Trabalho brilhante, um paulista em terras do canaviais e suas casinhas multicores...Valeu pra mim e com certeza inesquecÃvel pra você. A visão tua foi perfeita , diversidade cultural...Parabens a Criss-Apple, também, belas imagens.
Cintia Thome · São Paulo, SP 18/2/2008 12:36
È parabéns
moro em São Paulo e achei
seu texto realmente bastante
interessante,fascina, seu relato é uma viagem.
obrigado pela sua visita abraços Dora
Muito Bom!!! Higor,
O texto, o tema, as fotos. E venha mais vezes ao Nordeste.
Abraço,
Higor,
Se não tivesse uma letrinha - eu ia votar no primeiro retrato; mas também se não tivesse nehum retrato eu ia votar no escrito.
Parabéns, e prabéns nas tantas potências,
andre
AMIGO HIGOR / NOVA AMIGA APPLE!
Sem muitos comentários...
As fotos e o texto estão perfeitos.
Saudade! Muita saudade de minha terra!
Parabéns!
Segue uma música:
http://www.overmundo.com.br/banco/caranguejo-da-holanda
Fui...
Lailton Araújo
Cintia, obrigado pela visita. Tenho grande admiração por você e pelos teus textos. Sua presença me deixa muito feliz.
Dora, muito obrigado pela lembrança e fico feliz por ter gostado.
Amigo Zezito. Fico feliz por ter gostado, com certeza irei mais vezes.
Amigo André, você também é uma das pessoas do Overmundo que admiro bastante, fico muito feliz por ter gostado, valeu mesmo!!!
Professor Lainton, muito obrigado pela presença, vou passar lá..
Amigos do Overmundo. Agradeço todos pela presença e pra mim é um grande presente de aniversário ter o reconhecimento de vocês.
Hoje que é uma data tão especial pra mim 19/02. Valeu pelo presente !!!
O roteiro é agradável Higor. A história bonitinha. Mas faltou, para mim, entender melhor. O que afinal te marcou na cultura do pernambucano? Não me diga, por favor, que é a alegria ou festança, preciso algo menos comum para sorver por teus olhos o que não pude sentir e ver pessoalmente.
Abraços
Olá, Marcos! Obrigado pela visita...
Não procurei algo para marcar minha visita/trabalho/viagem. O que conto no texto e tento descrever da melhor maneira possivel, são as impressões de um paulistano em Pernambuco. Uma pessoa que nunca esteve em um determinado recinto/cidade contando seus olhares sobre o mesmo. Trazer a idéia de um confronto do que vivo em SP com a vida em PE. Foi por ai como conto no Ãnicio.
Quanto à alegria e a festa não fiquei pra saber, pois voltei antes. Uma pena!
Higor, Apple,
Se me permitem vocês e as demais pessoas que aqui já estiveram. Retorno. Voltei para apreciar as fotos novamente, que estava em correria da primeira vez, e deu-me um estalo de saudades de Olinda ( "É história dentro da história") e do momento em que, visitando aÃ, em 1984, tive o exato mesmo impacto sentimental.
À borda da murada da igreja mais ao alto, espichando o corpo no rumo nascente do sol, saber-se-á do que estou falando. Quem estiver por perto, tente: sequer as caravelas ainda apontam no horizonte, são apenas palmeiras, pássaros, o mar e o céu à vista.
Se há silêncio, como havia quando da minha saudosa curta passagem de três dias lá, é, então, como se o mundo original, a natureza em exuberante esplendor se refizesse.
Por óbvio, chegamos lá de avião, a Recife, e de ônibus a Olinda, mas isso é mero detalhe.
Conhecer o Brasil, seus recantos, sua gente, seus nichos preservados de uma história ainda tão presente, quem resistir há de?
Novamente, parabéns a vocês, Higor e Apple, e a vossos guias, nessa data querida também muito tua, que te percebo emocionado e feliz de mais da conta, guri.
Pois é bonitinho, como lhe disse certa vez:...capte tudo com seu Olhar...e assim vc o fez, me sinto feliz e orgulhosa, maravilhoso Doc.,e conte sempre tudo, para um jornalista não existe barreiras, desde, que esse mantenha sempre o Divino Olhar. Parabens!!
LIlly F.
Lindo Higor!
Gosto muito desse seu projeto que confesso que me deu idéias para o meu.
A primeira vez que fui ao nordeste foi um choque cultural tão grande e tão bom, que como uma droga, sinto falta até hoje. Todos aqueles cheiros, cores, formas, frases ficaram marcados em mim. Assim como você, sou uma cria da paulicéia, mas sou brasileira e amo meu paÃs em suas particularidades, defeitos, grandiosidades entre outras coisas; respeito a diversidade cultural e ainda tenho esperanças que as pessoas enxerguem não só como você bem detalhou em seu texto, mas que sintam e façam parte disso.
Higor, meu truta, a possa parada é em Natal, hein?
Recife e Olinda é tudo de bom... o lugar transpira cultura. A única coisa ruim é o cheiro... O "homem-médio" sulista tem um olhar meio de cima em relação ao nordeste; uma pena... não sabem o que está perdendo. Digo isso, pois, apesar de ser nordestino morei em São Paulo por uns 18 anos e sentia isso de certa forma. Tua colaboração marca muito bem a questão da diversidade existente no paÃs. Um abraço.
Amigo Adroaldo. Caso precise ou queira dar uma olhada em algumas fotos, mande-me um e-mail que com maior prazer lhe mostro as tantas outras que a Criss e eu tiramos, um abraço.
Lilly, nobre amiga. Obrigado pela presença, mesmo atarefada deu uma escapa, valeu linda !!!
Lais, obrigado pela presença. Realmente é tudo muito bacana tenho de voltar rs..
Filipe. Então vamos marcar, acredito que em janeiro consigo dar uma escapa e por que não conhecer o nobre amigo pessoalmente, que pra mim seria muito bacana.
Aliás, acredito que seja a pessoa por aqui que mais conhece colaboradores pessoalmente rs...
Olá, pessoal!
No que tange ‘as fotos, agradeço pelos elogios. Gostaria de comentá-las um pouco, no sentido de trazer a minha visão acerca delas. Por agora, iniciarei com Massangana. E, em ocasião futura, retornarei para demais considerações.
A propriedade Massangana (Cabo de Santo Agostinho/PE), juntamente com algumas outras, testemunha o processo de produção de açúcar -baseado em escravidão, latifúndio e monocultura- em solo brasileiro entre os séculos XVI e XIX.
Todavia, Massangana tem a sua principal importância histórica residindo naquilo que lhe é “sui generisâ€, ou seja, sua ligação a Joaquim Nabuco (figura indissociável do movimento
abolicionista).
Outros engenhos vão, cada um por sua vez, destacando-se por um elemento peculiar ou outro.
Por exemplo, sobre Gaipió (Ipojuca/PE), já vale mencionar a imponência de sua casa-grande (“retrato†da riqueza dos senhores de engenho) e sua ligação com a Revolução Praieira.
Assim, sucessivamente, diversas propriedades merecem destaque e cada uma por razões que lhes são próprias.
De qualquer forma, por ocasião dessa viagem, o engenho visitado por mim e por Higor, foi Massangana. Falemos, pois, dele e sobre a motivação da viagem.
Higor está desenvolvendo TCC de Jornalismo e escolheu Joaquim Nabuco, enquanto jornalista, para tema de filmagem. Logo, justificou-se a ida dele até Pernambuco e particularmente até Massangana.
Entrei na história a convite de Higor porque desde 2006 que os trabalhos dele vinham despertando a minha atenção devido ‘a sua qualidade, ao seu caráter humanitário e ‘a sua diversidade temática. DaÃ, em razão disso, acabei me aproximando dele. Então, por volta da metade de 2007, o convite veio e eu, prontamente, aceitei. Seria uma honra e um aprendizado grande poder trabalhar ao lado de quem eu admiro por sua obra e por seu comportamento, ou vê-lo trabalhar, em projeto de tanto interesse para mim e de tanta relevância para ele.
Bem, continuando a abordagem de Massangana, descreveria o lugar, arquitetonicamente, como casa-grande em pavimento único com cômodos dispostos ao redor de um pátio interno. A entrada principal da mesma é voltada para as entradas da senzala (subdividida em cômodos).
Perguntaria a Higor sobre a questão das entradas da senzala estarem frente a frente com a entrada principal da casa-grande. Foi erro de construção da senzala, né?
Prosseguindo... Fazendo uma “montagem imaginária†na primeira foto aqui disposta, é como se a capela viesse no canto inferior esquerdo, com entrada voltada no sentido dos elementos do engenho que aqui figuram (casa-grande e senzala).
Ao que me pareceu, o potencial cultural do lugar não vem sendo devidamente considerado em termos de visitação pública.
Móveis e objetos de época não são destaque em Massangana. Fora isso, a capela não está em boas condições, tendo estrutura interna notavelmente comprometida por trincas.
A propriedade, sob os cuidados da Fundação Joaquim Nabuco, funciona basicamente como centro de estudos.
De qualquer forma, vale a visita; assim como valeria a pena um maior investimento em: divulgação do lugar para visitação em geral e manutenção de elementos tÃpicos de época (em boas condições, obviamente).
Querida Maçã do (meu) amor:
É por estas e muitas outras que eu não me canso de te amar!
beijos e abraços
do Joca Oeiras, o anjo andarilho
Criss, quero-lhe agradecer pelo elogio, incentivo e pela amizade verdadeira que hoje temos. Você é mais que especial é uma amizade que não existe fronteiras de estado, cidade, espÃrito. É daquelas amizades que nçao encontramos mais adjetivos para formar opinião.
Obrigado!
Realmente, massangana é tudo isso é mais um pouco. É um sentimento que surge envolto pela natureza, simples e peculiar. Restaura a vida e traduz um antigo pensamento diante da vida de Nabuco.
Abraços para você Cris..
Que beleza!
Cheguei de PE semana passada, completando minha 10°viajem a este pico, trabalho e vivências...precisa falar mais?!
parabéns
Higor vc tem razão, gostei muito, viajei em cada local da narrativa, belo! Cultura pernambucana e um olhar mais demorado sobre as pequenas grandes coisas: o seu olhar!
beijão amigo
sinvaline
Joca,
A afeição é recÃproca, querido. Obrigada pela presença, meu anjo.
Beijos (de maçã-verde) e abraços (de maçã-do-amor)
...................
Continuando, pessoal...
Vou falar agora, de forma breve, sobre as praias das fotos: Suape e Gaibu.
Embarcações pesqueiras e um porto (onde se destaca a operação da Petrobrás) marcam o cenário de Suape. Os barcos aparecem na imagem aqui veiculada e se a foto pudesse esticada em direção ‘a direita, poderia ser visto o porto bem ao longe.
Na imagem de Gaibu, pode-se ver faixas paralelas ‘a praia. Fiquei pensando: São recifes , né? De qual tipo? Recifes-de-arenito?
Foi aà que eu me atrapalhei toda. Estando no local e sendo pega de surpresa pela situação, não parecia que eu via coral. Não, não. Bem, também não entendo lá grande coisa sobre corais ou sobre ambientes marÃtimos. Fui mais na intuição...
De qualquer forma, tais formações protegem a praia em relação ‘a força do mar, formam piscinas naturais e protegem aos banhistas contra o ataque de animais marÃtimos.
Alguns que publicamos aqui queremos, sim, muito, que nos leiam. Eu desejo isto. Que dizer de quem já publicou impresso, em tempos tantos idos ou mesmo atuais. Atendi a um convite para apresentar a Overmundo e ao mundo uma biblioteca popular comunitária. Fi-lo com a que um povo lindão mantém na Lomba do Pinheiro, a leste de minha cidade, já com 30 mil volumes e visitação crescente de associados. Convido-vos a visitá-la.
Grato.
Mais comentários...
Sobre o aeroporto:
Quando cheguei, achei bonito. Só que quase morri congelada lá (devido ao ar condicionado, ao frio natural da madrugada e talvez ao local especÃfico em que fiquei esperando) enquanto aguardava a amiga de Higor ir me buscar.
Na volta, andei um pouco pelas lojas enquanto aguardava pelo embarque. Gostei muito de algumas.
Comprei camisetas lindas que lembram o lugar. Sempre aprecio fazer isso porque passo o tempo, porque não é tão caro, porque é legal ter essa recordação e porque adianto o meu lado nas compras de roupas para o dia-a-dia.
Resolvi também experimentar produtos alimentÃcios de uma loja que me despertou a atenção. Comi bolo de rolo e bolo de noiva. O primeiro contém goiabada e lembra rocambole. O segundo contém passas, ameixa e vinho.
Depois, embarquei e comi aquele lanche “maravilhoso†do avião, né? Cusp...
Antes de embarcar, entretanto, ainda pude comprar dois livros sobre temas relacionados ao lugar: descrição de Recife e Ariano Suassuna.
Vi ainda cabides que despertaram a minha atenção. Eram desse tipo que se coloca atrás de porta, por exemplo. E eram artÃsticos. Lembro de um com ganchos que saiam do corpo de um peixe. Foi pena que a loja estava fechada e que, assim, só pude apreciar pela vitrine.
Sobre o ônibus:
Achei ruim ter tabela com tantos preços afixados no interior dos ônibus sendo que a informação de principal interesse não ficava clara. Quanto se deveria pagar no caso do ônibus que se tomou? Eu não queria saber todos os possÃveis preços. Queria algo mais objetivo para o meu caso.
Considero também que o preço da tarifa do ônibus que se vai embarcar deve ser afixado pelo lado de fora, mediante uso de adesivo. Assim, a pessoa já embarca sabendo o quanto deverá pagar. Isso é preferÃvel porque, por incrÃvel que pareça, há pessoas que não têm condições para tanto ou que não sabem se têm condições. Assim, evita-se constrangimento.
Em certa ocasião, o troco não me foi fornecido corretamente. Fiquei sem saber se isso foi erro ou se é assim mesmo, se ficam devendo 5-10 centavos quando não têm troco. É uma incorreção não fornecer o troco integralmente porque o usuário não tem nada a ver com problema de troco da companhia de ônibus. Se não podem fornecer o troco de forma correta que forneçam a mais, é claro. Será que não existe legislação nacional sobre o tema?
Sobre a amiga de Higor (que agora também é minha amiga):
Super legal! Uma pessoa que fez de tudo para nos receber bem. Tenho saudades dela.
Uma passagem interessante que lembro é de uma ocasião em que caiu uma chuva. DaÃ, nós duas dividimos uma sombrinha. Estávamos naquele clima de Massangana e ela virou para mim fazendo graça. Disse que estávamos parecendo uma sinhá e uma mucama daqueles tempos antigos, andando de braços dados sobre uma única sombrinha.
Sobre Higor:
Também fico até sem palavras para dizer. Uma pessoa especial para mim, com certeza. Alguém com quem aprendi; alguém com quem posso contar em momentos de aperto; alguém que é meu amigo independentemente de opiniões, de ações ou de estado de espÃrito. Alguém incomparável, eu diria.
Higor.
É belo. Sobre o que é tua pesquisa?
Beijo grande.
Higor,
Estou com tanta saudade da nossa amiga do Cabo de Santo Agostinho. Você nem faz idéia do quanto eu lembro dela.
Poxa! Se eu morasse em PE, iria direto à casa dela.
Ela me ligou hoje. Só que o assunto era demais e tivemos que acabar desligando após conversarmos por uma meia hora. Snif...
Domingo, falaremos de novo...se Deus quiser.
Dificilmente, gosto de uma pessoa igual eu gostei dela. Não sei. A coisa bateu. E olha que a amiga era sua, mas agora eu "confisquei" para mim.
Rsrsrs... Mentira! Ela é sua amiga também, é claro. : )
Deve ter sido a boa recepção, a preocupação, a simplicidade, a simpatia, a alegria, a sinceridade. Daà que gostei...
Vou voltar lá para conhecer mais e também pelas saudades. Isso vai ser o mais tardar no próximo ano.
Beijos
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