Cheguei lá meio esfalfado, não pela distância de B.Hte ao bairro Honório Bicalho (prefiro vila ou distrito), a uns seis quilômetros da cidade sede que é Nova Lima, ou seja, fica a meia hora da capital mineira. Estava cansado porque tinha também aquele tipo de sede e de fome que é para poucos/as, qual seja a de andar pelo local onde se está, conversar com nativos/as, beber e comer, rir e até chorar com eles e elas. Fui à linha do trem, mas só tristeza, pois a estação ferroviária fora demolida, e não consegui saber a exata razão de tal atitude, já que as estações ferroviárias de lugares bem próximos, como a de Rio Acima e a de Raposos, lá estão, lindas e pintadinhas – mesmo desativadas. A Estrada Real passa lá dentro, o que equivale a dizer História de Minas, História do Brasil.
Após fazer fotos e caminhar com o violão às costas, bebendo gelada e água que passarinho não bebe, sentei-me na pracinha da Igreja São José Operário, que é um belo nome para uma pequena igreja. Depois, fui para a ponte sobre o Rio das Velhas, do qual fiz fotos, bem como do campo de futebol, na margem esquerda do famoso rio, indo para o seu encontro marcado com o Rio Doce... São Chico... mar.
Às dez da manhã daquele domingo de abril, entrei numa rua a poucos metros do campo, e eis uma miragem, ou bar sendo aberto, um bar cujo dono é uma beleza de pessoa – Batiá –, pessoa que é doida com Música, em particular a bossa nova e o rock, sim, sua majestade, o rock. E tanto é verdade que o bar é forrado com cartazes de famosos do rock, e lá tem uma ex guitarra Stones e um ex baixo Floyd, sim, senhoritas, senhoras e senhores, podem babar. E foi lá que tocamos barbaridades da bossa nova e do puro samba, e meu livro sobre o Clube da Esquina fez sucesso. Música de leve, pois ninguém lá é surdo. Nem você, não é ?
Voltei de lá no fim da tarde, mas duas semanas depois eu estava lá de novo; e voltarei no fim de maio, quando pronta a segunda edição do meu livro O AR EM SEU ESTADO NATURAL – Textos sobre letras do Clube da Esquina.
Pois bem, vim para BH, mas não sem antes comer uma piramutaba muito bem frita e empanada - lá também costuma ter língua de boi recheada -, mais uma delícia de um bar que é um sossego, sem barulho de lotação ou de avião. Banheiro pequeno, sempre asseado. A família mora na mesma construção, ambiente sadio, até pela simplicidade do proprietário. Simples, mas sabe das coisas, ele é meio calado, mas gosta de conversar. É bom não haver enganos.
Mesmo se você for de ônibus, não se preocupe, pois há muitos horários diários entre Belo Horizonte e Honório Bicalho, e vice versa; mas você também pode entrar no ônibus para Nova Lima, e só descer na rodoviária de lá, de onde se pega ônibus para Honório Bicalho. Lembro-me que a passagem direta custa cerca de quatro reais; caso se vá até Nova Lima, outro ônibus será necessário, a partir da rodoviária, custa algo em torno de dois e meio reais. Recomendo. Cadê a sua velha e amada bermuda ? Vá e volte, volte e vá. Recomendo. Veja as fotos.
INFORMAÇÕES:
http://www.novalima.mg.gov.br/interna.php?id=174&id_canal=28&id_conteudo=292
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