Retro-futuro: o século 21 que não aconteceu

Como alguém que viveu nas décadas de 50 e 60 imaginava que viveríamos hoje? Pense nos seriados Jornada nas Estrelas e The Jetsons. Uniformes colantes, armas laser, portas automáticas, viagens comerciais pelo espaço, carros voadores etc. Essa estética ganhou recentemente um apelido: “paleo-futuro� ou "retro-futuro". E também um blog.

Nele, o autor (que assina simplesmente como “Matt�), compila vídeos, imagens, textos e histórias que mostram as expectativas, medos e esperanças que a a geração que assistiu ao início da corrida espacial tinha a respeito do futuro.

Aparentemente, poucas produções culturais da época previram revoluções que hoje nos parecem simples, como a internet e os celulares. Mas muitas apostavam em mudanças radicais na maneira como habitamos as cidades e como usamos os transportes.

A bomba atômica e a superpopulação foram alguns dos grandes medos da época, como mostram o livro The Population Bomb (1968), de Paul R. Ehrlich e o filme Dr. Fantástico. O clássico de Stanley Kubrick mostrava o perigo de entregar o poder nuclear a humanos, demasiado humanos. Mas ainda se referia a militares, que, em tese, recebem treinamento para cuidar de "questões delicadas". O que o cineasta não previu foi que em 2006 o estudante norte-americano Thiago Olson conseguiria montar um reator nuclear na garagem de casa, com material comprado na internet (se é que você acredita nisso mesmo).

Mais: ninguém poderia imaginar que um dia nos interessaríamos em fazer revivals, em cultuar o futuro que essa geração imaginou para nós. Nosso presente é mais chato do que as previsões deles? Tire suas próprias conclusões.

Para entender o retro-futuro

Música: Man or Astro Man
Surf-music acelerada com referências a computadores antigos. Os músicos tocam vestidos de astronautas.

Cinema: Marte Ataca!
Filme de Tim Burton sobre invasão de alienígenas, no melhor estilo paleo-futuro.

Internet: Paleo-Future
Blog dedicado a resgatar imagens e idéias sobre o retro-futuro.