O centro comercial popular conhecido como Shopping Center de Duque de Caxias, no terminal rodoviário da cidade da Baixada Fluminense, “esconde†o Teatro Municipal Armando Melo. Inaugurado em 1968, o espaço cultural hoje abriga o Curso de Teatro da Escola de Artes Barboza Leite e o Centro de Pesquisas Teatrais de Duque de Caxias (CPT-DC).
Como teatro-escola, o Armando Melo tem atualmente 180 alunos, com idade a partir dos 6 anos, em suas turmas de Iniciação Teatral. O curso, que tem duração de 10 meses, é totalmente gratuito e aberto à comunidade. As inscrições para novas turmas acontecem no primeiro dia útil de fevereiro. Os interessados passam por um processo seletivo, que inclui redação, entrevista, leitura e performance livre de dois minutos no palco.
Em 1993, surgiu o CPT-DC. Sob a direção artÃstica de Guedes Ferraz, do coordenador do teatro-escola, o grupo reúne ex-alunos e atuais professores do curso. O CPT-DC tem desenvolvido um trabalho de teatro popular, produzindo peças que são montadas, principalmente, no Armando Melo e em escolas da cidade.
“A gente leva o teatro à escola e também traz a escola ao teatroâ€, diz Guedes. Ele explica que a formação de público incluiu uma aproximação maior com os moradores da comunidade Vila Nova, antiga Favela do Lixão, vizinha ao terminal rodoviário. Hoje, eles são freqüentadores assÃduos do Armando Melo, principalmente nas “provas públicas/espetáculos†dos alunos no final do curso de Iniciação Teatral.
Guedes explica que o CPT-DC foi inspirado no trabalho de Antunes Filho, diretor do Centro de Pesquisa Teatral, criado em 1982, em São Paulo. “No teatro, primeiro tem que vir o homem. Depois, o artistaâ€, afirma ele, citando Antunes Filho.
Entre os trabalhos do CPT-DC estão a produção do 4º Festival Nacional de Teatro de Duque de Caxias e a montagem das peças A Farsa do Panelada (exibida na mostra não concorrente do festival) e O Auto da Camisinha, ambos do escritor cearense José Mapurunga. O Auto da Camisinha tem sido encenada também nas ruas da cidade.
Infelizmente, o Armando Melo sofre com a falta de investimento público, exemplificada pelo mau estado de conservação de suas instalações. Às vésperas de completar 40 anos, o teatro-escola faz por merecer um belo presente de aniversário. Tomara que ele não tarde a vir e o Armando Melo possa manter-se como mais um importante pólo cultural de Duque de Caxias.
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