.: Um novo local na mÃdia :.
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Cultura de todo o Brasil na internet
2024-3-28T14:04:28Z
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Cultura de todo o Brasil na internet
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valeu sérgio. estou em um grupo que está desenvolvendo a idéia de uma tv que conte com a participação efetiva da sociedade, através de organizações sérias, na elaboração da programação. pra mim veio em boa hora essa reportagem, para saber das experiências legais que rolam pelo brasil. <br />
é importante para os "locais" reconhecerem seus locais: seus problemas, suas qualidades, suas linguagens...mais importante ainda, com a mão na massa, produzindo seus próprios biscoitos finos. abs.
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Comentário postado por eduardo ferreira
2006-7-03T10:35:01Z
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Eduardo, esse tipo de trabalho tem objetivos interessantes. Um questionamento que eu costumo fazer (e que talvez tenha faltado no meu texto) é até onde vai essa autonomia dos "excluÃdos" que agora estão com os meios de produção nas mãos. Eles produzem tudo (do roteiro inicial à edição final)? Ou se há alguma interferência no meio desse processo.<br />
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Outro trabalho interessante nesse sentido sendo desenvolvido aqui em BH é o da <a href="http://www.oficinadeimagens.org.br/">Oficina de Imagens.</a>
http://www.overmundo.com.br/revista/um-novo-local-na-midia#c2360
Comentário postado por Sergio Rosa
2006-7-03T11:23:12Z
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deve-se levar em conta que existe a necessidade de uma preparação para o uso das ferramentas, certo? então já existe aà uma interferência. acho que depende muito das pessoas que estejam conduzindo o processo. acredito numa forma pedagógica que liberte para vôos próprios. realizar laboratórios de aprendizagem onde a demanda comande a partir de seus interesses, desejos e necessidades. tanto editorialmente quanto tecnicamente. senão, é realmente complicado manter uma indispensável autonomia. <br />
http://www.overmundo.com.br/revista/um-novo-local-na-midia#c2361
Comentário postado por eduardo ferreira
2006-7-03T11:42:12Z
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Essa questão que o Sérgio levantou é realmente muito interessante. Por exemplo, no <a href="http://www.prisioneiro.com.br/index.htm">O prisioneiro da grade de ferro</a>, o diretor Paulo Sacramento dá uma câmera para os detentos do Carandiru para que eles - os próprios detentos - registrem o passar dos dias dentro do presÃdio. Porém, o processo de edição do filme não é controlado pelos detentos, e sim por editores de confiança do diretor. Ou seja, a palavra final sobre as imagens que os detentos do Carandiru fizeram deles mesmos é de Paulo, e não do observador / observado. à um grande dilema. O projeto <a href="http://www.videonasaldeias.org.br/abertura/index.html">VÃdeo nas Aldeias</a> tenta resolver a questão de outra forma , dando uma câmera para os Ãndios registrarem sua realidade, mas já, em alguns casos, ensinando esses mesmos Ãndios a operar softwares de edição de vÃdeo, permitindo assim que eles organizem as suas imagens da maneira que lhes convier. Na minha opinião, a turma do VÃdeo nas Aldeias está dando um passo adiante.
http://www.overmundo.com.br/revista/um-novo-local-na-midia#c2374
Comentário postado por Thiago Camelo
2006-7-03T14:31:17Z
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Conheci o pessoal do Rede Jovem de Cidadania em Fortaleza no ano passado, quando participei do II Festival de Jovens Realizadores de Audiovisual do Mercosul. No <a href="http://www.aldeia.org.br/festival/programacao/programacao.htm">site</a> do festival dá para descobrir na programação várias experiências parecidas que estão pipocando por todo o paÃs. à muita gente, com projetos bem diferentes uns dos outros. Entre os quadros do Rede Jovem gostei muito de um chamado Debate no Meio da Rua, um debate feito literalmente do meio da rua, mais especificamente na faixa de pedestres de uma avenida movimentada, quando o sinal fecha. Tudo portanto tem que ser dito rapidinho e o debate é interrompido quando o sinal abre, o que produz cortes nos assuntos bem interessantes e surpreendentes. O formato é ótimo e poderia estar em qualquer programa de variedades da TV comercial. Quanto ao questionamento do Sérgio ("eles fazem tudo?"), eu não vejo necessariamente problemas em outras pessoas participarem do processo. Depende da forma de participação. Para mim pode ser muito saudável o encontro de olhares diferentes , as misturas e debates entre pontos de vista divergentes. Sou contra quem diz que só negros podem falar de negros, só gays podem falar de gays, só Ãndios podem falar de Ãndios etc. O fato de eu ter a identidade X não determina que eu sempre vou falar as coisas mais interessantes sobre minha identidade.
http://www.overmundo.com.br/revista/um-novo-local-na-midia#c2388
Comentário postado por Hermano Vianna
2006-7-04T02:19:45Z
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Continuando:<br />
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Muitas vezes, alguém da identidade Y vai falar as coisas mais importantes sobre a minha identidade, aquilo que eu - por ter essa identidade - sou incapaz de perceber. O purismo radical pode produzir guetos bobos, e não formas mais eficientes da produção de conhecimento sobre a vida social de qualquer grupo. Por que a edição ou a câmera ou o roteiro do cara de fora vai ser necessariamente pior, ou mais "mentiroso", ou mais "equivocado" do que a do cara de dentro?<br />
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Claro que não estou questionando a existência de relações de poder que há séculos fazem imposições de fora para dentro. Mas que tenha sido assim, não quer dizer que não existem outras maneiras - que devemos inventar - de produzir a convivência - mais igualitária - entre diferenças.
http://www.overmundo.com.br/revista/um-novo-local-na-midia#c2391
Comentário postado por Hermano Vianna
2006-7-04T02:32:21Z
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Nossa! Demais a idéia do pessoal da Rede Jovem. Fiquei inclusive com vontade de fazer algo parecido por aqui...<br />
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Quanto a ter ou não o controle total da produção, concordo com o que vc escreveu, Hermano. Acho só que há propostas especificas como o VÃdeo nas Aldeias que o próprio formato idealizado - o de ensinar os Ãndios a mexer nos equipamentos - aponta para a idéia de eles mesmos editarem as imagens. Acho que o Prisioneiro da grade de ferro também aponta para essa idéia, mas por motivos até mesmo logÃsticos não consegue dar conta de tudo. Só lembrando que o nome todo do filme é: Prisioneiro da grade de ferro (<strong>AUTO-RETRATOS</strong>)
http://www.overmundo.com.br/revista/um-novo-local-na-midia#c2404
Comentário postado por Thiago Camelo
2006-7-04T17:44:17Z
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Um papel social (de inclusão? essa palavra tão feia) associado a uma experimentação de linguagem. Acho que aà são dois pontos positivos. Concordo com o que foi dito acima sobre o papel dos intermediários. Acho que filtros são inevitáveis e, na verdade, recomendáveis. Tendo consciência, é claro, que imparcialidades são impossÃveis e que cada um ocupa um certo lugar ao falar.
http://www.overmundo.com.br/revista/um-novo-local-na-midia#c2406
Comentário postado por Sergio Rosa
2006-7-04T23:26:48Z
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Obrigada pelo convite à matéria Sérgio. Essa discussão me interessa muito. A importância da produção de mÃdia por grupos minoritários está não apenas no ato de dar visibilidade à s pessoas que são invisÃveis na sociedade ou marcar traços da identidade por eles mesmos mas também, na inserção de novas polÃticas e processos na educação. Para além de ter um produto midiático feito por jovens sob seu ponto de vista, aqui na Oficina de Imagens valorizamos o processo educacional que tem como ferramenta a comunicação, alguns autores chamam de educomunicação. A comunicação enquanto processo de descoberta, de vivência, espaço de debate, desconstrução de esteriótipos e padrões sociais e midiáticos. Muitas vezes abrimos mão de ganhos estéticos ou formais nos produtos para dar ênfase ao processo que os meninos vivem com a câmera ou o microfone em mãos. E concordo com você quando diz que a termo inclusão social é feio! Inclusão onde? Talvez seria mais interessante o termo "percepção social", acabei de inventá-lo. Vamos pensar nisso.
http://www.overmundo.com.br/revista/um-novo-local-na-midia#c2418
Comentário postado por paula kimo
2006-7-05T12:04:22Z
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