FISL chega à sua 11ª edição e coloca em debate as novas tecnologias e seus impactos socioculturais
Considerado o maior encontro de comunidades de software livre da América Latina e um dos maiores do mundo, o Fórum Internacional Software de Livre (FISL) chega à sua 11ª edição, no ano de 2010, colocando em debate assuntos relacionados às tecnologias voltadas para computação nas nuvens, prerrogativa apontada para a web 3.0.
O evento teve sua abertura oficial às 18h30 de quarta-feira (21 de julho), e até o dia 24 (sábado) o Centro de Eventos da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) deve abrigar uma comunidade vinda de vários estados brasileiros, e formada por empresários, professores, pesquisadores, estudantes e público em geral, que têm em comum o interesse em conhecer e debater sobre técnicas e estratégias relacionadas ao uso e desenvolvimento do software livre.
Liberdade, a propósito, foi uma das palavras mais repetidas nos discursos proferidos na abertura, que em seus textos reforçaram o link entre tecnologia, comunicação e justiça social.
José Fortunatti (PDT), prefeito da capital gaúcha chamou a atenção para a necessidade de se popularizar as tecnologias e o acesso a elas, como forma de se buscar uma sociedade mais justa e igualitária. “A área tecnológica é fundamental para se estabelecer uma transformação democrática em nossa sociedade”, explicou.
Reforçando essa ideia, o presidente da Câmara de Vereadores, Nelci Tessaro (PTB), destacou a importância de se lutar pela liberdade de informação. “Informação é cidadania, e este evento é mais um passo para chegarmos à liberdade total”, explicou.
Durante os quatro dias do evento serão aproximadamente 500 horas de programação divididas entre palestras, debates e workshops, abrindo espaço para esclarecer assuntos relacionados às novas tecnologias e aos impactos socioculturais provocados pelas transformações que delas derivam.
Durante a abertura, Virgínia Ferreira, coordenadora-geral da Associação Software Livre.Org (uma das entidades organizadoras do FISL), destacou o crescimento do evento ao longo dos anos, proporcional ao avanço alcançado pelo uso do software livre."Esperamos que todos encontrem as oportunidades pelas quais buscam e que ao saírem daqui, levem consigo aprendizado e conhecimentos para compartilhar com a sociedade”, complementou.
APOIO
Um dos apoiadores do FISL em 2010, o Ministério da Cultura (MinC) se mostra cada vez mais participativo no evento. De acordo com o Tuxáua Thiago Skárnio, que representa o Pontão Ganesha participando da cobertura colaborativa do evento, essa iniciativa colabora com o enriquecimento das discussões sobre temas extremamente importantes para a cultura brasileira. “O MinC tem ocupado um espaço cada vez mais relevante dentro do FISL, facilitando a participação de atores de várias iniciativas, como os griôs e os ponteiros (pessoal dos pontos de cultura), e contribuindo com debates como direito autoral e a cultura livre", explicou Thiago.
O MinC organizou uma serie de debates, apresentações e rodas de prosa e possui, também, um stand na área de exposições do evento, batizado de “Xamelê”. A ideia é que o espaço sirva de ponto de encontro para as iniciativas de cultura digital presentes ao evento. A programação é bastante movimentada e variada.
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