Agitava-se a lona com as intensas ondas vibratórias dos corpos sonoros, dos risos frêmitos das fremidas alegrias, das bocas escancaradas besuntadas de saliva, das sinetas agitadas pela ventania que regurgita para a garganta das veias à lona, e tudo naquele mundo estremecia de um só júbilo. “Senhoras e senhores, o show vai começar!â€, e o palhaço adentrava a arena munido de seu gladios de tromba de elefante, seus imensos sapatos vermelhos de ponta arredondada que combinavam com seu nariz, sua larga calça amarela presa por um suspensório que sobrepunha-se à sua blusa listrada de branco e preto que nada combinava com seu chapéu marrom, o qual sustentava uma buzina de calhambeque, e com a lona verde e azulada, ligeiramente mofada. O palhaço fingiu um pum com a buzina, e todos deram risada. (...)
Quanta beleza, Danielle! Cheio de fantasia é o seu texto. Gosto muito desse mundo do circo, da figura do palhaço que mescla em si todas as intrigas do nosso ser, sem ter vergonha de evidenciá-las!
Muito bom!
Abração!
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