O CONTROLE NÃO PODE SER CONTROLADO

Em uma era de globalização crescente, os governantes têm um papel crítico de assegurar a competitividade e o crescimento econômico, um governo bom significa um governo sustentável. O serviço público tem que ser eficiente, responsável e transparente para suportar as necessidades dos cidadãos nas sociedades. Mas o que muitos esquecem é que um governo é eficaz não quando simplesmente moderniza instituições... A alma do desenvolvimento está nas parcerias com a sociedade com o intuito de melhorar a qualidade de vida, a qualidade no atendimento ao público, realçar responsabilidades sociais e assegurar a participação dos cidadãos na tomada de decisões.

Nossos direitos são protegidos por uma série de regras em formas de leis, que não são compridas pelos gestores públicos. Nesse caso, então, direitos nunca protegidos. Existem inexplicáveis e quase incontroláveis maneiras de fraude na administração pública. E os mecanismos criados, as soluções desenvolvidas para o combate a essa corrupção, como exemplo a transparência das contas públicas, ainda são negligenciadas por parte de alguns.

A “modesta� lista de inadimplentes todos os anos não é o suficiente para colocar a vergonha na cara de muitos gestores que, ao invés de estarem preocupados de tomar medidas preventivas no decorrer da sua gestão, estão perdendo tempo criticando o mato crescido no jardim do seu vizinho enquanto ele esquece de limpar as sujeiras da sua própria calçada.

E nós espectadores, atônicos com essa realidade nos questionamos constantemente e cansativamente: Quais são as garantias práticas que são asseguradas hoje para proteger cidadãos do abuso da má administração pública? Existem leis que punem? Órgãos que controlam? E se existem, por que são apenas meros enfeites da estrutura organizacional do governo?

Como citou Arnaldo Jabor : “A lei é analógica, o crime é digital.�

É o controle sendo controlado!