cartazes pela cidade anunciam o fim
tatuagens que não fiz preconizam minha fraqueza
louvor e luxúria
imantados num mesmo porvir
caio várias vezes do leito
corrompo todos os escrúpulos
acendo
apago
desmaio
o dinheiro passa em minhas mãos
e sujo do que é mais imundo
prossigo
espero o dia amanhecer
pra esquecer da luz
pra esquecer do desconforto
queimo a...
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tem dias que nada dá certo... aliás nada dá certo... repito palavras pra me esconder... leio páginas e outras coisas pra sumir... nunca funciona, nunca chego em parte nenhuma... as hélices dos ventiladores estão repletas de fuligem, pó-de-asfalto... perguntas bobas fazem cócegas... relembro um tempo de pipas no ar, pião na mão girando, banhos de açude... noites que não...
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