Experiência sensorial inclusiva chega ao DF com obras de arte para tocar do projeto de artes visuais SensibilitÃ
O Distrito Federal receberá, entre os meses de julho e outubro, a exposição de artes visuais Sensibilità : uma experiência sensorial e inclusiva, vivência artÃstica inovadora que une tato, olfato, paladar e audição para democratizar o acesso à s artes plásticas. A mostra, idealizada pela artista visual Claudia Bertolin, exibirá obras inéditas realizadas por meio do Fusing (técnica de fusão de vidro e metal) e outras criadas por pessoas com deficiência visual em oficinas oferecidas no Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais - CEEDV, no Plano Piloto, e na Biblioteca Braille Dorina Nowill, em Taguatinga, cujos exercÃcios se deram sob pigmentos naturais, texturas e aromas.
Experiência multissensorial
As exposições, que cumprirão temporadas nas galerias do JK Shopping, em Taguatinga (de 27 de julho a 7 de setembro), e no Venâncio Shopping, no Plano Piloto (de 1º a 29 de outubro), contarão com recursos integrados de acessibilidade sendo: audiodescrição, por meio de QR Code, descrições técnicas em Braille, monitoria especializada e visitas guiadas para escolas e pessoas com deficiência visual e auditiva, as quais contarão com apoio de Intérpretes de Libras. No entanto, será necessário comparecer em dias especÃficos, quando os monitores estiverem presentes. Ao longo dos 30 dias, em cada uma das regiões administrativa, o público poderá explorar quadros, sensÃveis ao toque, combinando percepções visuais e táteis numa imersão inclusiva.
Sobre a artista
Nascida no Rio Grande do Sul, na cidade de Passo Fundo, onde se formou em Artes Visuais, mas, residente em BrasÃlia desde 1995 e, professora da Secretaria de Educação do Governo do Distrito Federal há 25 anos, Cláudia Bertolin realiza, por meio de sua arte um trabalho social brilhante, promovendo o conhecimento e o acesso a estudante e ao público em geral a métodos e técnicas, com as quais se dedica (fusing e aquarela), ambos com resultados únicos, especialmente pelo fato de que suas exposições têm aliado a arte com os processos de ESG (da sigla em inglês Environmental, Social and Governance), por meio da utilização de materiais reciclados em suas obras da técnica Fusing com o vidro, metais entre outros.
Em seu aconchegante ateliê, que ocupa um dos cômodos de seu apartamento, Bertolin trabalha sem cumprir um horário fixo, uma vez que se adapta à sua agenda como professora na Escola Meninos e Meninas do Parque. Para compor suas delicadas peças, a artista coleciona pequenos objetos de vidro, fios de metal e distintos corantes. E da junção desses materiais, ela elabora seus quadros.
Tudo começa com a fusão desses materiais em um forno que atinge 800 graus, criando assim pequenas peças de formatos variados aliando cor, textura e translucidez. Com elas já resfriadas, Claudia à s posiciona sobre uma chapa de metal compondo painéis equilibrados e harmônicos, cujas dimensões variam entre 10cm x 10cm até 80cm x 50cm. Para unir as peças ao suporte em metal sobre madeira, a artista utiliza vidro lÃquido, preservando a translucidez.
Para Bisser Nai, curador: “a arte singular de Claudia Bertolin tem seu acento no âmago da sua alma, onde ela consegue encontrar a magia do vidro em fusing com o metal. Um feito sensÃvel ao tempo que complexo, uma vez que originalmente a técnica vem dos virtuosos vitrais das catedrais medievais onde uma minúscula rede de especialistas ainda hoje sobrevive na República Tcheca, Alemanha e Itália. Assim, Claudia proporciona uma obra cheia de luz, um caleidoscópio infinitoâ€.
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