Cercados de mineirices como bules de café, fogão a lenha, queijos, cachaças e muita hospitalidade, inúmeras pessoas foram acolhidas no Bar da Andréia, em Santa Luzia, para comemorar os dois anos do Coletivo Namarra, contando também com uma apresentação de Liciane Taburaà e banda.
Marco Neri, um dos articuladores do Coletivo, contou-nos como foi o inÃcio dos trabalhos na cidade e quais as expectativas para as futuras ações do Namarra.
Acompanhe:
Júlio: Marco, como começou a história do Coletivo Namarra em Santa Luzia? Como ele nasceu?
Marco: A ideia inicial do Coletivo Namarra, a primeira fagulha foi no segundo semestre de 2010. Eu fiz uma viagem à Goiânia, no Festival Bananada e lá me deparei com uma estrutura de produção e reformulação das ações culturais que me impressionou muito. Quando voltei pra Minas, descobri que bem perto daqui de Santa Luzia - em Ribeirão das Neves e Sabará - já estava acontecendo coisas parecidas com aquilo que eu vi em Goiânia. Aà eu me direcionei até essas pessoas. Num primeiro momento até Rodolfo Goulart e Leonardo Santiago, pra entender melhor esse processo que viria a ser o Coletivo Namarra, o Circuito Fora do Eixo, o Circuito Metropolitano de Cultura e todos esses desdobramentos.
Júlio: Você citou o Circuito Metropolitando de Cultura, realizado em parceria com outros coletivos da região metropolitana de BH. Como e com o que o Namarra tem contribuÃdo à Santa Luzia?
Marco: Sem falsa modéstia, acho que o Coletivo Namarra tem fomentado e movimentado a cena cultural da cidade. Há algumas plataformas que realizamos anualmente como o Grito Rock, o Festival Cardume de Artes Integradas, os dois já na terceira edição, o Sarau Amarelo, o Sarau Santa Luzia, fomentando a literatura, além do próprio Circuito Metropoliano, dentre muitas outras atividades. A contribuição mais pontual do Coletivo Namarra é colocar Santa Luzia em diálogo com o Brasil e com o mundo.
Júlio: A cidade recebe bem as ações do coletivo?
Marco: Temos nos impressionado muito. Nós fazemos o planejamento de cada ação e a cada reunião pós-ação a surpresa se tornou natural. A resposta da cidade, tanto do poder público, iniciativas privadas e outros movimentos culturais têm sido imensamente positivas. Isso tem nos orgulhado muito e dado gases, renovado as energias diárias. A prova disso é hoje aqui no Bar da Andréia. Tem uma turma seleta, mas uma galera que tá entendendo o que a gente tá fazendo aqui; e são todos reprodutores disso aqui. Eles vão sair daqui e reproduzir, falar do nosso nome, do nosso trabalho nos quatro cantos da cidade, o que é muito bom.
Júlio: O poder público tem ajudado nas ações do Coletivo Namarra?
Marco: Nosso relacionamento com o poder público da cidade é de gestão compartilhada. Criamos e expomos a demanda cultural que a cidade tem, levamos pra gestão pública e eles analisam se é viável ou não. Há um avanço agora, que é o Plano Municipal de Cultura. O Coletivo Namarra estará em reunião com o Departamento de Cultura justamente pra votar esse plano.
Júlio: Marco, e o futuro? O que vocês esperam? Quais as expectativas?
Marco: Essa é uma pergunta muito interessante. Essa semana estive revisitando a história do Coletivo Namarra e percebi que fizemos muito em pouco tempo. É impressionante! Em tão pouco tempo, temos feito tanto na cidade. Hoje é a 38ª ação do coletivo, então se conseguirmos chegar à de número 70 daqui a dois anos, eu ficarei muito feliz, mas as expectativas e os sinais que temos tido e recebido é de que esse número será muito maior. Descentralizar as ações do Coletivo Namarra é uma meta para 2013, levá-lo para onde ele ainda não foi e fortalecer algumas dessas plataformas que são importantes para nós, como o Grito Rock, o Festival Cardume de Artes Integradas e provocar os artistas locais. Esperamos muito para o futuro!
Confira a cobertura fotográfica por Di Kartola
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