Com a mudança de paradigma atribuída ao jornalismo pós-industrial na convergência das mídias digitais, o leitor deixou de ser receptor para se tornar observador, podendo contar histórias e até atuar como “repórter”, mesmo não sendo preparado para apurar determinada informação, produzir uma reportagem ou gerenciar um espaço editorial.
Em um novo relatório publicado pela Columbia University, nos Estados Unidos, o jornalismo pós-industrial parte do princípio de que instituições atuais irão perder receita e participação de mercado e que, se quiserem manter ou mesmo aumentar sua relevância, terão de explorar novos métodos de trabalho e processos viabilizados pelas mídias digitais.
Se com apenas um aparelho celular e acesso à rede, qualquer pessoa pode publicar informações em uma página de notícias, então a presença de jornalistas com experiência em plataformas de edição e publicação online passa a ser necessária. Do mesmo modo deve acontecer para a aplicação de regras e técnicas editoriais em intercâmbio com o interesse público, considerando que a abertura de conteúdo em formato digital oferece recursos gratuitos de publicação, podendo comprometer a qualidade da notícia, exigindo mais atenção do veículo em relação ao seu público leitor que também se tornou repórter-cidadão.
Por essa razão os processos coletivos e as ferramentas colaborativas disponíveis nos meios digitais, contribuíram com a valorização e especialização do jornalista como agente transformador da sociedade. Nesse sentido, o jornalismo ganha mais força com as novas tecnologias, fomentando informação instantânea e recursos interativos que atraem as pessoas cada vez mais conectadas e participativas.
É importante abrir uma discussão contextualizada com a evolução da comunicação em massa e o jornalismo em rede ao observar que a crise econômica mundial e a revolução digital têm sido dois dos principais fatores para o crescimento do consumo colaborativo, incluindo a informação publicada e compartilhada, seja pela imprensa oficial, alternativa ou mesmo pelo próprio consumidor de notícias que representa o leitor, ouvinte, telespectador ou usuário de internet.
O trabalho de um jornalista, publicitário ou profissional de rádio e TV, requer métodos de apuração e produção editorial e deve ser pautado pela ética e compromisso incorruptível com a sociedade. Considerando alguns pilares e preceitos básicos que diferenciam uma ditadura de uma democracia, entre eles, o direito à manifestação e à liberdade de imprensa, este site deverá tratar o jornalismo colaborativo como prática importante no exercício democrático e na difusão da ciência.
Diante da necessidade de discutir, de forma pontual, a relação existente entre política e comunicação, é possível estabelecer uma comparação entre o modelo de construção de uma realidade quando submetida à censura e como é construída por organismos comunicacionais, no que tange os interesses econômicos e sociais resultantes do jornalismo.
Portanto, é correto afirmar que a capacidade de persuadir com mecanismos sensoriais com efeito de despertar a emoção na tentativa de controlar e minimizar a opinião pública, revelam que dentre as teorias da cientista e socióloga alemã, Elisabeth Noelle-Neumann, os modelos hipodérmicos têm sido utilizados na imprensa desde sua concepção. A teoria definida em 1970, consegue explicar um dos motivos em relação a ausência, por parte da grande mídia em disponibilizar maiores espaços e tempo para veiculação de notícias de interesse público, bem como sobre as mais diversas pesquisas científicas e culturais.
Ao considerar esses aspectos, a análise de público, definições e conceito dos modelos relacionados com a distribuição e publicação de conteúdo online, o site JornalismoColaborativo.com oferece soluções para a criação de mais canais abertos de informações e notícias como alternativa de evitar o fenômeno conhecido no jornalismo científico como “Espiral do Silêncio”.
Com este site, pretende-se estimular o processo de transformação social por meio do jornalismo colaborativo, de modo que o impacto gerado seja o suficiente para despertar no próprio indivíduo o interesse pelo conhecimento ou ainda acionar órgãos e instituições responsáveis em agir legalmente diante das necessidades de um cidadão ou mesmo a comunidade da qual ele faz parte.
Assim, por meio de um exaustivo trabalho de pesquisa, foi possível concluir que a compreensão e os avanços de mecanismos e técnicas editoriais vão ao encontro do jornalismo colaborativo, ou seja, constitui-se uma nova interpelação comunicacional, unindo ciência e cultura.
Trecho do Trabalho de Conclusão de Curso de Jornalismo que obteve nota máxima pela Faculdade de Ciência Sociais Aplicadas e Comunicação (FCSAC), Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP), em São José dos Campos. Dezembro, 2015.
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