Cultura Colaborativa em Salvador, parte 2

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Yuri Almeida · Salvador, BA
18/6/2007 · 93 · 1
 

Segundo dia do evento. Mesmo número de pessoas (15), porém gente de outras áreas: pesquisadores de Educação e Tecnologia, professores, diretor cultural de município (Baixa Grande), anarquistas e estudantes.

Gente nova, novos olhares. A segunda etapa do Encontro, seria dividida em duas mesas: "Gestão da produção de conteúdos colaborativos" e "Políticas Públicas para Cultura Digital e Acesso ao Ciberespaço". Contudo, de forma livre, as mesa convergiram para um debate que teve os seguintes destaques:

1- Conceitos de software livre e a sua apropriação pelos produtores culturais, tema explorado por Felipe Machado, DJ e coordenador regional NE do Cultura Digital. Em sua fala, ele frisou o avanço acelerado do pensamento livre e as novas possibilidades para a produção cultural, contrapondo a lógica privada dos software e, consequentemente, o controle do pólo de emissão e distribuição dos produtos.

2- André Stangl, professor das Faculdades Jorge Amado/ integrante do Overmundo, convidou os participantes a uma viagem filosófica sobre a estrutura (desestruturada) da rede e suas práticas, que segundo ele reconfigura conceitos como liberdade, identidade e comunidades.


Em especial, durante a fala de Stangl, a "liberdade" fora a mais debatida. O único consenso é de que a liberdade não começa onde a do outro termina, é antes uma utopia, que encontra na internet um potência paradoxal: ao mesmo tempo em que dar voz aos excluídos, permite discursos outrora condenados pela humanidade, como o nazismo ou a prática da pedofilia. A questão central que não encontrou-se uma resposta foi: como manter o caráter livre da Web sem mecanismo de censura ou mediação que tira a característica essencial da rede: a liberdade? Que liberdade? perguntaram-se todos!

Dentro da temática "Políticas Públicas para Cultura Digital e Acesso ao Ciberespaço", Cláudio Prado, Coordenador de Políticas Digitais do Ministério da Cultura apresentou os projetos do MinC como os pontos de cultura e os kit multimedia, bem como curiosidades e resultados positivos do projeto. Alessandra Assis, Coordenadora do Ponto de Cultura Ciberparque Anísio Teixeira/ Professora da Faculdade de Educação da UFBA destacou o caráter autônomo do projeto "Tabuleiro Digital" desenvolvido com a comunidade baiana.

As lições desses projetos é a constatação das transformações sociais que as ferramentas tecnológicas proporcionam.

Amanhã será o último dia e o objetivo será discutir propostas regionais sobre Cultura Digital e também para a II Conferência Estadual de Cultura, a ser realizada em julho, na capital baiana.

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Alê Barreto
 

15 pessoas com o vírus podem contaminar toda uma população. Parabéns a todos que estiveram presentes. Se eu morasse em SSA, certamente teria ido. Fica a dica de nos próximos transmitir pela web também.

Alê Barreto · Rio de Janeiro, RJ 18/6/2007 19:16
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