.: UM OUTRO PASTOREIO: UMA NOUVELLE GRAPHIC NOVEL :.
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Cultura de todo o Brasil na internet
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Muito bom o texto. Só fiquei querendo entender se a Gaveta Editorial vai passar a funcionar nesse esquema de microfinanciamento ou se eles vão utilizar essa estratégia apenas pra projetos pessoais mesmo...
http://www.overmundo.com.br/revista/um-outro-pastoreio-uma-nouvelle-graphic-novel#c65869
Comentário postado por Viktor Chagas
2010-12-17T15:01:43Z
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Oi Viktor,<br />
<br />
A Gaveta Editorial é para "tirara da gaveta" os projetos deles, mas no futuro eles pensam em pegar outros materiais também. E o esquema de microfinanciamento vai depender da natureza de cada projeto.<br />
<br />
http://www.overmundo.com.br/revista/um-outro-pastoreio-uma-nouvelle-graphic-novel#c65870
Comentário postado por Henrique Reichelt
2010-12-17T16:48:17Z
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Olá, Henrique, tudo bem?<br />
Parabéns pelo texto.<br />
Eu sou <strong>Yara Baungarten</strong>, produtora executiva do projeto <strong>Um Outro Pastoreio</strong>, e faço aqui alguns comentários:<br />
<br />
O projeto de microfinanciamento não foi formulado em apenas 30 minutos. O insight de <strong>dMart</strong> aconteceu no final de 2009 e foi posto em prática em maio de 2010.<br />
<br />
A <strong>Gaveta Editorial</strong> é uma empresa independente, não estando vinculada ao estúdio de design de <strong>Indio San</strong>, nem à <strong>Imagina Conteúdo Criativo</strong>, empresa de consultoria e produção em arte e comunicação de <strong>Rodrigo dMart</strong>. Mas é claro, somos todos parceiros.<br />
<br />
Lembramos que a edição impressa de <strong>Um Outro Pastoreio</strong> não foi feita <em>on demand </em>em sua tiragem de 1000 exemplares. Mas o produto pode ser solicitado desta forma, se algum leitor assim desejar.<br />
<br />
Ressalvo que a <strong>Gaveta Editorial</strong> é uma empresa de autopublicação, e que projetos alheios são analisados pela <strong>Imagina Conteúdo</strong>.<br />
<br />
Agradecemos a ti e ao Overmundo pelo espaço.<br />
Um abraço, Yara Baungarten
http://www.overmundo.com.br/revista/um-outro-pastoreio-uma-nouvelle-graphic-novel#c65879
Comentário postado por Yara Baungarten
2010-12-19T16:10:01Z
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Oi, Henrique, muito bacana o texto.<br />
E o livro também é ótimo, muito bonito!<br />
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Uma questão que me chama bastante a atenção é o processo de distribuição e como o uso da internet e a impressão sob demanda pode ajudar a escoar a produção de nicho que não seria distribuÃda no modelo tradicional, por falta de espaço nas prateleiras ou por outros gargalos. A distribuição nas bancas, por exemplo. Em geral, as empresas distribuidoras só fazem contrato a partir de uma tiragem mÃnima, o que impede produtos que inicialmente têm tiragem baixa de circular nesses espaços.<br />
<br />
Fiquei curiosa a respeito de outras questões e talvez o Ãndio, o dMart ou a Yara possam responder.<br />
- Como foi a parceria com a locadora de Porto Alegre para venda/distribuição?<br />
- Quais foram os termos de contrato com as lojas fÃsicas e online? Com que percentual do valor de capa as lojas ficaram?<br />
<br />
Abraços!
http://www.overmundo.com.br/revista/um-outro-pastoreio-uma-nouvelle-graphic-novel#c65883
Comentário postado por OlÃvia Bandeira
2010-12-21T16:00:00Z
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Acho que a iniciativa é incrÃvel, inovadora, e importante para o debate sobre a economia do livro (que, nos últimos tempos, não podemos acusar de estar não ser inovadora). Lendo o post, no entanto, me vieram algumas questões:<br />
1) O que há de tão diferente entre esse tipo de autopublicação e aquele utilizado por autores do inÃcio do século XX (até Drummond), que editavam com apoio financeiro de amigos?<br />
2) Como ocorrem essas iniciativas em outros lugares? Se não me engano, já foram feitos projetos semelhantes nos EUA.<br />
3) Será justa a ideia de que as editoras "exploram" os autores dessa maneira? A editora não fica com 100% dos royalties. Ela fica com algo entre 40 e 50% do valor de capa, e com essa grana tem que, além de pagar os direitos autorais, manter a estrutura da empresa, pagar salários, custos gráficos etc. Por que, por exemplo, o selo HarperStudio, que propunha uma nova relação com os autores, fechou, mesmo tendo colocado em pouco tempo 5 livros entre os mais vendidos segundo o NY Times? (Não achei a matéria sobre o fechamento, mas aqui é possÃvel ler a nota da editora: http://www.mediabistro.com/galleycat/harperstudio-imprint-to-close-staff-moves-to-other-imprints_b11435).<br />
4) Esses 1000 exemplares foram feitos em gráfica comum. Qual é a diferença de acabamento entre esses 1000 ex. e os impressos em POD?<br />
abraço e parabéns a todos pelo sucesso do projeto,<br />
Lucas Bandeira
http://www.overmundo.com.br/revista/um-outro-pastoreio-uma-nouvelle-graphic-novel#c65885
Comentário postado por Lucas Bandeira
2010-12-22T08:24:08Z
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não podemos acusar de estar não ser inovadora = não podemos acusar de não ser inovadora
http://www.overmundo.com.br/revista/um-outro-pastoreio-uma-nouvelle-graphic-novel#c65886
Comentário postado por Lucas Bandeira
2010-12-22T08:24:50Z
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Olá, OlÃvia.<br />
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Nossa relação com a VideoTchê Locadora já vem sendo estruturada há tempos, começando com a primordial locação de DVDs passando para a parceria comercial, no qual o Alexandre Bonatto colabora e incentiva nossos projetos de artes plásticas e literatura. O modelo de telentrega já foi utilizado no trabalho do guia "Aprenda a Organizar um Show", do Alê Barreto. A locadora também é conhecida por motivar um trabalho social muito importante nas ilhas da região do Lago GuaÃba, em Porto Alegre. Eles garantem há anos a festa de Natal dos habitantes locais. <br />
<br />
Com relação aos locais de distribuição, cada empresa tem seu perfil de comércio e cada ao interessado, no caso nós, aceitarmos ou não os termos de adesão. Alguns adquirem os exemplares para revenda, são poucos. A maior parte usa a consignação de exemplares. As porcetagens variam entre nada e 50% do valor de capa.<br />
<br />
abraço<br />
Yara Baungarten<br />
http://www.overmundo.com.br/revista/um-outro-pastoreio-uma-nouvelle-graphic-novel#c65888
Comentário postado por Yara Baungarten
2010-12-23T10:46:28Z
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Olá, pessoal!<br />
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Em primeiro lugar, muito obrigado pela lembrança do projeto da <em>graphic novel</em> para integrar o <strong>Open Business </strong>(muito embora, não soubéssemos que figurarÃamos dentro deste conceito quando fizemos o microfinanciamento; pois, de fato, foi a alternativa que encontramos para colocar o bloco na rua). Muito bacana o texto do Herique. Ficamos contentes com o papo.<br />
<br />
Bueno, como a Yara, de certa forma, respondeu para a OlÃvia, vou fazer comentários sobre as indagações do Lucas.<br />
<br />
Pois, de fato, durante a turnê de lançamento da graphic novel, fizemos uma descoberta incrÃvel. O primeiro livro de <strong>João Simões Lopes Neto</strong>, "<strong>Cancioneiro Guasca</strong>", foi publicado, em 1910, em uma iniciativa semelhante a nossa, com a apoio de amigos e de um editor. O mais curioso é que, há 100 anos, neste livro também foi a primeira publicação da lenda do <strong>Negrinho do Pastoreio </strong>(na bela leitura de Simões Lopes Neto). Foi arrepiante descobrir isso. Mostra que estas alternativas estão por aà há um bom tempo.<br />
<br />
Sobre a questão de <em>royalties</em>. A relação entre artistas e empresas está se modificando, mas ainda se aplicam contratos com modelos da década de 70 ou 80 para a realidade atual. Isso rola na música. Mas antes a gravadora era responsável pelo pagamento de liberação de direito autorial de canções, gravação, arranjo, produção musical, arte do disco, prensagem, distribuição, divulgação e promoção do trabalho, enfim, trabalhava em todas as etapas da realização daquele projeto. Mas este cenário mudou completamente, principalmente, desde os anos 90, com a entrada da internet e os avanços tecnólogicos. Normalmente, os artistas entregam o trabalho pronto e tratam de vender e promover os seus trabalhos. Ares do tempo. Mas os contratos permanecem iguais.<br />
<br />
O que, na média, encontramos nas editoras que conversamos foi o modelo de remuneração em 10% sobre o preço de capa com acertos trimestrais ou semestrais (5% se o projeto do livro for vendido para o governo), auditadas por elas próprias, com exclusividade sobre a obra entre 5 a 7 anos. <br />
<br />
Mas creio que a questão preponderante é saber em que medida o artista e a editora podem se ajudar neste processo, em qual etapas do projeto pode um auxiliar ao outro etc. No nosso caso, optamos pela autopublicação, mas não descartamos trabalhar com editais ou editoras futuramente. Depende do perfil de cada projeto.<br />
<br />
Também estamos pensando em formas de que todas as etapas do processo de criação do projeto (pesquisa, busca de referências, primeiros rascunhos de texto e de imagem, capÃtulos iniciais, elaboração do projeto gráfico) possam contar com a participação e a colaboração do público/editores. <br />
<br />
Sim, há diferença técnica na impressão <em>on demand</em> e a de gráfica comum. Mas vou deixar esta questão para o Indio San responder, pois ele foi responsável por toda a produção gráfica (da arte ao design) do projeto.<br />
<br />
Mais um vez, muchas gracias pela atenção!
http://www.overmundo.com.br/revista/um-outro-pastoreio-uma-nouvelle-graphic-novel#c65889
Comentário postado por dMart
2010-12-23T15:36:44Z
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Um Outro Pastoreio é um a realização que inova em termos de produção de conteúdo. Ao trabalhar o tema da lenda do Negrinho do Pastoreio, sem recorrer a clichês e utilizando a linguagem dinâmica dos quadrinhos, Rodrigo dMart e Ãndio San valorizam um importante mito do regionalismo gaúcho, com diálogos e imagens inteligentes, oriundos das mais diferentes vertentes da cultura pop.<br />
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Parabéns por esta magnÃfica realização. Um livro como este não se produz todos os anos!<br />
http://www.overmundo.com.br/revista/um-outro-pastoreio-uma-nouvelle-graphic-novel#c65892
Comentário postado por Alê Barreto
2010-12-24T15:47:02Z
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Olá pessoal! <br />
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Muito obrigado pelos elogios, comentários e contribuições diversas. <br />
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Em relação ao comentário da Iara, destaco que em entrevista o Indio e/ou o dMart afirmaram que basicamente o modelo do projeto fora concebido em aproximadamente 30 minutos. Mesmo que o tempo tenha sido maior, acho interessante destacar como que um projeto bacana como esse pôde virar realidade em pouco tempo e por um caminho diferente do que a indústria tradicional oferece. <br />
<br />
A comparação do Lucas do projeto de edição de "Um Outro Pastoreio" com as ações-entre-amigos realizadas no inÃcio do século XX é totalmente pertinente. O caso presente é um exemplo emblemático disso, como contou dMart no comentário acima. A principal diferença é que hoje, com o auxÃlio da Internet e das tecnologias, tudo pode ser feito de maneira bem mais fácil, rápida e barata. <br />
<br />
Não acho que as editoras exploram os autores, mas que a cadeia produtiva do livro como um todo acaba barrando a entrada de produções de nicho por razões diversas. Penso que os agentes do setor não estão interessados em investir em obras direcionadas para pequenos públicos, mesmo que isso seja cada vez mais viável, pois estes estão integrados uns aos outros através de modelos e estratégias de negócio interdependentes voltados para outros fins.<br />
<br />
Concordo com a colocação do dMart âa questão preponderante é saber em que medida o artista e a editora podem se ajudar neste processo, em qual etapas do projeto pode um auxiliar ao outro etc.â<br />
<br />
Por isso, a questão (2) do Lucas, sobre outras iniciativas semelhantes, é de extrema importância e respondê-la é um dos objetivos do projeto Open Business II.<br />
<br />
Abraços
http://www.overmundo.com.br/revista/um-outro-pastoreio-uma-nouvelle-graphic-novel#c65917
Comentário postado por Henrique Reichelt
2010-12-30T07:32:03Z
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