Dois seqüestradores e assassinos de crianças em um duelo de aparências e acusações onde só um poderá vencer. O confronto entre eles é pontuado por brinquedos, histórias em quadrinhos e muita música pop. E um revólver.
Trilha sonora com músicas de Lou Reed, Sonic Youth, Cowboy Junkies e Madonna.
A trama de "Revolver" sugere uma peça dramática com uma grande apoteose final. Mas o texto, escrito por Antonio Rogério Toscano, atualmente professor da EAD e ELT, foge da narrativa linear e dramática. Os anti-heróis de Revolver são feitos de lapsos de raciocÃnio, convidando todos a um exercÃcio de observação do ser humano que não fala o que pensa, e sim o que lhe convém, em um jogo onde somente um poderá sair vencedor.
Por isso, o sÃmbolo tÃtulo da peça, Revólver, que simboliza o poder do opressor contra o oprimido. A violência da vida das personagens é somada ao imaginário comum da sociedade de massa, ambos desejando tornar-se Ãcones como os Ãdolos pop que ouvem ou os heróis de quadrinhos e filmes de ação. É o olhar saturado para o caos urbano.
A peça propõe uma reprodução do universo pop, através do movimento conhecido como "Cultura sampler", prática da remixagem e da reciclagem rm todos os territórios de ação artÃstica , reproduzindo, manipulando e reutilizando fontes midiáticas pré-existentes. A estética de "Revolver" utiliza imagens desprezadas, como as da propaganda, da televisão, da literatura barata e do cinema, refletindo nas ações deste casal à influência que a mÃdia ganha no imaginário atual. "Revolver " é um espetáculo jovem. Nele, a vida real e a ficção se espelham, deixando a dúvida para o público responder: quem representa o que na sociedade atual?
Através da incomum mistura ELT/ECA, o grupo Os Subterrâneos, responsável pela montagem, se configura com uma proposta cênica diferenciada, querendo romper com alguns formalismos teatrais como o palco italiano ou a forma linear de se encenar um texto. O grupo pesquisa a pop-art junto com seus outros espetáculos para criar o conceito de que aquilo que está nas ruas (objetos e pessoas tão comuns do nosso cotidiano) também é arte e pode ser transformado sob um ponto de vista poético.
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