o título deste post, que infelizmente não coube aí em cima - só ou pare de não fazer sentido ou (ainda) para poucos, é o de meu primeiro álbum solo, gravado e lançado em 2008.
com participações de vários amigos, como fábio della (aerocirco), isaac varzim (superpose, cairo), andré guesser (samambaia sound club - banda da qual eu era vocalista na época), luiz meira, entre outros, só foi concebido ao longo dos cinco anos anteriores a sua gravação e apresenta várias reflexões/perguntas de um artista da periferia da música popular brasileira, eu.
sobre este disco é preciso dizer que:
01. há aqui um link em que se pode baixar além de suas 10 canções um encarte em pdf com letras e infos...
http://www.4shared.com/file/77963296/1f477476/s_ou_pare_de_no_fazer_sentido_ou__ainda__para_poucos__2008_.html
juniores rodriguez escreveu um belíssimo texto a respeito, publicado aqui no overmundo: http://www.overmundo.com.br/overblog/pare-de-nao-fazer-sentido
alexandre sucupira fez também um vídeo (auto) entrevista a respeito (veja aqui e aqui).
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no mais, aqui está um texto que acompanha o encarte do disco:
ele me deu um soco na boca e me disse:
nasça, nasça, nasça, nasça (ou pare de não fazer sentido)!
quem me dera agradar você, escrever e tocar sua sensibilidade. quem dera lhe entreter para animar a festa!
and if was you, i wouldn’t treat me the way you do, barata meio morta (pois se ela dança, eu danço – mas a sociedade pra gente não dá valor). se arrependimento matasse, eu estava morto e enterrado. quem me dera voltar atrás e quem sabe ser capaz de um pouco de humildade... hoje lamento: tanto construí, perdi quando tentei sensibilizá-la, emocioná-la compondo. peço perdão mais uma vez, foi tudo culpa do amor.
me vi só e nem em companhia estaria acompanhado. me vi só com meu verso sujo e quero seu dinheiro e faço valer cada centavo (i’ve got the brains and you’ve got the looks, lets make lots of money).
o meu jardim é tão estranho e tão cheio de veneno e é tão quente o espaço que me faz querer mais. mas a cobra mostra o rabo, o próprio, e propõe outro negócio sem começo e sem fim. e eu faço meu verso e vendo. mas atenção: não me animas quando criticas as minhas rimas. na periferia do seu auto-falante a tarde enfada e crava um anzol – fico preso no hall de entrada do limbo e ainda sinto as antenas balançando (e o vermizinho é adorno e a dor no centro, onde a pele e um escasso cheiro de insenso se confundem). quer saber, quem sabe talvez me... meu grande pesar é pensar “quem saberia?”. se eu tinha tudo pra ser feliz, porque ela não me quis? e o que é que eu posso fazer?
questione o que é dito e faça isso sem rodeio, questione a cara atônita de mônica diante da canção diatônica e a idéia, a imagem, fora do comum. questione tanta escuridão e o mar sem fim. mas pra que tanto céu? pra que ter assassinado uma barata? para todos? para poucos? para agradar os produtor e os cagalhão? para quem? quem? QUEM? quem me dera agradar você.
e é só isso o meu baião (só).
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