Artigo escrito em 2002 e publicado no livro Prazeres digitais: Comunicação, entretenimento e sociedade (MCII-UFF/ Ed. E-papers, 2004), organizado por Simone Pereira de Sá e Ana Lucia Enne.
Resumo:
A aproximação entre as teorias de hipertexto e o pensamento pós-estruturalista tornou-se, nos últimos quinze anos, uma constante nas discussões relativas à s textualidades eletrônicas. Termos e expressões, provenientes principalmente da teoria literária, são amplamente utilizados por alguns teóricos do hipertexto para descrever as caracterÃsticas e possibilidades de uma escrita calcada nesse mecanismo: noções como rede, rizoma, galáxia de significantes, autor-leitor, descentramento, foram tomadas de empréstimo de pensadores da diferença (Barthes, Foucault, Derrida, Deleuze) e até mesmo de outras correntes de pensamento (como a polifonia em Bakhtin) e tornaram-se comuns nos textos de autores como George P. Landow, entre outros.
Este trabalho busca repensar algumas dessas apropriações conceituais, com base nos contextos originais do pensamento da diferença, levando em consideração as possibilidades apresentadas pelo hipertexto, em especial quando utilizado na World Wide Web. Num segundo momento, as reflexões expostas nesse artigo são aplicadas num estudo de caso baseado no site The Tulse Luper Suitcase, mantido e atualizado diariamente pelo cineasta e multimÃdia Peter Greenaway durante o ano de 1999 e que se configura como o marco inicial do projeto multimÃdia homônimo, que envolve a produção de uma trilogia de filmes, 92 dvds, espetáculos, jogos e vários outros desdobramentos ocorridos nos últimos oito anos.
(obs: a redação do artigo é anterior ao lançamento da trilogia de filmes de Greenaway).
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