AMIGOS NUM BAR (essa é pro Marcão acreano véio camarada...)

Essa é pro Marcão mesmo. Fizemos a maior balbúrdia nos idos de 87,88 lá na PUC do RJ. E essa foi a música que fez com que esse meu amigo acreano, de então 18, 19 anos me mostrasse suas composições e nos fizesse músicos, parceiros, amigos. Os anos se foram passando, o Marcão voltou prá Rio Branco, infelizmente perdemos o contato, mas a música ficou.

Bebíamos cerveja no botequim do Seu Arthur, hoje uma Pet Shop, ali na Marquês de S. Vicente, em frente ao estacionamento da PUC, de tarde de noite de manhã, a toda hora. E já havia composto essa música antes disso. Na hora que mostrei a canção pro Marcão, estávamos felizes e perto do encerramento daquele ano. Haviam acabado as provas, passado quem era de passar, e agora só nos restava a música e aquele solzão vermelho de meio de tarde. Pedi seu violão emprestado e disse que queria lhe tocar uma música minha, feita há algumas semanas. Ele ouviu e adorou. Nasceu nossa amizade.
Coincidentemente a música se chamava "Amigos num bar" e assim ficou.

AMIGOS NUM BAR
(Fabio Campos)

Amigos num bar,
conversa pra fora, êh!
Amor e olhar,
Frutas na esteira, ôh!
Saudade da terra,
Saudade do que não passou, êh ôh !

Mãe d´água a mandar,
Onda, Lua cheia, êh!
Um beijo e amar,
Então Maria se fez,
A pele serena,
Salgada e morena, meu amor, êh! oh!

Maria no mar,
Maré, mareia, ôh!
Estrela no ar,
Sapé, sapeia, ôh!
Peixe na rede
Côco na sede de olhar, ai, ai...

Sede de olhar,
Minha sereia, ôh!
Na pedra do cais,
Morena d´aldeia, oh!
Minha sereia,
No céu a centelha cor lilás, ai, ai ...

Cunhatã já vai levantar
Já é tarde e o Sol saiu...
Até que enfim não tarda a aluar
E dia passando sem sentir ...

Cunhatã já vai levantar
Já é tarde e o Sol saiu...
Até que enfim não tarda a aluar
Minha sereia,
No céu a centelha cor lilás, ai, ai ...