sobre o colaborador
Nome completo: Manoel Serrão da Silveira Lacerda.
Idade e naturalidade: Nasceu em São Luis [Atenas Brasileira] capital do Estado do Maranhão, na Santa Casa de Misericórdia, em 19 de abril de 1960.
Filiação: Filho legÃtimo de Agamenon Lucas de Lacerda e de Oglady da Silveira Lacerda. Neto paterno do agro-pecuarista Manuel Lucas de Lacerda e Maria Antonia Lucas de Lacerda; neto materno do farmacêutico Hidalgo Martins da Silveira e Maria José Serra da Silveira, com ascendência geral de espanhóis e portugueses judeus.
Profissão: Advogado e Professor de Direito, formado pela Faculdade de Direito do Recife - UFPE, curso criado pela Carta Lei de 11.08.1827 - publicada em 21.08.1827 - Chancelaria Mor do Império do Brazil, que no passado acolheu dois presidentes: Epitácio Pessoa, em 1886 e Nilo Peçanha, em 1887. Acolheu outros nomes, os quais enriqueceram a nossa cultura como: Rui Barbosa. Joaquim Nabuco. Fagundes Varela. Castro Alves. Tobias Barreto. Clóvis Bevillaqua. Silvio Romero. Adolfo Cisnes. Assis Chateaubriand. Agamenon Magalhães. Luis Câmara Cascudo, e tantos mais.
Origem Poética: Antes, porém, faço minhas as doutas palavras da profª. Me. Viviane Siqueira (UNISUAM/ Simonsen/ SINPRO-RIO) como nótula introdutória, uma vez que do mesmo pensamento comungamos para melhor sustentação da rota poética e da poesia adotada pelo poeta Manoel Serrão, senão vejamos: “No princÃpio tudo era o Caos e nele habitava a Origem. Cansada de tanto reter
Essência desejou a Vida, eclodiu e deu espÃrito e forma a matérias diversas:
Ordenando, harmonizando e gerando o Cosmos - espaço de convÃvio dos seres. Do
Silêncio original explodiu o Verbo - relâmpago e voz do Desejo - princÃpio gerador da
Criação. Criou-se o mundo. Nele habita o homem lutando por re-atualizar este ciclo
MÃtico poeticamente. Percebendo sua função restauradora, habita o mundo consciente de
Que o “homem é o pastor do ser, e o Poeta da linguagem.†(BUZZI, 1995, p. 12) Este,
Sábio artÃfice da lÃngua celebra o ofÃcio do viver em linhas medidas e contadas, tecidas
Em pontos perfeitos; unidas por palavras, sons e pena. Se criar é gerar o equilÃbrio,
Ordenar e multiplicar divide o poeta com os deuses o status de criador. Agora,
Duplamente caracterizado enquanto divino e humano, procura através do seu canto
Integrar os simples mortais ao âmbito do sagrado, fazendo-os embriagarem-se pelo
Degustar da ambrosia dos mortais - a Poesia. E não contente em aproximá-los dos
Deus busca ainda o repatriamento ao solo fértil da Origem. A Poesia, trindade
Fundadora do homem guarda em seu corpo a forma: poema, verso; no seu espÃrito o
Conceito - conteúdo do pensar; e na sua alma, a fenda - espaço das possibilidades. Ler
Poesia é permitir o lançar-se à abertura descobrindo sua paixão originária, é constatar-se
Próximo dos deuses e merecedor da embriaguez do provir.
Criar não é dominar a criatura, mas sim, permitir sua exposição aos limites da
Manifestação. Tanto o poeta quanto os deuses podem ser esquecidos pelo homem, mas
Ainda assim, continuarão a existir no espaço da fenda... Existir é ser homem, criar
É ser Deus. ... O rumo que escolhemos para a consecução deste objetivo trilha os passos
Da Semiologia, “(...) ciência que estuda a vida dos signos no seio da vida
Social. â€(SAUSSURE, s.d., p. 24), ou seja, procuramos o dinamismo da linguagem, suas
PossÃveis representações e sempre suas articulações no mundo. Levantar os sentidos e
Possibilidades de leitura é tarefa do semiólogo imbuÃdo de buscar um sistema
Semiológico, ou como nos diz Barthes, a Semiologia seria a parte da LingüÃstica “que se
“Encarregaria das grandes unidades significantes do discurso.†(BARTHES, 1993, p. 13.
Legitimada assim por esta ciência optou por uma investigação semiológica onde o
Signo é de vital importância, na qual não apenas valorizamos a simples relação
“Significante & Significado, mas também procuramos uma cadeia de significantesâ€.
[profª. Me. Viviane Siqueira (UNISUAM/ Simonsen/ SINPRO-RIO).
O berço poético do autor se alicerçar na atmosfera e muito mais ainda na importância do Maranhão como paradigma para a cultura nacional em todos os seus aspectos. Sendo assim pedimos vênia para a transcrição de um pequeno trecho da obra do imortal e membro da Academia Maranhense de Letras o professor Jomar Moraes, intitulada - Apontamentos de Literatura Maranhense - Edições Sioge – que nos dá a precisa dimensão do legado, nota bene: "Sem receio de qualquer exagero chauvinista dirÃamos que a presença do Maranhão na literatura nacional se caracteriza, principalmente, pelo vanguardismo que sempre colocou nossos homens de letras à frente dos debates das novas idéias e da renovação de padrões estéticos. Do negrismo de Trajano Galvão ao neoconcretismo de Ferreira Gullar; do ideário estético e nacionalista de Gonçalves Dias à s antecipações modernistas de Sousândrade; da lucidez analÃtica de João Francisco Lisboa ao ensaÃsmo da Franklin de Oliveira e Oswaldino Marques; dos estudos folclóricos de Celso Magalhães ao romance naturalista de AluÃsio de Azevedo; dos estudos de Nina Rodrigues à renovação estética pregada e apoiada por Graça Aranha, tudo revela e comprova a clara vocação de pioneirismo e liderança que assinala uma das mais caracterÃsticas e importantes facetas da nossa participação na cultural nacional". Complementando o brilhante rol, podemos citar ainda Arthur Azevedo; Catulo da Paixão Cearense; Bacelar Vianna; Bandeira Tribuzi; Padre Antonio Vieira [Sermão aos Peixes]; Odorico Mendes; Sotero dos Reis; João Francisco Lisboa; Gonçalves Dias; Sousândrade; Gentil Homem de Almeida Braga; Custódio Alves da Pureza Serrão [Frei]; Trajano Galvão; Josue Montello; Nauro Machado; José Sarney; José Chagas; José Maria Nascimento; Lima Coelho, Mel, Laura Amélia Damous; Roberto Kenard; Antonio Carlos Alvim; Ademar Danilo; João Carlos; João Otávio; Guaracy Brito; Joaquim Haickel; Lenita Sá; Luis Carlos Cordeiro; Maristela Sena; Paulo Melo Sousa; Resende; Roberto Fernandes; Ronaldo Reis; Vinicius Nagem; Wagner Alhadef; José Henrique Santos [Bois]; César Teixeira; Fauzi Beydoun; Luis Augusto Cassas; Celso Borges; Fernando Abreu; Garrone; Ribamar Filho; e muitos tantos outros.
Resumo destas últimas considerações: O poeta é um altruÃsta que evidencia as Sete Virtudes derivadas do épico Psychomachia, poema escrito por Aurélius Clemens Prudentius intitulando a batalha das boas virtudes e vÃcios malignos, posto que através da prática dessas virtudes seja que se neutraliza se opõe, e se tem a proteção contra os Sete Pecados Capitais, mormente, no combate, sempre, sempre contra a Inveja, a Ganância, a Ignorância, a Ira, a Tirania, o Desrespeito e a falta de Ética.
A PsiCOPaTiA dO PoeTA
O
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SErRão
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dU PoeMAR pouCO.
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