Sempre que falamos de problemas sistêmicos em nosso paÃs, a atenção recai muito sobre a educação e suas funções sociais. Flertar com o discurso de que a educação é importante e que as polÃticas sociais precisam focar nesse ponto está entre as bases de muitos discursos contemporâneos; porém, a maioria deles nem toca na questão da ressignificação do ensino e da própria compreensão de educação.
Estamos numa fase de transição de inúmeros paradigmas. Talvez o mais importante deles seja a transformação de algumas importâncias primordiais: mesmo que estejamos diante de uma população alienada por uma forçosa glamourização de ações e apreços - esta gerida, comandada e sob constante manutenção da mÃdia convencional -, é visÃvel que cada vez mais pessoas se sensibilizam com causas sociais, em defesa das minorias e dos interesses que até então estiveram marginalizados pela sociedade. As redes sociais finalmente estão começando a dar margem à questões sociais, e não apenas à menções ao entretenimento barato e comentários personalistas. Ecologia, mobilidade urbana, etnologia e cultura independente estão despertando novos interesses nas redes, e cada vez mais pessoas aderem ao ativismo social e cultural através das mesmas, questão que acaba por muito influenciando ações cotidianas e a formação de cidadãos para um verdadeiro Século XXI, em potência e ato.
Mas o que isto teria a ver diretamente com educação? Bem, através destes breves comentários apenas sugerimos que estes aspectos que vêem ganhando espaço nas redes também possam reverberear pelas escolas, de maneira aberta, circular e horizontal. Pois um dos primeiros passos para o combate à anestesia causada pela glamourização dos costumes está na compreensão de que hoje o fluxo de informação em rede pode estar datando o afogamento da indústria cultural, ou a fragmentação da mesma em um campo onde o cidadão pode visualizar a importância da colaboratividade na figura social de cada um. Assim, abandonamos os cadernos, sentamos em cÃrculo e conversamos. Para que cada possa esclarecer melhor sobre o seu papel enquanto agente de um novo tempo, onde a interdependência é chave.
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