A interação que a Internet nos proporciona permite que façamos algumas simulações da vida real. Hoje, quando se fala em Internet, não significa mais que estamos tratando de algo fora da realidade, pois é inegável dentro do sistema que criamos o uso de tão grande instrumento de informação para depositar e receber o conhecimento produzido. Podemos afirmar que quanto mais complexa é a sociedade mais ela precisa de conhecimentos dentro da área digital que inclui o uso da Internet e que as menos complexas podem chegar a nÃveis em que elementos dos "avanços tecnológicos" trazem contribuições quase inexistentes.
As pessoas que usam a Internet como meio de comunicação ativa também formam grupos bem definidos em diversos âmbitos. É o caso dos grupos de discussão por e - mail, e os de bate papo por diversão e/ou trabalho como o Mirc, MSN, Skype, e também programas mais especÃficos como o Orkut que tem suas comunidades temáticas. No Estado do Amapá começa-se a criar-se um novo nicho, o de blogueir@s.
Existem blogs de todas as linhas de pensamento e com caracterÃsticas bem peculiares. Uns falam de sua vida particular, outros juntam tudo, fazem poesia e etc, outros tem linha jornalÃstica sendo este o tipo mais comum, mas existem muitos outros.
Nas grandes cidades existem um tipo de subdivisão destes blogs, já que a linha de cada blogueir@ (pessoas que tem blog) varia bastante. Este é fator determinante para que existam visitantes de blogs que fazem resenhas de livros, por exemplo. Aqui no Amapá, devido ao fato deste ser uma prática não muito acentuada, estes nichos acabam não existindo ou sendo quase imperceptÃveis. Seguindo exemplos de outros lugares aqui se tem blogs de caracterÃsticas diferentes, mas não são suficientes para que estes(as) blogueir@s formem um grupo coerente que realize as interações referentes à prática mais fechadas em si como comentários, socialização de informação, links. Por isso é possÃvel se conhecer todos os blogs de Macapá em um único dia.
Seria interessante, para as pessoas que gostariam de ter acesso a tal mecanismo, saber que não se tratam apenas de informações enviadas de cima para baixo. Em cada texto publicado em um blog existe, ao final, um espaço para que o leitor possa emitir a sua opinião, sendo assim o leitor tem a oportunidade de interagir diretamente com a pessoa que escreveu o texto e até discordar ou acrescentar algo que foi postado. Assim acabamos fugindo da cultura de mecanismos de comunicação de massa que de imparcial não tem nada. Não se trata de afirmar que isso não exista ou possa existir neste micro-universo (alguns tem até censura), mas para que se tenha acesso a uma página na Internet é preciso digitar o endereço e eles não se limitam a apenas alguns canais ou propriedade de A, B, C, G, S ou W. Existem muitas pessoas independentes que procuram exatamente o contrário, que é publicar novas informações ou até mesmo dentro de suas idéias momentâneas, por mais que sejam absurdas elas sempre geram uma boa discussão.
No entanto ainda não vejo os blogs como um instrumento totalmente democratizado já que, como já foi dito, a própria Internet está longe de ser essencial ou economicamente viável para alguns, restando assim poucos usuários que não fazem parte da massa dos chamados excluÃdos digitais. Esse debate em torno das caracterÃsticas blogueiras particulares de Macapá se faz necessário a partir do momento em que percebemos maior interesse por parte de novos visitantes e blogueiros neste micromundo, principalmente neste ano de 2005 e servirá para que, futuramente, alcancemos boas referências de informações e idéias alternativas.
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