Na sexta-feira Santa, o Grupo de Teatro Sacro Dom Carlos Alberto Navarro transformou a Praça São Salvador num verdadeiro teatro a céu aberto, onde foi apresentada a mais sublime obra de amor de todos os tempos, a “Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo”.
Este ano a peça teve uma hora e 20 minutos de duração, tendo início às 20h40min, com uma apresentação musical, e término às 22h, com a cena da Ascensão, na qual o intérprete de Cristo foi suspenso por uma corda para provocar o devido efeito visual de elevação.
A encenação da Paixão de Cristo já se tornou uma tradição da Sexta-Feira Santa, no município de Campos dos Goytacazes que é considerada a terceira maior do país, na categoria de apresentação em local aberto. Trata-se de um trabalho que teve início há 26 anos, por iniciativa do, então, Bispo D.Carlos Alberto Navarro (falecido), Dorinha Martins (atual coordenadora) e Beatriz Rangel (falecida).
Um aspecto importante da apresentação é o compromisso de levar a Boa Nova do Evangelho a um público diverso. Segundo Mateus Nogueira, católico da Paróquia São Benedito, ator que interpretou Jesus, a encenação é um momento único para evangelizar aquelas pessoas que não fazem parte da Igreja. “Faço o papel de Jesus há oito anos. No momento da apresentação quem está no palco é o Espírito Santo sobre mim, que me conduz a fazer a apresentação. Este teatro tem grande importância na minha vida. Nós fazemos a encenação por amor à Palavra”, disse o rapaz, há 11 anos no grupo.
Veja abaixo os testemunhos de quem faz:
Walter Peixoto “Escovão” – católico – Paróquia São Gonçalo - 17 anos de peça –
Personagem: Pedro –
“Depois que passei a fazer parte deste trabalho comecei a ter mais conhecimento bíblico. Isso aqui é uma escola. Eu peço que a juventude venha participar. Se eu estivesse aqui desde jovem, não teria feito muitas coisas erradas que eu fiz no passado. Eu trabalhava com teatro de rua com peças infantis, depois que eu fiz um curso no Sesc me interessei pelo grupo e resolvi participar. Os ensaios para a apresentação começaram após o carnaval. Estamos dando ênfase ao papel de Judas Iscariodes. Geralmente era mostrado apenas que ele traiu e se matou, o personagem se destacava apenas na cena da última ceia. Já desta vez mostramos como Judas decidiu trair Jesus através de cenas com Caifás, que força barra em cima de Judas. O diferencial deste ano é a parte de Judas”.
Ana Nery – católica – Paróquia Santo Antônio – Personagem: Mulher santa
“Descobri o grupo através de uma amiga que me chamou para participar. Entrei aos 13 anos e não consegui parar mais. Fazer parte da família Dom Carlos Alberto Navarro é paixão, amor, acima de tudo fé e somando tudo isso, vitória, solidariedade, crescer espiritualmente, ter a benção do Espírito Santo, enfim, faz parte de mim, é a minha vida.
O grupo existe há 26 anos foi fundado por D Carlos, Dorinha Martins (coordenadora),Beatriz Rangel ( falecida)”.
Carlo Bruno – católico – paróquia São Gonçalo – 2 anos de peça - Personagem: Apóstolo
“Tenho 14 anos e pretendo participar sempre. É emocionante transmitir a Paixão de Cristo para todos. Este é o meu segundo ano de teatro. Decidi fazer parte deste elenco porque me emocionei quando assisti na televisão uma entrevista que fizeram com o pessoal do grupo. Pretendo participar sempre, vale a pena ensaiar durante um mês, pois recebemos bem mais do que esforço que demos. É emocionante transmitir a Paixão de Cristo para todos”.
Dilavon Cruz – católico – paróquia Nossa Senhora do Rosário – 6 anos de peça - Personagem: figurante
“Há seis anos fui convidado por um colega para fazer peça e desde então participo. Gosto muito do que faço”.
Mateus Nogueira – católico – Paróquia São Benedito - 11 anos de grupo
“Quem me trouxe para o grupo foi Pedro Carneiro, gostei muito de estar em contato com este grupo de pessoas, que são dedicadas a levar a mensagem. Faço o papel de Jesus há 8 anos. A importância deste teatro na minha vida é muito grande. A gente faz a encenação por amor à Palavra. É uma maneira que a gente tem de catequizar mais pessoas porque de repente aquelas pessoas que não tem vontade de ir a Igreja vêm aqui ver a Paixão de Cristo. É um momento único, de a gente aproveitar e catequizar as pessoas. No momento da apresentação não sou que estou ali, mas o Espírito Santo sobre mim, que faz com que eu faça a apresentação. Na minha paróquia eu também faço parte do grupo de teatro. Este ano a apresentação é só aqui em Campos e continua sendo a terceira maior encenação da paixão de Cristo em área aberta”.
Érica Viana de Souza
Bacharel em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas
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