Ao pensarmos em informação, associa-se esta imediatamente ao jornalismo, assim como, a todas as pessoas que fazem parte do contexto de instituições que vivem em busca de fatos relevantes à sociedade ou estão sempre atrás de um “furo de reportagemâ€, quando no lugar certo e na hora certa para transmitir com exclusividade o fato no momento em que este acontece.
Essa é praticamente a premissa que qualquer meio de comunicação de massa, mas aplica-se muito mais ao jornalista em si, que a empresa na qual ele presta seus serviços diários, isso porque, sabemos que a instantaneidade com que a informação surge, principalmente após o advento da internet, a partir de meados dos anos 90 e também com o avanço tecnológico em geral, esse conceito de transmissão da informação imediata efetivamente se estabeleceu.
Não podemos negar que pra se transmitirmos um fato hoje, basta que tenhamos em mãos um aparelho celular equipado com câmera filmadora e/ou fotográfica e que acesse a internet, um palm top, um MP inúmeros números, qualquer equipamento que possua bluetooth e até mesmo o nosso velho PC também com acesso à internet, para que possamos em fração de segundos divulgar um vÃdeo ou uma fotografia que tanto podem gerar uma grande crise institucional ou de imagem, como também, alertar-nos para uma possÃvel tragédia.
Partindo desse pressuposto, como podemos pensar o jornalista do futuro? Um futuro que praticamente bate a nossa porta nesse instante e que, certamente, já é uma realidade.
Sabe-se que noticiar um fato não é simplesmente expor algo num blog ou rede de relacionamentos. A notÃcia em si, é, e continuará sendo alvo de apuração e investigação profundas antes de ser divulgada, ou pelo menos deveria continuar a ser, visto que deve ser apresentada de forma responsável e atribuÃda de critérios, pelo menos, teoricamente.
Todavia, não podemos deixar de perceber o quanto esses meios de exposição de conteúdo como os blogs, fotologs, e as redes como o Twiter e o Orkut, entre outros diversos, já estão estabelecidos sim como uma forma de colocar fatos no âmbito do conhecimento público.
Assim como na maioria das vezes essas redes mostram perfis individuais e comunidades onde seus membros possuem gosto parecido em relação a algo, eles também promovem discussões públicas acerca de notÃcias veiculadas na mÃdia convencional (jornal impresso, TV, revistas, entre outros), bem como, algumas vezes, servem sim, de “fonte†para esses mesmos meios, através de investigações de crimes e eventos ilegais praticados na rede ou fora dela, bem como também constituem uma forma de mensurar a efetiva opinião popular.
Vale salientar que por tudo que foi exposto não significa afirmar que a profissão do jornalista está em risco. Não, isso não. Mas poderá estar, caso esse profissional não aprenda a usar a seu favor tudo o que essas fontes de informação imediata podem lhe proporcionar.
O jornalista deve sim, participar ativamente das redes de relacionamento, deve expor seus pensamentos em blogs, seja através de comentários em textos de outras pessoas, sendo estas, jornalistas ou não, ou mesmo efetuando acompanhamento constante de comentários à sua própria produção textual, onde pode informar aquilo que à s vezes, por questões de caráter polÃtico ou institucional, ele se vê obrigado a não expor no meio em que trabalha para não colocar seu emprego em risco.
Obviamente que, não quero levantar aqui uma bandeira a favor da irresponsabilidade e da falta de apuração do que é noticia, entretanto, é impossÃvel negar que hoje, muito do que vemos noticiado nos principais jornais do paÃs e do mundo surge de fontes que antes eram indiscutivelmente consideradas duvidosas, mas que estão fazendo a diferença em termos de informar e porque não dizer, mostrar a realidade sem máscaras, seja emitindo opinião a respeito de algo publicado informalmente, seja pela divulgação em massa de uma imagem chocante e que poderia ser apenas colocada em jornais sensacionalistas.
Devemos lembrar também que essa possibilidade de divulgação instantânea que a internet nos proporciona pode nos servir de informações preciosas relacionadas a ações criminosas, onde esses praticantes vez por outra costumam “avisar†o que farão e, nos quais, se prestássemos maior atenção nisso, poderÃamos evitar, por exemplo, massacres em escolas e outros locais de grande movimentação de pessoas como sabemos que já aconteceram inúmeras vezes no mundo.
Nesse contexto, a palavra chave do jornalismo passa de apuração e agrega também a atenção, a tudo o que se lê, se expõe e se publica na internet, mas sem dúvida, antes de julgar como irresponsável essa divulgação, devemos levar em conta tudo o que elas podem nos alertar e colaborar em termos de informação.
Assim, o jornalista do futuro há de estar cada dia mais presente.
oi Caroline,
muito bom seu texto...
Norbert
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