Poeta Daniel Pedro, 07/01, no Proj. MúsicaPoética

Daniel Pedro em performance
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Adusumilli · Brasília, DF
3/1/2011 · 13 · 0
 

Nesta sexta, 07 de janeiro, 21 h, no Café com Letras em Brasília, na 203 Sul, com couvert artístico a R$ 10,00 (dez reais) o poeta Daniel Pedro estará participando junto com Menezes Y Morais do Projeto MúsicaPoética. O projeto consiste na musicalização de textos poéticos por parte do compositor Anand Rao (www.anandraobr.com), no palco, na frente de todos, ao vivo. Anand Rao toca desde 1983, tem 04 CDs lançados, é parceiro de inúmeros poetas, toca todo ano na Europa e Nova York mostrando seu processo de composição, tem 20 livros de poesia publicados e além de músico é produtor, jornalista e poeta.

Daniel Pedro participou de várias Antologias, entre elas a Coletânia Poética do Guará, organizada pelo poeta e agitador cultural Adilson Cordeiro Didi. É dramaturgo, tendo escrito mais de quinze textos teatrais entre os quais: “Mutirão”, “Viva o Rei João”, “O Banquete da Madrugada”, “ Panorama Operário”, “Os Filhos de Dona Nivalda”, “Lendas e Fatos do Buraco Quente”, “Aluguel Vencido”, “Bolo de Aniversário”, “Um Pedacinho de Frango”, “O Diabo Feminista”, “A Cidade Muda”, “O Que é de Carlos Zelter?”. É diretor de ator de teatro e montou recentemente I-Juca-Pirama, de Gonçalves Dias e “Nicolas Behr Engoliu Braxília”, espetáculo baseado nos poemas do poeta brasiliense Nicolas Behr.

Como você sente a arte de escrever, o que representa para você e quem te influenciou nesta arte?

Daniel Pedro – Escrever é brincar, retomar os devaneios infantis. Quando escrevo, estou me autoconhecendo e conhecendo os outros, evidentemente. Ou seja, escrever é interagir com o mundo. Me apaixonei pela literatura quando, aos treze anos, li “O Retrato de Dorian Gray”, do Oscar Wilde. Depois Conan Doyle entrou na minha vida. E aos dezoito anos fui pego pelo Herman Hess. “Lobo das Estepes” e “Sidarta” revolucionaram meu viver. Machado de Assis, Lima Barreto e Graciliano Ramos foram meu alicerce. Agora, cá entre nós, quem meu deu régua e compasso (como diria o Gilberto Gil) foram Jorge Amado e Carlos Drummond. “Dom Quixote”, ‘Cem Anos de Solidão” e “O Coronel e o Lobisomem” foram cometas que ainda ofuscam minha visão. Adoro também os poetas populares. Adoniram Barbosa, Paulo Vanzolini, Noel Rosa, Chico Buarque, Patativa do Assaré, Caetano, Gil e Tom Zé.

Em 2010 qual tua atuação literária e quais os projetos para 2011?

Daniel Pedro – Participei da organização do Sarau Guararte, que já está se tornando um evento tradicional no Guará. Sou membro da nova Associação de Arte e Cultura do Guará, cujo objetivo é fomentar o desenvolvimento na cidade. Estou escrevendo o monólogo “Um Periquito Doidão”. Vou ser polivalente. Em 2011 serei ator e diretor do monólogo supracitado.

Poesia, Letra de Música, Contos, Receita de Médico, enfim, qualquer texto, pode ser musicado, como propõe Anand Rao no Projeto MúsicaPoética? Que achas desta loucura?

Daniel Pedro – É a arte, como lavas de vulcão, explodindo em sua plenitude. Sem amarras, sem enquadramentos. Escola de Samba sem sambódromo e sem jurados, mas desfilando no meio do povo.

Qual a tua opinião sobre o trabalho do Anand Rao e o que esperas da tua participação no projeto MúsicaPoética?

Daniel Pedro – É ousado. Diria mais: original. O artista se desnuda ante o público. Ali no palco, ele cria e ostenta a sua obra. Enfim, extrapola os limites. Em vista do que disse, do Anand jorra uma energia feérica que me faz mergulhar no oceano do subconsciente...e aí eu vou me dar de corpo e alma ao público presente: loucura e generosidade plenas.

Achas que o artista alternativo, independente, não famoso deve ser remunerado. Como estás vendo a remuneração destinada a você no MúsicaPoética?

Daniel Pedro - Claro que todo artista deve ser remunerado – seja famoso ou não. Aliás, você é famoso para o seu público: uma ou cem pessoas. O artista é sobretudo um trabalhador. Um operário da emoção. O pintor, ao pintar a parede da sua casa, é remunerado por aquele trabalho que, obviamente, causa-lhe bem-estar. Ora, o poeta faz reforma a tua alma. A nossa remuneração, no Música Poética, é dividida equitativamente. Tudo muito justo. Precisamos, sim, de casa cheia pra faturarmos um pouquinho mais.

Anand Rao costuma dizer que o show só vai encher se o poeta o divulgar pois, ele se apresenta muito e o público se dilui em suas apresentações. Como pretendes divulgar o Projeto e sua apresentação?

Daniel Pedro – Minha divulgação é o boca a boca, telefone e emeios. Tento capturar amigos e simpatizantes.

Quem voce indicaria para participar no MúsicaPoética de 2011 como também, 2012?

Daniel Pedro – Primeiro, a Isolda Marinho. Ela lançou um livro recentemente...e é jóia rara...que coisa linda a poesia da Isolda – é uma horta no meio do asfalto. A Além do mais, é ótima declamadora. Segundo, a Lília Diniz. Também está com um novo livro no forno...de um erotismo ímpar....desbanca qualquer viagra. Poesia de escol. Terceiro, o Rego Junior. Poeta e performancer da melhor qualidade.

Alguma coisa ficou pendente que gostarias de colocar nesta entrevista?

Daniel Pedro – A arte autentica a minha existência.

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