Ó querida, onde andavas,
Que há tempo eu não te via?
Tu sabes que eu te amo
Quero te ver todo dia
Se de mim estás ausente,
Não posso ter alegria.
Sorrindo esqueço a dor,
Com verso sério e bonito,
Feito por um poeta amargo
Soltando gemido e grito
Que se vai pelo espaço,
Se perde no infinito.
Sou amargo, frio e irreal,
Sou, querida, o teu poeta,
Meio buliçoso e perdido...
Te vejo por uma fresta,
Um pouco sensacional,
Com o coração em festa,
Vem, bela encantadora,
Entra pela porta ou janela,
Vem ficar junto a mim,
Querida, amada donzela.
E vem cantar para mim
A tua canção mais bela.
Vivo triste e solitário,
Quando não posso te ver,
Os dias parecem anos,
É amargo o meu viver,
Só tenho prazer na vida
Se estou perto de você.
O tempo vai passando,
Veloz, como o pensamento...
Eu, aqui, e você, lá,
Presos por um sentimento.
Vem, minha amada e querida,
Me tirar deste tormento.
Ela partiu e eu fiquei
Onde, a sós, nos encontrava.
Eu fiquei triste e mudo.
Se alguém por ela perguntava,
A resposta era uma só:...
Eu não sei onde andava.
Autor: José Bezerra de Carvalho
19/08/14.
Poema (cordel) dde autoria do poeta popular José Bezerra de Carvalho, o Poeta Zé Bezerra, o "Ãguia de Prata".
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