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Cultura de todo o Brasil na internet
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Excelelente, Marcelo! Gosto muito desse livro do Murch e concordo com a teoria (dele e sua) de que o que mais importa na edição de um filme é a emoção. Acho essa idéia muito bonita. Abraços!
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Comentário postado por Thiago Camelo
2007-5-15T18:46:28Z
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Muito bom Marcelo. Ãtima filosofia a do Murch mesmo. Você deve ser um bom editor.
http://www.overmundo.com.br/revista/a-procura-do-frame-perfeito#c21474
Comentário postado por Frederico Moinho
2007-5-15T19:01:59Z
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Thiago, num trecho famosÃssimo do "Pierrot Le Fou", do Godard, o Samuel Fuller define o cinema justamente com esta palavra: "emoção". <br />
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Frederico, não sei se sou bom montador (eu prefiro esta palavra a "editor"), mas te asseguro de que gosto bastante da atividade _só que a minha especialidade mesmo, na área de cinema, é roteiro.
http://www.overmundo.com.br/revista/a-procura-do-frame-perfeito#c21477
Comentário postado por Marcelo V.
2007-5-15T19:11:48Z
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Marcelo, viajei muito nesse seu texto. Não tenho intimidade com a produção cinematográfica e confesso que fico muito assustada quando vejo centenas de nomes nos créditos de um filme, mesmo sendo um curta. à gente demais fazendo opções, tirando gordura e moldando a cara de uma obra (ou de um monstro rs) só. Mas a minha viagem foi mais no sentido de comparar as opções que você relata com as da escrita jornalÃstica (ou de um livro, ou o que seja). Aliás, o que é a vida além de seguir em frente sempre, mesmo que se tenha que abrir mão de boas passagens e opções. Vida imita arte, vice-versa tb, e com essa me despeço pq tá ficando poético demais pro meu gosto.
http://www.overmundo.com.br/revista/a-procura-do-frame-perfeito#c21572
Comentário postado por Helena Aragão
2007-5-16T15:29:51Z
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Helena, entendo perfeitamente. Eu também costumava me impressionar com o número de pessoas trabalhando num filme até que eu mesmo, como diretor (e também como roteirista e montador), tive de chefiar uma equipe de mais de 30 pessoas _administrando, além de toda a complexa concepção artÃstica (e, mesmo que não seja sua especialidade, você tem que falar de artes plásticas de igual para igual com seu diretor de arte, de moda com a figurinista, de música com o compositor etc.), uma série de pepinos logÃsticos, de orçamento e, principalmente, de egos... De longe, foi a coisa mais complexa (dolorosa e insalubre, mas ao mesmo tempo recompensadora) que fiz em toda a minha vida; depois desta experiência, me considero apto a encarar qualquer cargo de gerência em qualquer corporação... Um filme é também um monstro, mesmo, e a gente tem que cavalgá-lo, segurando firme pra não cair.<br />
<br />
Quando eu trabalhava na Folha de S. Paulo, era comum eu ter de fazer duas versões diferentes de minhas reportagens, porque, da edição "nacional" (que fechava mais cedo) para a "São Paulo/DF" (a mais quente e extensa), a diagramação das páginas mudava (por causa dos anúncios, é óbvio _muita gente esquece que quem manda em todo meio de comunicação é o mercado publicitário), e eu tinha que retirar ou acrescentar informações que tinha apurado, ou mesmo providenciar ou retirar uma foto, mudar os tÃtulos... Mesmo sendo algo oposto ao cinema, em termos de transitoriedade (a gente morre e os filmes ficam, enquanto que as matérias estão embrulhando peixes no dia seguinte), era inevitável eu comparar uma versão com a outra e considerar que um dos lados sempre saÃa perdendo.<br />
<br />
Há um livro bem famoso chamado "Vida, o Filme", sobre a influência dos meios de comunicação sobre nós, mas o tÃtulo também deixa espaço para esta sua interpretação: nossas vidas são filmes, e todos nós somos seus diretores, roteiristas, montadores etc. Obrigado pelo comentário, beijos.
http://www.overmundo.com.br/revista/a-procura-do-frame-perfeito#c21576
Comentário postado por Marcelo V.
2007-5-16T16:18:54Z
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Beleza de artigo, Marcelo!<br />
Traga mais!<br />
E aproveitando: gostaria muito de ler algum post aqui no Overmundo sobre o cinema experimental canadense, o National Film Board, Jonas Mekas, etc...
http://www.overmundo.com.br/revista/a-procura-do-frame-perfeito#c21703
Comentário postado por Egeu Laus
2007-5-18T00:26:34Z
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Falando em cinema experimental canadense, há pouco tempo tivemos em São Paulo uma mostra do Guy Maddin... Mas estes temas não fogem um pouco do espectro do Overmundo?
http://www.overmundo.com.br/revista/a-procura-do-frame-perfeito#c21738
Comentário postado por Marcelo V.
2007-5-18T12:17:04Z
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Fala Egeu. Há um tempinho, escrevi um texto que fala, bem rapidamente, um pouco do Jonas Mekas - http://www.overmundo.com.br/overblog/o-filme-e-o-filme-de-joao-moreira-salles<br />
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Na verdade, o mais legal não está nem no texto, mas no link que coloquei sobre o Jonas Mekas lá. Acho-o incrÃvel! Abraços!
http://www.overmundo.com.br/revista/a-procura-do-frame-perfeito#c21743
Comentário postado por Thiago Camelo
2007-5-18T13:11:37Z
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Legal, Marcelo. A diferença de um cargo de gerência da indústria normal pra uma gerência "artÃstica" deve ser o grau de subjetividade de muitas das decisões que se toma na segunda (será que essa frase fez sentido? :)<br />
Ã, Egeu, conta aà o que você pensou em relação à cultura brasileira? Será que há alguma relação possÃvel? Abraços!
http://www.overmundo.com.br/revista/a-procura-do-frame-perfeito#c21745
Comentário postado por Helena Aragão
2007-5-18T13:19:50Z
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Thiago, o seu texto respondeu à minha maior dúvida em relação ao filme do Salles, valeu.<br />
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Helena, acho todo processo muito dinâmico (ainda bem), e a subjetividade, constante. Como cineasta, eu trabalho muito com planejamento, à Hitchcock: faço um roteiro rigoroso, depois uma decupagem idem, desenho story-board, discuto conceitos em todas as áreas de procução etc.; já nestes filmes do Vebis (são dois, o primeiro se chama "Das Faces e Sombras" _óbvia homenagem a John Cassavetes_, e o segundo é este "Nas Duas Almas") eu tive de lidar com um sistema muito mais caótico, e felizmente o diretor me deu liberdade para criar (eu costumo montar os filmes que dirijo porque na verdade a montagem já fica definida na decupagem, então não vejo muita necessidade de um montador _embora fosse muito interessante eu dar um material bruto para outro e ver o que sai dali). Para você ter uma idéia, em meu filme mais recente ("A Volta do Regresso", estrelado por Gustavo Engracia, Carlo Mossy, Ãnio Gonçalves e Kate Hansen), a diferença de tempo entre a minutagem que eu havia feito ainda na fase de roteiro e o primeiro corte era de impressionantes 5 segundos... Até eu fiquei besta com a minha precisão _coisa de virginiano obcecado por métodos e organização.
http://www.overmundo.com.br/revista/a-procura-do-frame-perfeito#c21747
Comentário postado por Marcelo V.
2007-5-18T13:42:13Z
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Opa gente... vou chegar chegando (leigo que sou em cinema e sua produção) só pra dizer que a matéria está fantástica! Parabéns Marcelo! Traga mais disso para nós, meu caro cara!<br />
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Uma coisa que me chamou a atenção foi ver na escrita do Marcelo (e com que alegria, se não com alguma estranheza do tipo "ver-se inesperadamente no espelho") a mesma mania de parênteses e hifens e outras multinivelações nas frases. Foi gostoso mesmo, cara! Gosto disso.<br />
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Abraços do Verde.
http://www.overmundo.com.br/revista/a-procura-do-frame-perfeito#c21799
Comentário postado por Daniel Duende
2007-5-18T22:56:57Z
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Daniel, eu tenho mesmo esta mania de usar muitos parênteses e travessões etc. _e não é todo mundo que gosta... Acho que, enquanto vou escrevendo, preciso ao mesmo tempo comentar o que estou escrevendo, ramificar as informações em vários galhos (ou nÃveis, como você falou) etc. Um assunto leva a outro, que leva a outro que leva a outro... Acho que é uma estrutura que funciona inclusive no cinema. Valeu, abraços!
http://www.overmundo.com.br/revista/a-procura-do-frame-perfeito#c21808
Comentário postado por Marcelo V.
2007-5-19T01:21:02Z
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Ã... eu penso igualzinho. Não apenas tenho que comentar o que estou escrevendo (e resisto, por vezes, à tentação de abrir um parêntese dentro do parêntese e comentar o comentário (como agora), pq isso já seria um pouco demais), como há sempre muitos nÃveis em todo discurso (e eu gosto de cobrir todos eles). à mania também de hiperlinkagem, metalinguagem e "tagarelagem", heheheeh :D<br />
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abraços do verde.
http://www.overmundo.com.br/revista/a-procura-do-frame-perfeito#c21809
Comentário postado por Daniel Duende
2007-5-19T01:30:13Z
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Marcelo, soh de ter um texto sobre cinema que nao eh uma "critica" de filme, ja valeu a pena. Excelente a visao do montador sobre o processo de construcao da obra. Eu trabalhei pela primeira vez como editor de uma obra minha aqui no Japao e, apesar do respeito e admiracao que tenho por todos os editores/montadores que trabalhei, decidi nao abrir mao do processo de montagem nunca mais (isso eh relativo), de tao valioso que eu descobri que ele eh na existencia do filme. Alem de ser um trabalho criativo delicioso de fazer.
http://www.overmundo.com.br/revista/a-procura-do-frame-perfeito#c21835
Comentário postado por Roberto Maxwell
2007-5-19T14:42:38Z
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Mr. Valletta, ótimo texto, como de habitual. Mas espero que você ainda redija um artigo explorando suas experiências na Folha. Por exemplo, esse mote que você jogou en passant nos comentários, a respeito da necessidade de redigir duas versões de suas matérias, uma resumida e outra com os extras do DVD.
http://www.overmundo.com.br/revista/a-procura-do-frame-perfeito#c21836
Comentário postado por Alexandre Inagaki
2007-5-19T14:51:38Z
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Roberto, eu só escrevo crÃticas de filmes se for pago para tal (não é uma postura antipática, apenas profissional). Escrever em blogs (o meu "de cinema" completou 5 anos no mês passado) é de uma natureza totalmente diferente; se por um acaso eu virasse um "problogger" (algo que só aconteceria realmente por acaso, penso), não tenho dúvidas de que o estilo dos meus textos mudaria totalmente (particularmente, acho que melhoraria muitÃssimo, mas muitos certamente iriam sentir falta de um maior descompromisso).<br />
Sobre a questão diretor-montador, falei um pouco sobre isto na minha segunda resposta à Helena.<br />
<br />
Inagaki, sobre o assunto pedido dá para escrever um livro; apesar de ser um perÃodo curto de minha vida (três anos e meio), foi intenso (embora não seja meu preferido nem o que eu considere o mais importante). Mas quando algo me inspirar uma reflexão sobre o jornalismo, prometo rascunhar algo. Abraços!
http://www.overmundo.com.br/revista/a-procura-do-frame-perfeito#c21838
Comentário postado por Marcelo V.
2007-5-19T16:00:23Z
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Dei boas risadas agora com essa conversa sobre travessões, parênteses e parênteses dentro dos parênteses! Confesso que também tenho uma atração quase irresistÃvel por eles - apesar de bons jornalistas que conheço dizerem que são recursos bem problemáticos, então tento me policiar (mas vÃcio é vÃcio). Aliás, se você for escrever o texto sobre a experiência na Folha, podia ter um trecho sobre isso, pq lá eles deviam arrancar sem perdão qquer coisa desse tipo na edição, não?<br />
Maxwell, imagino total essa coisa de não querer deixar a montagem na mão de outra pessoa. à etapa tão importante! Como é que pode, tem que ser uma relação de confiança daquelas.
http://www.overmundo.com.br/revista/a-procura-do-frame-perfeito#c21857
Comentário postado por Helena Aragão
2007-5-19T21:01:12Z
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Helena, nunca tive censura a parênteses ou travessões na Folha _pelo contrário, eles estão previstos no Manual da Redação (mas é claro que eu os usava com parcimônia, o texto jornalÃstico não tem nada a ver com os que escrevo na internet, a clareza vem em primeiro lugar); o texto só era mexido mesmo (invariavelmente para pior) por questões de espaço. <br />
<br />
à rarÃssimo um diretor de longas montar seus filmes, por questões de tempo e de compartimentação natural das atividades; e também nem todo diretor sabe montar (embora devesse _aliás, diretores que sabem escrever bons roteiros também são raridades). <br />
<br />
Sou extremamente simpático à descentralização das atividades, acho que roteiro, direção e montagem deveriam ser realizados por pessoas diferentes (com supervisão e aprovação do diretor e do produtor _especialmente quando este entende realmente de cinema, o que deveria ser a regra); infelizmente, no meu caso (os dois últimos filmes) tive de arcar com todas estas funções simplesmente por falta de mão-de-obra, e é complicado ter tanta responsabilidade nos ombros sem ter ninguém com quem dialogar... Gostaria muito de dirigir roteiros de outrem e me senti muito à vontade montando filmes de outros diretores (justamente porque eles confiaram em mim e deixaram que eu criasse, embora a palavra final fosse sempre deles, e nem sempre eu concordasse com todas as escolhas).
http://www.overmundo.com.br/revista/a-procura-do-frame-perfeito#c21859
Comentário postado por Marcelo V.
2007-5-19T21:33:31Z
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