Fonte: Hit Na Rede
Não é de hoje que o rock e cidadania têm uma certa afinidade. Eventos como o Live Aid, há 23 anos, reuniu centenas de artistas e milhares de pessoas para lutar contra a miséria na Africa. Em 2007, o Live Earth, capitaneado por Al Gore, utilizou a música para dar um importante alerta sobre questões ambientais que precisavam ser tratadas com urgência e seriedade.
Bem longe disso, mas muito perto de problemas igualmente graves e que atingem milhares de pessoas, Caren Suzana, vocalista da banda Maça de Pedra, há dois anos faz a sua parte na cidade onde mora, São Leopoldo: une jovens que se preocupam com o meio ambiente e gostam de rock em um movimento chamado Rock Pelo Rio que objetiva salvar o que ainda resta de um dos principais rios gaúchos: o Rio dos Sinos.
Segundo Caren, o inÃcio do movimento Rock Pelo Rio coincide com uma das maiores tragédias ambientes do paÃs: a mortandade, em outubro de 2006, de mais de um milhão de peixes, caso que foi considerado um dos maiores crimes ambientais da História do Rio Grande do Sul. Na época, Caren trabalhava na Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que fica à s margens do Rio, e organizou um evento com diversas bandas de rock para atrair a atenção das pessoas em prol de um objetivo comum: a importancia de cuidar do ecossistema.
“As pessoas não tem consciência de que o lixo jogado no chão, seja ele industrial ou uma simples latinha de Coca-cola, vai para o Rio. O estranho é que, as mesmas pessoas que não querem tomar água poluÃda, são as mesmas que poluem o meio ambienteâ€
Para o Rock Pelo Rio que, além do Maça de Pedra é composto de amigos e diversas outras bandas Leopondenses, a preocupação com o Meio Ambiente é constante. A seriedade do trabalho faz com que o grupo se reúna com entidades municipais e receba apoio na luta pela qualidade de vida. Graças a este apoio, o segundo show Rock Pelo Rio já tem data e horário marcados: dia 12 de julho, às 15h, bem no centro de São Leopoldo. Não por coincidência um dia antes do Dia Mundial do Rock.
“Desta vez participarão sete bandas, mas muitas me procuram diariamente querendo participar. Não posso fazer desse evento um Woodstock, mas se dependesse do número de pessoas que querem se fazer presente, o Rock Pelo Rio duraria três diasâ€, - diz Caren, comemorando o sucesso e o respeito do evento.
No Ãnicio de maio, as fortes chuvas ocorridas no Rio Grande do Sul foram responsáveis por mais uma tragédia de proporções avassaladora: a maior cheia dos últimos 43 anos ue deixou mais de 1,6 mil pessoas desabrigadas. Gente que teve que abandonar suas casas apenas com a roupa do corpo. Mais uma vez, integrantes do Rock Pelo Rio unem forças, desta vez sem instrumentos, mas com muita boa vontade:
- Vamos ajudar a limpar as casas do maior número de pessoas que pudermos auxiliar para que estas possam retornar o quanto antes para seu lar.- diz o guitarrista Rodrigo.
Enquanto muitas cidades decretaram situação de emergência a comunidade, empresas e poder público unem, forças para ajudar a amenizar o sofrimento dessas famÃlias. O Rock pelo Rio integrará, nos próximos dias, a Força-tarefa e, assim que as aguas tiverem baixado, irá auxiliar muitas famÃlias a voltar para o seu lar.
“Desde que as à guas subiram e vitimaram essas pessoas, a beira do Rio virou um ponto turÃstico. Muitos vêm até aqui apenas para passear, apontar a tragédia, fotografar e lamentar a perda dessas famÃlias. Nós vamos ajudar o maior número de pessoas que pudermos a limpar suas casas e, desta forma, possibilitar que essas retomem o quanto antes a sua vida normal.â€
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