sobre o colaborador
O disparo aqui é o da câmera, do precioso momento do "Roda!" ao reconfortante momento do "Corta!". Tudo entre eles é disparo, é mira e foco, é ação.
O disparo também se deve ao lançamento dos inúmeros tÃtulos quase que ininterruptamente disparados, ao léu. Uns com endereço certo, com um alvo preciso, outros perdidos do instante do "Corta". A disparidade é imensa, e aumenta em proporção à produção.
A quem se recorre quando o personagem morre?
Ou quando o estilo é defendido, ao invés do juÃzo?
Já que a censura é sempre tão imatura, odiada, e ainda assim viva e quase sempre enrustida no liberalismo tradicional (atual), pois seus mais imponentes condenadores, os letrados e respeitados, margeiam o que é bom e o que não.
Aqueles que atiram, no sentido de revide, esses são os cansados, desesperados por coerência e por toda a referência que lhes é roubada.
A crÃtica nacional (não na sua totalidade porque são muitos os mentores que inspiram) em se dispersa em dissoluções acadêmicas, - já não mais sonha. O disparo, barulhento e pouco sofisticado, sem os glamoures da esgrima, anuncia e acorda. Aqui o tiro é de milÃcia, é de garrucha, é de gente sem dente. No apogeu de sua desclassificação.
Na abrangência desses disparos, nenhum deles é de morte. Do "Roda!" ao "Corta!" do disparo aos disparadores, todos os tiros são de aviso, de incômodo e anunciação, só.
Mais do mesmo, sem grandes revoluções, a bandeira é que muda, - e os disparos, que não mais são 'agrados', são relatórios. ‘Auditorias artÃsticas’, questões de logÃstica, porque o patrão é no fundo o contribuinte, e o requinte do faz de conta, sozinho, não justifica os investimentos.
Bang!
17 de Junho de 2012.
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