O feminismo é um movimento social, polÃtico e filosófico que tem inicio no século XIX e tem como meta a igualdade de direitos entre homens e mulheres e procura desnaturalizar a idéia de que há uma diferença entre os gêneros. Os ideais feministas surgiram como consequência da Revolução Francesa que tinha como lema Igualdade, Liberdade e Fraternidade. As feministas acreditavam que os direitos sociais e polÃticos adquiridos a partir das revoluções deveriam se estender a elas enquanto cidadãs.
Segundo alguns teóricos, o movimento feminista é dividido em três ondas: A Primeira Onda Feminista, que ocorreu durante o século XIX e inÃcio do século XX, estava preocupada com a instalação da igualdade de direitos entre homens e mulheres e começou a contestar de forma mais significativa a questão do poder polÃtico; A segunda onda feminista, que se estende de 1960 até 1980, é uma continuidade da primeira onda porém dessa vez, as mulheres estavam preocupadas, não só com a questão polÃtica mas especialmente com o fim da discriminação e a completa igualdade entre os sexos; A Terceira Onda Feminista é identificada a partir da década de 1990 e representa uma redefinição das estratégias da fase anterior.
Angela McRobbie, em seu artigo "Pós-feminismo e cultura popular: Bridget Jones e o novo regime de gênero" fala ainda de um pós-feminismo. "Entende-se que o pós-feminismo se refere a um processo ativo pelo qual os ganhos feministas dos anos 70 e 80 estão enfraquecidos." (McRobbie, 2006). Ela comenta também que elementos da cultura popular contemporânea são efetivos no apagamento do feminismo. "(...)Eu argumento que para o feminismo ‘ser levado em conta’ ele precisa ser entendido como já morto" (McRobbie, 2006).
Dentro da cultura popular há alguns exemplos de apagamento sutil do feminismo. Um deles é o filme "O Diário de Brigets Jones": " Ela é um produto da modernidade que se beneficiou das instituições que perderam seus laços de tradição e comunidade para as mulheres, tornando possÃvel elas se ‘desatrelarem’ e se realocarem na cidade para ter uma vida independente sem vergonha ou perigo (...) Textos populares como o de Bridget Jones normalizam as ansiedades de gênero pós-feministas para re-regular as jovens através do discurso da escolha própria." (McRobbie, 2006).
Outro exemplo são as chamadas "Marcha das Vadias". O movimento começou em 2011 no Canadá depois que um oficial da polÃcia de Toronto, disse que as mulheres deveriam parar de se vestir como vadias para evitar estupros. Em 2012 vários paÃses do mundo tiveram Marchas das Vadias pedindo o fim da violência contra a mulher, seja ela verbal, sexual ou fÃsica. O ponto mais positivo da Marcha das Vadias é que o movimento tem agregado mulheres que nunca se declararam feministas ou que nem mesmo discutiram ou pensaram sobre gênero e machismo.
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