O Brasil que não consegue mais evitar ou adiar os efeitos da crise econômica mundial passa por dificuldades polÃticas, pela desconfiança de investidores nacionais e estrangeiros, pela redução do poder de compra, pelo freio na produção industrial, pelo aumento da inflação e por uma reviravolta negativa na geração de emprego e renda. O paÃs, encontra-se, agora, em estado de desânimo, discordemos ou não se há razões suficientes.
Porém, nesse cenário de instabilidade econômica, ocorre algo curioso do ponto de vista do investimento na carreira profissional - a procura por conhecimento e capacitação. O que nos faz inferir que, apesar da realidade adversa, as organizações e os profissionais acreditam que o desenvolvimento de suas competências e o investimento no capital intelectual não deve parar, não precisa parar e não pode parar.
Essa observação, empÃrica, é animadora, especialmente para aqueles que se ocupam e preocupam com a formação profissional e seu desenvolvimento. Pelo menos para mim, professora do departamento de Ciência da Informação da UFPE.
O que me faz pensar esse tema, no momento, explico: minha proximidade com o Project Management Institute - chapter Pernambuco (PMI PE), como membro voluntária, permite que eu saiba de um fato curioso – ocorrerá na segunda quinzena de junho, no Recife, o X Congresso Brasileiro de Gerenciamento de Projetos e é crescente a procura de empresas que querem ter seu nome ligado ao evento, como patrocinadores. Mas, ainda mais significativo é o fato de muitas organizações, públicas e privadas, estarem inscrevendo seus funcionários em números importantes, além das inciativas individuas de inscrição dos profissionais. Os organizadores do evento já falam em expectativas superadas, mesmo num ano economicamente comprometido.
No entanto, isso nos leva a questionar, com a “força do hábito†de pesquisadora, se realmente se trata, nesse caso, de uma preocupação geral com o desenvolvimento de competências ou se decorre da atenção e importância dada ao Gerenciamento de Projetos, pelas organizações e seus profissionais, nos últimos anos, assim como a valorização e o reconhecimento das “boas práticas†em gerenciamento de projetos, no Brasil e no mundo, como diferencial competitivo das organizações, e para os profissionais das diversas áreas, bem como um determinante para o crescimento sustentável.
O Project Management Institute (PMI) divulgou um estudo no ano passado prevendo que, até 2020, haverá 15.7 milhões de posições de gerenciamento de projetos criados no mundo em sete ramos da indústria: serviços empresariais, de construção, finanças e seguros, sistemas de informação, manufatura, petróleo e gás, e utilitários. Além disso, o Brasil tem a quinta maior demanda por gerentes de projetos do mundo.
Sendo assim, considerando que o Gerenciamento de Projetos é uma necessidade de diversas áreas, nossa expectativa é que também a “Gestão Cultural†se beneficie das “boas práticasâ€, inovadoras e validadas, que tem sido compartilhadas e amplamente divulgadas.
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