Pétalas da democracia

A fragilizada rosa democrática dos burgos
Cresce aos montes no solo de Ipojuca
São espinhos de machos engravidando fêmeas que alugo
A democracia imprime sua caligrafia, nas montanhas caducas.

Antes reinava a cana,
Caiana agora sacana, ferrenha, forte metalizada, pelos porões de navios
Com cheiro de solda, de novas queimadas de vida africana.

Os burgos rezam, escovam dentes, ensinam que força é só pra valente.
A massa ignara mudou, cresceu viveu e guerreou
Ainda sem absorvente, brota um mundo luminescente
Levante a bandeira quente, do vermelho com louvor.