São 15 anos de história juntando pessoas que acreditam na construção de um mundo melhor, são olhares que apreciam as pequenas grandes coisas. Olhares para as matas, rios e montanhas buscando a sustentabilidade.
No Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, Comunidades indÃgenas, quilombolas, ciganas, turistas e pesquisadores vieram para a Vila de São Jorge e descobriram que o mundo é uma grande aldeia construindo um Império Cultural, linguagens e sons diferenciados que sobem na fumaça das fogueiras...
A Vila ficou espiritualizada na procissão kalunga com vozes e aroma das matas, iluminada pela lua e velas de cera de abelha.
A sabedoria feminina dos quilombos mostrou óleo de coco, raÃzes medicinais, pimenta, candeias, paçocas, tapetes e causos...
E o mundo soube que kalunga não era só lugar de gente de pele negra, que dança Sussa e sim de um povo que planta, colhe, canta e preserva matas mantendo com fé as tradições centenárias.
Os congos, catireiros, foliões e outros se misturam e o terno de Moçambique cantou tão forte que voz do Capitão Júlio alastrou no vento, na lua de cristal e na alma dos turistas.
Vozes que ficaram:
"Comece dentro da escola conhecer sua própria casa para depois conhecer a casa do outro... quando cheguei na universidade não conhecia minha historia, sabia era os outros. hoje eu pesquiso minha historia..." Romes Kalunga
"Temos que mudar a história, o Zumbi não morreu..." Edson Ferreira, Jardim Cascata de Goiás
" O corpo da negra é do espaço público, as crianças são assediadas publicamente..." Lucilene Kalunga
" Nessa terra indigena meus filhos aprenderam a brincar, comer formigas, rabo de calango e muito mais a liberdade de ser criança..." Sônia Pesquisadora FUNAI
" Explorados culturalmente, está na nossa mão cuidar do patrimônio que nossos ancestrais tiveram sofrimento para manter e ter condições para continuar, precisamos ter formação para acessar os benefÃcios que o governo oferece..." Jorge Antonio dos Santos da Comunidade dos Arturos de Contagem de MG
" A escola do kupen (não Ãndigena) dita regras, o que não existe na aldeia. A liberdade é o caminho da aprendizagem, não tem como aprender numa sala fechada, precisamos aprender com o sol, a lua, o canto dos pássaros..." Professor Hyjnô Krahô
" Mudou a vida dos kalunga, antes nois era como macaco na gaiola" Daindia Kalunga
" A cabeceira do rio é sagrada, tudo no mundo tem dono, o rio, a mata, não pode invadir, tem que respeitar, senão ele vai atacar... "... AnuÃa Amaru Yawalapiti
"Se acabá peixe, rio, animais, mata e Ãndios, acaba o mundo..." Anuiá
MUITAS VOZES AINDA VIRÃO!
Parabéns pelo artigo. Falei um pouco disso no artigo Concursos publicos
Guilherme Silveira · Charqueadas, RS 6/9/2015 20:09Para comentar é preciso estar logado no site. Faça primeiro seu login ou registre-se no Overmundo, e adicione seus comentários em seguida.
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