Nós lobas, não tememos a selvageria
Eis que nela, (re)criamos nossa própria (re)significação enquanto nossa essência.
Só tem medo do que é selvagem, e por assim dizer, natural, a criatura quase castrada, amordaçada, retirada aos cativeiros mais cruéis dos homens.
Nós lobas, somos selvagens por natureza e (re)existimos. No breu das noites de lua cheia. No ciclo sagrado dos nossos corpos. Nos períodos férteis e lúteo. Na proteção da nossa alcateia. Na caçada voraz. Em nosso desejo edaz. Nas matas mais gélidas. Nos solos mais tórridos. Em nossos olhos vermelhos explode altivez. E em nossos úteros rebentam a vida.
A nós lobas ser selvagem é vital. Desse modo, não há outra forma de ser em nosso íntimo.
A selvageria que me és visceral, que me percorre e deságua em minhas entranhas é feito cálice, é cura.
E não há um dia abaixo deste céu, ou acima desta terra que eu não a sentisse.
Inspirado no livro de Clarissa Pinkola Estés "Mulheres que correm com os lobos".
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